Brasil quer Enviar sua Primeira Sonda a Asteróide em 2015
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada hoje (18/04) no site “Folha.com” do “Jornal Folha de São Paulo” destacando a "Missão ASTER", primeira missão espacial brasileira de espaço profundo.
Duda Falcão
CIÊNCIA
Brasil quer Enviar sua Primeira
Sonda a Asteróide em 2015
Sonda a Asteróide em 2015
SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO
18/04/2011 - 08h05
Cientistas de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Brasília querem enviar ao espaço uma sonda para estudar um asteróide e fazer experimentos durante a viagem.
O asteróide --chamado de 2001-SN263-- fica a 11 milhões de km na aproximação máxima da Terra e tem duas "luas" ao seu redor.
A sonda deve ser obtida por uma parceria com a Rússia. Mas o desenvolvimento dos seus instrumentos está a cargo da UFABC (Universidade Federal do ABC).
Lá, pesquisadores de engenharia espacial estão fazendo equipamentos capazes de analisar a composição química do asteróide.
Isso é importante porque esses astros podem guardar informações sobre a origem do Sistema Solar.
"Os equipamentos já estão desenhados", diz Annibal Hetem, da UFABC.
O projeto também envolve experimentos da USP.
"Queremos testar a resposta de moléculas biológicas ao ambiente espacial, especialmente à radiação", diz o astrobiólogo Douglas Galante, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências da USP.
A parte da análise dos dados ficaria com a UNESP (Universidade Estadual Paulista).
De acordo com o físico Othon Winter, a universidade já está investindo em infraestrutura e pessoal técnico para receber as informações que viriam do espaço direto para Guaratinguetá.
Editoria de Arte/Folhapress
SEM RECURSOS
O problema é que a fonte de recursos para o projeto, orçado em US$ 40 milhões, ainda está incerta. E, para alcançar o asteróide, a sonda deve ser lançada em 2015.
"O Brasil já faz estudos teóricos sobre dinâmica orbital e processamento de dados de outras sondas", explica Marco Antonio Chamon, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Os recursos poderiam vir de agências de fomento ou da AEB (Agência Espacial Brasileira) --que não prevê vôos para o "espaço profundo".
Hetem, da UFABC, é mais otimista. "Mesmo que a sonda não decole, já ganhamos formando pessoal na área."
Fonte: Site Folha.com - 18/04/2011
Comentário: Olha leitor, infelizmente já vi essa novela. Por volta de 2003 também houve uma iniciativa da classe cientifica do país para viabilizar o que seria a primeira sonda de espaço profundo brasileira. Na época era a MCE (Monitor de Clima Espacial) também em parceria com os Russos, que da mesma forma foi tema de várias reportagens por parte da mídia e acabou sendo descartada, mesmo estando incluída no PNAE, coisa que não ocorre com a Missão ASTER. Após a MCE, surgiram outras como a Missão Santos Dumont e a Sonda Lunar ISHTAR, que não chegaram nem a ser divulgadas pela mídia. Quando de minha segunda passagem por São José dos Campos em dezembro do ano passado, tive a oportunidade de conversar com o físico Othon Winter da UNESP, coordenador do projeto, que demonstrou está animado com a possibilidade de sua realização, o que confesso também me contagiou um pouco. Entretanto, sinceramente após ler essa matéria da Folha, não tenho mais esperança de que essa inovadora missão para o Brasil e para toda América Latina venha a ser realizada, o que é uma pena. Talvez, a solução seja tentar viabilizá-la com uma parceria internacional maior, com países que levem o seu programa espacial mais a sério. Dificilmente o governo brasileiro irá colocar 40 milhões (mesmo sendo uma sonda de baixíssimo custo) num projeto que não renda votos, foge completamente da cultura política vigente e dos interesses envolvidos dessa gente. Esperamos estar errados e torcemos para isso, principalmente por essa missão ser essencial para o desenvolvimento de várias tecnologias sensíveis para o Programa Espacial Brasileiro. Gostaria de agradecer aos leitores do blog André C. Castro e Ricardo Melo por terem nos enviado a dica desta matéria.
A AEB e o Governo não possuem dinheiro nem vontade política, nem pro satélite Amazonia - 1, imagina então pra esa sonda.
ResponderExcluirInfelizmente esse é a nossa realidade.
Olá Ramir!
ResponderExcluirO problema não é de recursos finaceiros amigo, recursos existem, o problema é de vontade política e de falta de visão do governo brasileiro e infeliz,mente a sociedade brasileira pagará no futuro um alto preço por este erro.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
O político deve estar se pensando. Pra que diabos vão enviar uma sonda pra ver um pedregulho no espaço ? Não tem o que fazer...
ResponderExcluirÉ claro, se um asteroide algum dia cair no Brasil e matar um monte de gente, será que ele irá pensar a mesma coisa ? Talvés, alguem irá perguntar, "Mas por que o Brasil nunca estudou estas coisas ? Será que nunca ninguem pensou em mandar uma sonda prá lá ?"
Pois é Ricardo, é aquela coisa amigo, o brasileiro só fecha a porta depois de arrombada. Infelizmente faz parte de nossa cultura. Veja o caso do sistema de alerta que agora o governo quer criar, apesar dos apelos da comunidade científica terem mais de vinte anos, principalmente quanto a necessidade do satélite meteorológico brasileiro.
ResponderExcluirAbs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Escuto sempre o mesmo discurso de perdedor aqui no Brasil.
ResponderExcluir- Pra que o Brasil tem Astronauta ?
- Pra quem o Brasil precisa de satelite se um monte de gente passa fome ?
- Pra que o Brasil tem que ter programa na Antartida ?
Pois é Ricardo,
ResponderExcluirE assim é a nossa gente e nossa cultura. Por isso que é mais dificil aqui no Brasil de se realizar um programa da envergadura de um programa espacial, mesmo não tendo ele horizontes como os encontrados em países como a China e a Índia.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazileira Space)