Palestra Sobre viagens Espaciais Chama a Atenção de Estudantes na Reunião da SBPC
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (19/07) no site da Agência
Espacial Brasileira (AEB), destacando que Palestra Sobre Viagens Espaciais
chama a atenção de estudantes na 68ª Reunião da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência (SBPC), em Porto Seguro (BA).
Duda Falcão
Palestra Sobre Viagens Espaciais
Chama a Atenção de Estudantes
Coordenação de Comunicação Social – CCS
19 de julho de 2016
O bolsista da Agência Espacial Brasileira (AEB), Pedro
Henrique Doria Nehme, chamou a atenção de estudantes e do público ao falar
sobre Viagens Espaciais na 68ª Reunião da Sociedade Brasileira Para o Progresso
da Ciência (SBPC), em Porto Seguro (BA). O jovem engenheiro elétrico está sendo
treinado para fazer seu primeiro voo suborbital, o qual atingirá uma altura
aproximada de 103 km, na Nave Lynx Mark II, em fabricação na Philadelfia, Estados
Unidos.
Pedro contou sua história aos estudantes, que admirados
ouviam a experiência do jovem – ex-bolsista do Ciências Sem Fronteiras e
da Nasa - que será o primeiro brasileiro civil a cruzar a fronteira do
espaço. Tudo começou em 2013, quando a empresa holandesa KLM promoveu um
concurso mundial que oferecia ao vencedor uma viagem de turismo espacial como
prêmio.
O concurso convidava internautas a adivinhar em que ponto
iria estourar um balão que a empresa ia lançar no deserto de Nevada, nos
Estados Unidos. Os interessados teriam que indicar o ponto exato, latitude,
longitude e altitude em que o balão iria cair. Pedro encarou o desafio e
derrotou 129 mil inscritos.
Surpresa – “A empresa não forneceu nenhuma
informação sobre o balão. Então parti para estimativas e hipóteses e com elas
cheguei a uma margem numérica. Dentro dessa margem escolhi um ponto e marquei.
O resultado veio um mês depois, e para minha surpresa eu era o vencedor. Minha
resposta foi a que mais se aproximou ficou a 14 km do ponto onde o balão
estourou”, afirmou Pedro, que demorou dias para “cair na real” e acreditar que
ele era o vencedor.
Como explicou durante a palestra, Pedro já passou por
alguns treinamentos para realizar o voo orbital. Em outubro de 2014 começou a
preparação a fim de melhorar o condicionamento físico. Em abril de 2015 fez um
estágio de adaptação fisiológica com os pilotos de caça da Força Aérea
Brasileira (FAB). Em junho fiz o voo de caça na Base Aérea de Canoas (RS), com
o esquadrão Pampa. Em agosto participei de um treinamento na Rússia, no Gagarin
Cosmonaut Training Center (GCTC), que foi muito interessante.
“No preparo na Rússia treinei a situação de ejeção da
aeronave, os sintomas de hipóxia, que é a perda de oxigênio no corpo, e a
desorientação espacial”, ressaltou Nehme. Para se ter uma ideia na fase de
hipergravidade que acontece de 1G a 4G, se a pessoa pesa 50 kg passará a pesar
quatro vezes mais, ou seja 250 kg. Já na fase de microgravidade, se a pessoa
pesa 50 kg ela vai flutuar.
Em seu voo, Pedro levará com ele um experimento que está
sendo desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina, pela
Universidade de Brasília (UnB), e pelo Instituto Mauá de Tecnologia, de São
Paulo. O dispositivo vai medir seus sinais fisiológicos durante todo o trajeto do
voo.
Curiosos os jovens fizeram várias perguntas ao
engenheiro, entre elas os riscos de fazer esse voo. Pedro respondeu que todas
as fases do treinamento são justamente para prepará-lo da melhor maneira
possível a enfrentar todas as situações para o qual foi treinado. “A partir do
momento que vou entendendo os testes, a autoconfiança vai aumentando”, disse.
Pedro trabalha nos projetos que desenvolve na AEB, enquanto aguarda o término
de construção da nave, Pedro trabalha em alguns projetos da AEB.
Perguntado se antes tinha pensado em fazer algo
semelhante, ele falou que não tinha expectativa, pois estava fora da realidade
brasileira, mas desde criança sempre gostou de ir ao aeroporto. “Meus legos
preferidos eram de aviões e naves espaciais. Minha mãe disse que eu gostava de
desmontar aviões e fazer a minha versão. O espaço sempre foi muito fascinante
pra mim, inclusive meu quarto tinha um teto cheio de estrelas fluorescentes”,
concluiu. Após a palestra, Pedro participou de uma sessão de fotos com os
estudantes, que impressionados com a experiência e inteligência do jovem,
estavam preocupados por ainda não ter alcançado seus objetivos.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
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