Cortes no Extinto MCTI Já Derrubaram Programas
Olá leitor!
Trago agora para você uma notícia publicada na edição
de junho/julho do “Jornal do SindCT”, destacando que Cortes no
extinto MCTI já derrubaram programas.
Duda Falcão
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Cortes no Extinto MCTI Já
Derrubaram Programas
Antônio Biondi
Jornal do SindCT
Edição nº 48
Junho/ Julho de 2016
Um pouco antes de ser extinto e fundir-se com o
Ministério das Comunicações, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) teve seu orçamento
de 2016 reduzido em R$ 1 bilhão, mais de 20% dos recursos originalmente
previstos para a pasta. O orçamento aprovado para este ano era de R$ 4,66
bilhões, sendo R$ 3,66 bilhões da União e R$ 1 bilhão do Fundo Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Com os cortes, os recursos
destinados aos programas do antigo MCTI passarão a ser de somente R$ 3,58
bilhões.
O corte foi resultado do contingenciamento de R$ 21,2
bilhões no orçamento de 2016, realizado em abril. O MCTI teve o sexto maior
corte entre os ministérios. Como resultado, chegou-se ao menor orçamento da
pasta nos últimos 12 anos.
Para se ter uma ideia, a Lei Orçamentária Anual (LOA) de
2015 previa R$ 7,3 bilhões para o MCTI — o dobro do que os programas terão em
2016. Com os cortes apresentados em maio do ano passado, no entanto, o
orçamento final ficou em R$ 5,47 bilhões. Novos congelamentos e bloqueios de
verbas aconteceram ao longo do ano passado, resultando enfim no valor orçado e
posteriormente liberado em 2016.
Impactos
Para o setor aeroespacial, as consequências dos cortes já
anunciados podem ser devastadoras. É o que afirma Gino Genaro, diretor do
SindCT. “Como se já não bastassem os problemas de ordem político-
administrativa enfrentados há décadas no setor, como a falta de uma política
espacial digna do nome, que coloque o Programa Espacial Brasileiro (PEB) como
um programa estratégico para o País, bem como os vários erros de gestão
cometidos nos últimos tempos — que nos fizeram perder muito tempo e dinheiro,
como a criação da Alcantara Cyclone Space (ACS) e da Visiona, por exemplo — agora
ainda teremos de enfrentar um corte orçamentário que poderá drenar mais da metade
dos recursos de um orçamento já bastante combalido para a área espacial”,
explica.
Paulo Milani, pesquisador da Divisão de Mecânica Espacial
e Controle (DMC) do INPE, acredita que “a situação apenas tende a piorar”. O
pesquisador recorre a uma imagem prosaica para demonstrar sua avaliação,
afirmando que os problemas estão “impactando até no corte da grama dos jardins,
imagine-se então os programas de satélites”. (AB)
Fonte: Jornal do SindCT - Edição 48ª – Junho/Julho de
2016
Comentário: Pois é, não há como tapar o sol com a peneira, né verdade Sr. Braga Coelho???
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