A NASA em Fernando de Noronha nos Anos 50
Olá leitor!
O registro da história é de importância crucial para
compreendermos o presente e planejarmos o futuro, e no que diz respeito às
atividades espaciais brasileiras só agora, oficialmente 55 anos após iniciadas,
é que começa a surgir iniciativas para se contar esta história.
Diferentemente do que pensávamos, apesar de oficialmente
as atividades espaciais brasileiras terem iniciados em 03 de agosto de 1961,
quando o então Presidente Jânio Quadros criou o “Grupo de Organização da
Comissão Nacional de Atividades Espaciais (GoCONAE)”, através do decreto de nᵒ
51.133, já sabíamos que bem antes, por volta de 1957, um grupo pioneiro
liderado pelo “Ten. Col. Manoel dos Santos Lage”, da antiga Escola Técnica do
Exercito (ETE), e composto inicialmente pelos Majores Aldir, Alcir Maurício,
Ari Miguez, Newton Ferreira de Freitas, Jorge Pereira Lúcio e Franco de Albuquerque,
além do Capitão Maurício Tavares Gonçalves, e posteriormente pelos Ten. Cel.
Carlos Alberto Braga Coelho, do conhecidíssimo físico brasileiro Dr. César Lattes,
do Dr. Carlos Chagas (Diretor do Instituto de Biofísica da Universidade do
Brasil), do astrônomo Mario Dias Ferreira (Observatório de Valongo) e mais dois
astrônomos oriundos do Observatório Nacional (ON), já trabalhavam num projeto
de foguete de sondagem denominado oficialmente de Projeto F-360-BD, mas que
para o Ten. Cel Lage era chamado de Foguete Sonda I EB (de Exercito Brasileiro),
e que tinha a curiosa missão de lançar ao espaço (em um voo suborbital) um
gatinho denominado de Félix, numa missão que ficaria conhecida como FÉLIX
I, mas que infelizmente não seria concluída
graças na época a danosa interferência do General Ângelo Mendes de Morais, o
mesmo que foi acusado de ser o autor intelectual do atentado contra o
jornalista Carlos Lacerda, em 05 de agosto de 1954.
Entretanto leitor vale aqui fazer o registro com fotos (veja
abaixo) de algo que desconhecíamos até então, ou seja, no mesmo ano de 1957 foi
instalada no Arquipélago de Fernando de Noronha uma base norte-americana de
rastreio de artefatos lançados pela NASA de Cabo Canaveral, na Flórida/EUA.
Foi a partir deste episódio, que ficou conhecido como a “segunda ocupação norte-americana em Fernando de Noronha”, que surgiram os estudos para criação de um centro de lançamento de foguetes em solo brasileiro, coisa que só se concretizaria em 1965, quando da criação do antigo Centro de Lançamento de Foguetes da Barreira do Inferno (CLFBI), o hoje conhecido como Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI).
Nas imagens acima pertencentes ao acervo em exposição no Memorial Noronhense, aparecem o avião que trouxe a comitiva americana pousado no arquipélago e também a comitiva sendo recebida na chegada e nas instalações militares na ilha.
Duda Falcão
Foi a partir deste episódio, que ficou conhecido como a “segunda ocupação norte-americana em Fernando de Noronha”, que surgiram os estudos para criação de um centro de lançamento de foguetes em solo brasileiro, coisa que só se concretizaria em 1965, quando da criação do antigo Centro de Lançamento de Foguetes da Barreira do Inferno (CLFBI), o hoje conhecido como Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI).
Nas imagens acima pertencentes ao acervo em exposição no Memorial Noronhense, aparecem o avião que trouxe a comitiva americana pousado no arquipélago e também a comitiva sendo recebida na chegada e nas instalações militares na ilha.
Duda Falcão
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