Estudo do INPE Vê Biodiversidade da Amazônia em Risco
Olá leitor!
Segue abaixo
mais uma notícia, esta postada ontem (11/07) no site do jornal “O VALE”,
destacando que estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) aponta
que a Biodiversidade da Amazônia está em risco.
Duda Falcão
BRASIL &
Estudo do INPE Vê Biodiversidade
da Amazônia em Risco
O VALE
São José dos
Campos
11/07/2016 - 14:54
Foto: Divulgação
Estudo do INPE
(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) aponta que a biodiversidade da
Amazônia depende do combate à degradação florestal. Inovador, o trabalho
contou com a colaboração de cientistas de 17 instituições internacionais e foi
publicado na revista Nature, um dos mais conceituados periódicos científicos de
circulação internacional.
O grupo concluiu
que a conservação de espécies das florestas tropicais exige que o controle da
exploração madeireira ilegal, de incêndios florestais e da fragmentação de
áreas remanescentes deve ser considerado nos planos de mitigação.
A Amazônia
brasileira perdeu mais de 760 mil quilômetros quadrados de seus 5 milhões de
km² de florestas segundo dados do Inpe, que monitora o desmatamento na região
por satélite.
O estudo
internacional mediu o impacto geral das perturbações florestais mais comuns,
como exploração madeireira, incêndios e fragmentação de florestas
remanescentes, em 1.538 espécies de árvores, 460 de aves e 156 de besouros encontrados
na Amazônia paraense.
O resultado
desafia a atual concepção das estratégias de conservação, na qual prevalece o
foco no combate ao desflorestamento. Os cientistas demonstraram que, para
a floresta tropical, os efeitos das perturbações causadas por atividades
humanas resultam em perda de biodiversidade tão ostensiva quanto à causada pelo
desmatamento.
"O Brasil
conseguiu reduzir seu desmatamento em cerca de 80%. Contudo, demonstramos neste
estudo que precisamos, urgentemente, de um planejamento governamental
orquestrado para quantificar a extensão e impactos da degradação
florestal", disse, em nota, Luiz Aragão, pesquisador da Divisão de
Sensoriamento Remoto do INPE e um dos autores do estudo. "Isso se
quisermos resguardar nossa biodiversidade, estoques de carbono, e serviços ecossistêmicos",
completou.
Segundo o
cientista, espécies sob o risco máximo de extinção foram as mais atingidas
pelas perturbações causadas por atividade humana. "Estes resultados
devem servir de alerta para a comunidade global", afirmou, também em nota,
Jos Barlow, o principal autor do estudo.
Satélites
Monitoram Agressões à Natureza
Monitorada por
satélite, a Amazônia brasileira perdeu mais de 760 mil km² de seus 5 milhões de
km² de florestas, segundo o projeto Prodes, sistema do INPE que mede o
desmatamento.
No novo estudo
publicado na revista Nature, cientistas do INPE e de outras instituições
internacionais demonstraram que efeitos de atividades humanas resultaram em
perda de mais de 139 mil km² de floresta primária amazônica no Pará.
Isso corresponde
a todo o desmatamento no Estado desde 1988, ano em que o INPE começou a
monitorar por satélites o corte raso na Amazônia.
Enquanto a
redução do desmatamento é o principal foco da maioria das estratégias de
conservação em nações tropicais, a condição das florestas remanescentes não
costuma ser avaliada ou mesmo controlada por políticas públicas.
Ainda que donos
de terras na Amazônia brasileira sejam obrigados a manter 80% da cobertura
primária em suas propriedades, a nova pesquisa do INPE demonstra que, em
paisagens nas quais a lei é cumprida, a metade do valor potencial de conservação
já pode ter sido perdida.
Ou seja, décadas
de esforço de conservação podem ser perdidos.
Fonte: Site do Jornal
“O VALE” - 11/07/2016
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