Ucrânia Desenvolve Satélite para ser Lançado pelo Cyclone-4

Olá leitor!

Segundo notícia publicada dia 28/05 no site ucraniano http://www.epravda.com.ua , a empresa Estado Design Bureau (SDB) Sul, localizada na cidade de “Dnipropetrovsk”, ganhou o concurso para o desenvolvimento de um microsatélite no valor de US$ 23 milhões no âmbito do programa “Mikrosat”.

Ainda segundo a notícia, o microsatélite terá aproximadamente 200 kg (pelo padrão internacional adotado no resto do mundo esse seria um minisatélite e não um microsatélite) e tem previsão de ficar pronto em 2013, quando então será lançado do sítio de lançamento da mal engenhada empresa binacional “Alcântara Cyclone Space (ACS) em Alcântara, junto com uma carga útil de origem japonesa que muito provavelmente deve ser o microsatélite Nano-JASMINE. Lembrando que da mesma forma que o satélite japonês, é provável que esse pequeno satélite ucraniano seja lançado gratuitamente.

Vale lembrar também que segundo notícias anteriores de outras fontes, um espaço gratuito também foi oferecido pela ACS a Agência Espacial Brasileira (AEB) para colocar uma carga útil nesse voo. Acreditamos que AEB, caso tenha aceitado a oferta, esteja planejando aproveitar a oportunidade e lançar nessa missão o microsatélite universitário ITASAT-1, ou então o Satélite Amazônia 1, mas a nossa aposta é que deverá ser mesmo o ITASAT-1.

Esse deverá ser o primeiro e único lançamento de qualificação do Cyclone-4, e já a partir desse lançamento os problemas ecológicos se manifestarão, aproximadamente uma hora e meia após o lançamento do foguete com a provável chuva acida que cairá na região, segundo previsão da própria empresa.

Para maiores informações sobre esse micro ou mini satélite ucraniano visite o site pelo link: http://www.epravda.com.ua/news/2012/05/28/324887/

Aproveitamos para agradecer ao leitor Heverton Coneglian de Freitas pelo envio dessa matéria.

Duda Falcão


Fonte: Site ucraniano http://www.epravda.com.ua

Comentários

  1. Deve ser o ITASAT-1 ,porque seria mais uma loucura de muitas querer lançar o satélite Amazônia 1, que já esta décadas atrasado em um voo de qualificação do foguete .

    ResponderExcluir
  2. Olá André!

    Na realidade não deveriam lançar satélite nenhum. O que essa gente está fazendo é crime ecológico e devia ser punido exemplarmente. Mas nos Brasil tudo acaba em pizza, infelizmente.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

    ResponderExcluir
  3. Não vejo a questão do Cyclone-4 usar combustível hipergólico seja um problema, até porque um dos mais confiáveis e utilizados foguetes do mundo, o russo Proton, usa a combinação UDMH/N2O4 e nem por isso existem problemas ambientais relatados. E os russos não vão substituir ele por no minimo uns 10, 15 anos. Outros foguetes também usam UDMH/N2O4 como o Dnepr, os indianos PSLV e GSLV, e inclusive os da ESA Ariane 1 até a versão 4, sendo lançados de Korou, dentro da Guiana amazônica.
    Eu só não gosto da baixa capacidade do Cyclone-4 pra GTO, e isso sim é um problemão, já que o mercado de satélites é muito maior para órbitas geostacionárias. Podendo colocar apenas 1,7ton nessa órbita é muito pouco, e vai limita-lo a um lançador de satélites governamentais para órbita baixa. Não há problema algum nisso, só que esse não é o foco da ACS, e vai deixá-los com uma baita dor de cabeça.

    ResponderExcluir
  4. Caro Heverton!

    As coisas não são bem assim amigo. É verdade que os russos continuam usando a hidrazina em alguns dos seus foguetes, mas não é verdade que não tenham sido relatado problemas ecológicos e de saúde na base do Cazaquistão, apesar de não ter sido relatado com a ênfase que se deveria. A Base do Cazaquistão foi construída no inicio dos anos 50 (ou até antes, não sei precisar com certeza) numa região árida e isolada, mas não desprovida de vida animal que hoje não existe mais. Para completar, existem relatos de que funcionários da base tem suas permanências na mesma abreviada para evitar problemas de saúde ocorridos anteriormente, o que não é de se estranhar, já que a Hidrazina é uma substância reconhecida como cancerígena e altamente tóxica. A nova família de foguetes ANGARA russo, segundo eu soube, não usará essa substância como propelente, além do Governo Russo já está trabalhando na construção de uma nova base de onde esses foguetes serão lançados. Curiosamente em 2010 quando a ROSCOSMOS esteve no Brasil apresentando essa família de foguetes na LAAD, durante a visita do então presidente da AEB, Carlos Ganem, ao stand da agência, o oficial russo na apresentação dos ANGARA citou em russo ou em inglês difícil (por alguma razão qualquer) a palavra Hidrazina, o que fez com que o Ganem questiona-se o mesmo se os foguetes dessa família usariam a Hidrazina como propelente. Imediatamente o oficial russo respondeu: No, no hidrazina, ANGARA no hidrazina. Esse fato ocorrido é curioso, pois já durante a pergunta do Ganem ficou claro para todos os presentes a sua insatisfação com essa informação, coisa que foi estranho, já que o mesmo fazia parte de um grupo que lutava pela implantação de uma empresa no país que se utilizará basicamente dessa substância para lançar seu foguete, o que há de se convir é uma incoerência. Entretanto, existe ainda esperança (que não acreditamos), mesmo que pequena, de que esse foguete não venha ser lançado do Brasil, já que a Comunidade Científica é contraria, já expressou publicamente seu desagrado e ao governo e quem sabe o Greenpeace venha se interessar pelo caso. Se tudo ocorrer bem essa empresa só terá duas saídas, ou muda a tecnologia para algo mais ecologicamente correto, incluindo aí participação da indústria brasileira, ou encerra suas atividades. Estamos na torcida.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

    ResponderExcluir
  5. A família de foguetes Titan dos EUA ,foi aposentado mesmo sendo um dos sistemas mais eficientes justamente por causa do uso da hidrazina.

    ResponderExcluir
  6. Pois é André, eu não sabia disso, mas é uma clara demonstração de que a hidrazina está sendo abandonada, menos aqui no Brasil, onde os energúmenos de plantão só fazem m...

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

    ResponderExcluir
  7. O ideal seria usar o LH2, mas é muito caro (o motor) e tem tecnologia muito complexa.
    Quanto á hidrazina, quem quiser ver uma explosão de um foguete Proton no lançamento é só ir ao Youtube. Fico imaginando aquelas dezenas de toneladas de toxico caindo sobre Alcantara, local tão bonito.
    O Cyclone tem uma grande confiabilidade, mas seu uso deve durar até a primeira explosão no lançamento.
    Deveríamos apostar sempre no querosene, por enquanto a melhor opção, usada inclusive no Soyuz,o "pau pra toda obra" da Russia.
    A Ucrania produz o Zenit que além de ser movido a querosene tem uma capacidade de colocar mais de 5 toneladas em GTO.
    Talvez fosse uma melhor opção.

    ResponderExcluir
  8. Olá Iurikorolev!

    Pois é amigo, soluções melhores e menos tóxicas existem. Entretanto, na época das negociações o governo LULA não deu ouvidos ao Ministério da Defesa, e para completar deixou irresponsavelmente que um reconhecido incompetente como o senhor Roberto Amaral estivesse à frente das negociações com os ucranianos e deu no que deu.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

    ResponderExcluir
  9. A hidrazina também é usada no Ariane-5 (hidrazina em todos ACS da Astrium, e MMH no G), no Vega (no ACS da Astrium), no Soyuz (o estágio Fregat leva >5 ton de UDMH) e no Angara (>5 ton de UDMH no estágio Briz).

    Não existe lançador ecológico. O problema da ACS é o quanto se pode confiar que o manejo será adequado (e o quão comercialmente viável ela pode ser, se precisar se apoiar exclusivamente no Cyclone-4).

    Abs.

    ResponderExcluir
  10. Olá Anônimo!

    Ninguém aqui falou em lançador ecológico e sim no emprego de propelentes mais ecologicamente corretos, como já vem sendo feito. Quanto a ACS, ela só tem problemas, já que da forma que foi concebida é um total desastre.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

    ResponderExcluir
  11. Anonimo, vc não compreendeu o que estamos discutindo.
    No upper stage quase todos usam.
    Estamos falando em usar mais de 150 toneladas de hidrazina nos primeiros estágios.
    Se ele explodir no lançamento vai ferrar com a população que mora perto.
    A Russia usa hydrazine nos primeiros estágios (ex Proton) mas lança em Baikonur (no deserto do Kasaquistão).

    ResponderExcluir
  12. Exatamente Iurikorolev, muito bem colocado amigo.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

    ResponderExcluir

Postar um comentário