Investimento de 2% do PIB em Ciência é o Mínimo Para Competir Com Grandes Players
Olá leitor!
Segue agora uma nota postada ontem (06/07) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) destacando que segundo
o Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (SEPED) do
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Jailson de
Andrade, o investimento de 2% do PIB em Ciência é o mínimo para competir com Grandes
Players.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Investimento de 2% do PIB em Ciência é o
Mínimo Para
Competir Com Grandes Players
A conclusão é da presidente do Conselho de Secretários de
Ciência e Tecnologia,
em debate na 68a Reunião da SBPC sobre a Estratégia
Nacional. Para Jailson
de Andrade, documento lança as bases para o
desenvolvimento.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 06/07/2016 | 11:30
Última modificação: 06/07/2016 | 16:30
Crédito: Ascom/MCTIC
Secretário Jailson de Andrade discute a ENCTI 2016 - 2019
na 68ª Reunião da SBPC, em Porto Seguro (BA).
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Lançada em maio deste ano, a Estratégia Nacional de
Ciência e Tecnologia (ENCTI) 2016-2019 tem potencial para pavimentar o caminho
do desenvolvimento para o Brasil. Segundo o secretário de Políticas e Programas
de Pesquisa e Desenvolvimento (SEPED) do Ministério da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações (MCTIC), Jailson de Andrade, o documento reúne as
bases para que o Brasil seja mais próspero.
"A prosperidade das nações é construída com um
ambiente político estável, um ambiente regulatório estável e muito bem definido
e não vivem da exploração de recursos naturais. Além disso tudo, é preciso o
investimento. A ENCTI ajuda a construir esse caminho rumo ao desenvolvimento
pleno da nação brasileira. Ela vem sendo construída há tempos, e a última
versão consolida as principais necessidades do país", afirmou Jailson em
debate na 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
(SBPC), em Porto Seguro (BA).
Para tanto, Jailson destacou ser fundamental o
investimento financeiro para as atividades de ciência, tecnologia e inovação.
Ele pediu ações conjuntas dos atores do setor para que o Brasil figure entre as
nações mais inovadoras do mundo. "O investimento é extremamente relevante.
O atual orçamento do MCTIC está no mesmo nível de 2001. Precisamos do
engajamento de todos os atores do setor para superar o fato de sermos a nona
maior economia do mundo e apenas o 70° no Global Innovation Index."
Na avaliação do presidente da Academia Brasileira de
Ciências (ABC), Luiz Davidovich, o investimento público em pesquisa e
desenvolvimento ainda é tímido – o que reflete em pouca inovação no país. Ele
citou o exemplo da China, que diante de uma queda no Produto Interno Bruto
(PIB) aumentou os gastos estatais com ciência e tecnologia em 23%. Para ele, o
MCTIC tem papel importante na intermediação por mais recursos para a área.
"O apoio do alto escalão é fundamental para o
sistema funcionar. Nesse aspecto, o MCTIC é importante para fazer o meio-campo
e ajudar a articular que o sistema funcione plenamente e que haja recursos
disponíveis para a ciência", disse.
A meta estabelecida pela ENCTI é que, até 2019, o volume
destinado para ciência, tecnologia e inovação seja de 2% do PIB. "Esse é o
valor mínimo para que possamos competir com os grandes players mundiais. Mas
podemos chegar a até 2,5% para que a ciência brasileira tenha condições de se
desenvolver ainda mais", destacou a presidente do Conselho Nacional de
Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (CONSECTI),
Francilene Garcia.
O ministro Gilberto Kassab também defende que os
investimentos no desenvolvimento científico e tecnológico alcancem 2% do PIB.
"Eu tenho certeza absoluta, plena convicção, de que uma das principais
atribuições e responsabilidades minhas será trabalhar para que a gente possa se
aproximar, atingir ou estabelecer um cronograma, quem sabe até numa lei, para
que os recursos possam se aproximar daqueles 2% do PIB colocado algum tempo
atrás. Essa bandeira eu comprei e incorporei", disse o ministro em junho,
num encontro com a Academia Brasileira de Ciências.
Kassab considera prioridade da sua gestão a recomposição
do orçamento do MCTIC. "Vamos nos empenhar muito porque, quanto mais nós
recuperarmos nesse ano, mais fácil será começarmos a construir a curva de
retomada do crescimento já no orçamento do ano que vem."
A ENCTI
A Estratégia Nacional de Ciência e Tecnologia 2016-2019
coloca como condição para o Brasil dar um salto no desenvolvimento científico e
tecnológico e elevar a competitividade de produtos e processos um Sistema
Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) robusto e articulado. Para
isso, estabelece como pilares a promoção da pesquisa científica básica e
tecnológica; a modernização e ampliação da infraestrutura de ciência,
tecnologia e inovação; a ampliação do financiamento; a formação, atração e
fixação de recursos humanos; e a promoção da inovação tecnológica nas empresas.
Para cada um desses pilares, são indicadas ações prioritárias que vão
contribuir para o fortalecimento do SNCTI, considerado o eixo estruturante.
O objetivo é posicionar o Brasil entre os países com
maior desenvolvimento científico e tecnológico; aprimorar as condições
institucionais para elevar a produtividade a partir da inovação; reduzir
assimetrias regionais na produção e no acesso à ciência; desenvolver soluções
inovadoras para a inclusão social e produtiva; e fortalecer as bases para a
promoção do desenvolvimento sustentável.
Para alcançar esses objetivos, a ENCTI 2016-2019 aponta
11 áreas estratégicas. São elas: aeroespacial e defesa; água; alimentos; biomas
e bioeconomia; ciências e tecnologias sociais; clima; economia e sociedade
digital; energia; nuclear; saúde; e tecnologias convergentes e habilitadoras; A
proposta é direcionar investimentos para essas áreas com consistência e
coerência para potencializar os resultados.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
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