Em Encontro com Empresários, Ministro Defende 2% do PIB para Ciência e Tecnologia
Olá leitor!
Segue agora uma nota postada hoje (11/07) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) destacando que em encontro
com empresários, Ministro Kassab defende 2% do PIB para Ciência e Tecnologia.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Em Encontro com Empresários, Ministro
Defende 2% do PIB
para Ciência e Tecnologia
Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação
apresentaram ao
presidente em exercício Michel Temer e ao ministro
Gilberto Kassab
propostas para construção de um ambiente favorável à
inovação no país.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 11/07/2016 | 14:03
Última modificação: 11/07/2016 | 14:05
Crédito: Ascom/MCTIC
Reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação teve a
participação do presidente em exercício Michel Temer e
do ministro Gilberto
Kassab.
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O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações, Gilberto Kassab, reforçou nesta sexta-feira (8) que a meta de
investimento em inovação para alavancar o desenvolvimento do Brasil deve ser de
2% do Produto Interno Bruto (PIB). A afirmação foi feita durante reunião do
Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) da qual também
participou o presidente em exercício Michel Temer, em Brasília. No encontro, o
setor produtivo apresentou uma série de propostas para a construção de um ambiente
favorável à inovação no país, entre elas a proibição de contingenciamento de
recursos do MCTIC assegurando à pasta e às entidades vinculadas planos de
aplicações de médio e longo prazo.
"Hoje 1,2 % do PIB é investido em inovação, mas a
nossa meta deve ser de 2%. Temos que atingir esse percentual. E é fundamental
que cada real público investido tenha resultado e justifique sua
aplicação", afirmou o ministro para cerca de 100 empresários, na sede da
Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Kassab disse ainda que o governo federal e a iniciativa
privada devem formar parcerias para o país avançar. "A participação do
presidente Michel Temer aqui hoje é emblemática. Comprova o reconhecimento do
setor e reforça a necessidade do trabalho em parceria entre o poder público e o
capital privado com participação fundamental da academia. Esse tripé irá
cumprir o que é fundamental para o país nos investimentos em inovação para
termos o desenvolvimento que todos nós desejamos para os brasileiros",
disse.
Nesse sentido, a presidente do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques,
comunicou que o banco investiu R$ 6 bilhões em inovação nos últimos dois anos.
E defendeu o diálogo do governo federal com o setor privado. "Inovação é
uma das prioridades do BNDES. Produtividade e competitividade são fundamentais
para a retomada do crescimento sustentável."
Demandas
No documento "A Nova agenda da MEI para ampliar a
inovação empresarial – 2016", divulgado no encontro, o grupo de
empresários apresenta um conjunto de propostas para impulsionar a inovação
industrial, entre elas, a ampliação e monitoramento dos investimentos em
ciência, tecnologia e inovação; a reorganização dos Comitês Gestores dos Fundos
Setoriais; a garantia de destinação integral dos recursos do Fundo para o
Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) para atividades de
pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I); assegurar que o orçamento do
programa Ciência sem Fronteiras e as bolsas regulares do CNPq deixem de serem
cobertos com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (FNDCT); o aprimoramento da Lei do Bem; o impedimento a novas
burocracias que desestimulem a pesquisa, a utilização, a comercialização, o
registro, o patenteamento e o licenciamento de nanotecnologias; o
aperfeiçoamento da Lei de Biossegurança e revisão das Resoluções Normativas da
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBIO); e a ampliação e
fortalecimento dos recursos do Programa Inova Empresa.
Segundo o presidente da CNI, Robson Andrade, a reunião
serviu para que a entidade apresentasse ao presidente em exercício os
"entraves" para que as empresas possam investir em inovação.
"O presidente se comprometeu, junto com seus
ministros, a trabalhar muito para que a indústria brasileira tenha o apoio
necessário para continuar inovando e se desenvolvendo. Discutimos o Marco
Regulatório da Inovação, financiamento, a questão do INPI [Instituto Nacional
de Propriedade Intelectual], porque hoje o Brasil gasta 11 anos para aprovar
uma patente, enquanto a média no mundo não chega a três anos. Então, mostramos
essas dificuldades para o presidente, e ele se propôs a trabalhar para que
sejam resolvidas", afirmou.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
Comentário: Na realidade o ministro está estabelecendo
uma meta que deveria ter sido atingida na década passada, hoje o ideal para
sermos competitivos com as grandes economias do mundo seria algo em torno de 2.5%.
Porém o setor de C&T padece de outros problemas graves, como o sistema
alfandegário, a lei 8666, a falta de uma política que incentive pequenas e
médias empresas e principalmente Starups que atendam o desenvolvimento de
tecnologias críticas, a efetiva cobrança por resultados por parte do governo, e
principalmente seriedade e compromisso, tanto por parte do Governo como por
parte de institutos de pesquisas e empresas. No que diz respeito ao nosso PEB,
só para que o leitor possa entender, recentemente foi informado de que a Avibras
foi escolhida para fazer os envelopes-motores bobinados em fibra de carbono do 1ᵒ
e 2ᵒ estágios do VLM, o que é uma boa notícia, pois bem ou mal, demonstra que o
projeto está avançando. Acontece leitor que para fabricar quatro desses
envelopes vazios, dois deles com resina apenas e dois com propelentes, a Avibrás
exigiu a quantia absurda de R$
110 milhões. Leitor, como pode um lançador de satélite ser minimamente viável
comercialmente desta forma? Vale lembrar que os motores do 1ᵒ e 2ᵒ estágios são
as partes mais baratas do veiculo. Afinal ainda tem o sistema de controle (TVC)
nas tubeiras, tem o upper stage (que normalmente é mais caro que todo o resto
do veiculo), tem o computador de voo, o sistema de controle de atitute, etc...
Note neste exemplo leitor (caso seja verdadeiro, vou ainda averiguar) de que
pode estar existindo também o mal uso do recursos públicos através de superfaturamento.
Diante disto tudo leitor, fica muito difícil conduzir com competitividade o
setor de Ciência e Tecnologia enquanto essas dificuldades e falta de
comprometimento, seriedade e brasilidade persistirem tanto na classe politica, quanto na
classe empresarial deste país. É aquela coisa, os opostos se atraem e fazem negociatas, isto precisa acabar. Sinceramente espero que esta notícia não tenha
fundamento. Vou averiguar.
Alguem sabe dizer porque nao foi a Cenic que ganhou o contrato para fabricar os envelopes bobinados com fibra de carbono?
ResponderExcluirOlá Eduardo!
ExcluirEsta é uma boa pergunta, mas como eu disse estou ainda averiguando se a informação esta correta. Vamos aguardar.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)