CEMADEN Alerta: Seca no Acre Pode Se Agravar nos Próximos Dois Meses
Olá leitor!
Segue agora uma nota postada ontem (15/07) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) destacando que o CEMADEN
alerta: que Seca no Acre pode se agravar nos próximos dois meses.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
CEMADEN Alerta: Seca no Acre Pode
Se Agravar nos Próximos
Dois Meses
Relatório sobre os impactos da seca será divulgado a cada
quinze dias.
Abastecimento de água, produção agrícola, transporte por
hidrovias e
combate a incêndios florestais são algumas consequências
da estiagem.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 18/07/2016 | 17:18
Última modificação: 18/07/2016 | 17:20
A escassez de chuva e o baixo nível dos principais rios,
observados desde março no Acre, serão agravados nos próximos dois meses,
considerados os mais secos do ano. As chuvas mais intensas são esperadas a
partir do mês de setembro. As informações estão no relatório lançado pelo
Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN),
vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. No
documento, que será elaborado quinzenalmente, o CEMADEN disponibiliza o
diagnóstico da situação hidro-meteorológica e ambiental, o panorama hídrico, e
as perspectivas e impactos potenciais da seca.
"Identificamos a necessidade de acompanhar com
análises e previsões o fenômeno de seca no Acre e os seus impactos sociais e
econômicos na região. Esses estudos são importantes para fornecerem subsídios
para a tomada de decisões dos gestores públicos", afirmou o
coordenador-geral de Operações e Modelagens do CEMADEN, Marcelo Seluchi.
Segundo ele, desde março, as chuvas no Acre foram
deficientes e, climatologicamente, o trimestre de junho a agosto configura o
período mais seco do ano. As maiores precipitações estão previstas somente a
partir de setembro. Portanto, não há expectativa de recuperação do quadro
hídrico até lá, embora possam ocorrer chuvas ocasionais. Com isso, a seca está
afetando o abastecimento de água para consumo da população, a produção agrícola
e pecuária, o transporte por meio de hidrovias e o combate aos incêndios
florestais.
"El Niño e "La Niña"
O meteorologista Marcelo Seluchi explicou que a seca no
Acre pode ser atribuída em parte ao fenômeno "El Niño", iniciado no
outono de 2015. O "El Niño" está associado ao aquecimento das águas
do Oceano Pacífico equatorial, o que está ligado a uma alteração dos ventos em
boa parte do planeta e à alteração do regime de chuvas. No Brasil, o fenômeno
costuma provocar aumento das chuvas na região Sul e a sua redução no extremo
norte do país. Em junho, os meteorologistas observaram o declínio do
fenômeno e apontaram para o desenvolvimento do fenômeno oposto, chamado do
"La Niña", provavelmente com intensidade fraca.
"Hoje, tecnicamente, estamos em situação de
neutralidade, mas existe a expectativa de desenvolvimento iminente do fenômeno
de "La Niña". Acompanharemos sua possível evolução, tanto no aumento
da extensão do esfriamento das águas do Oceano Pacífico, como na intensidade
das anomalias da temperatura do mar", disse.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
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