Operação de Embarque e Voo local do Motor Foguete S50 na aeronave C-130.

Olá, leitor!


Segue abaixo a notícia "Operação de Embarque e Voo local do Motor Foguete S50 na aeronave C-130.", publicada no site do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), no dia 22/09/2020.


Essa não é uma fase de desenvolvimento e testes do S50, mas uma etapa muito importante da logística que vai envolver o deslocamento do motor do local de produção para o sítio de lançamento (Alcântara-MA). Essa etapa é fundamental para definir os parâmetros operacionais e de segurança para transportar um artefato sensível e potencialmente perigoso como este.


Ainda sem notícia sobre as questões de falhas de produção encontradas no primeiro motor entregue pela Avibras (aqui), esperamos que essas falhas estejam ou tenham sido corrigidas e que, com essa última notícia, o projeto do VLM-1 ainda esteja dentro dos objetivos de acesso ao espaço do País.

 

Rui Botelho

Brazilian Space 

 

 Operação de Embarque e Voo local do Motor Foguete S50 na aeronave C-130.

 
Por Maj Eng Lacerda
 
22 de Setembro de 2020
 
01 Capa motor S50
Fonte: iae.cta.br
 
No dia 10 de setembro foi realizado com sucesso, pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), organização militar subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), a primeira operação de embarque do Motor Foguete S50 na aeronave C-130 (Hercules), seguido de um voo local de 30 minutos e desembarque do motor, a partir do aeródromo do DCTA.

 
02 S50
Fonte: iae.cta.br
 
Segundo informado pelo Major Engenheiro Rodrigo César Rocha Lacerda, Gerente do Projeto VLM-1 e Coordenador da Operação, a realização deste exercício de voo local, que vinha sendo planejado há muitos meses, foi de grande importância para o planejamento das futuras operações de lançamento dos veículos VS-50 e VLM-1. “A realização desta operação, com um motor S50 carregado, mas com propelente inerte, permitiu que diversos objetivos fossem cumpridos como, por exemplo, testar os meios de solo e as carretas desenvolvidas para o transporte e embarque do motor S50, definir a amarração e preparo da carga, antes e após o embarque do Motor no C-130, de forma a permitir um voo seguro da aeronave, e treinar as equipes do IAE e do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), visando às futuras operações de transporte destes motores para as campanhas de lançamento no CLA”. 
 
03 S50
Fonte: iae.cta.br
 
Durante todo o trajeto do motor, partindo do Laboratório de Preparo e Integração (AIE-LPIN) no IAE, passando pelo embarque, voo e desembarque, o Motor Foguete S50 estava instrumentado, para que todas as vibrações mecânicas, inerentes a este tipo de atividade, às quais o motor estivesse sujeito, fossem registradas para serem analisadas, posteriormente, pelos especialistas do IAE, visando obter dados para o transporte do motor S50 com propelente ativo no futuro.
 
04 S50
Fonte: iae.cta.br
 
A realização desta atividade contou com intensa participação de equipes do IAE pertencentes à Divisão de Integração e Ensaios (AIE), à Divisão de Projetos (APJ), à Segurança do Trabalho (VDIR-CS) e da Gerência do Projeto VLM-1, bem como com a participação de equipes do Centro de Transporte Logístico da Aeronáutica (CTLA), do Esquadrão 1º/1º GT (Grupo de Transporte), do Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA) e da empresa Avibras.
 
05 S50
Fonte: iae.cta.br
 
As Direções do DCTA e do IAE agradecem o empenho e a dedicação de todos os envolvidos na realização, com sucesso, de mais uma etapa no desenvolvimento do Projeto do Veículo Lançador de Microsatélites (VLM-1).
 

Comentários

  1. Interessante e delicado trabalho. Espero que seja viável. Uma alternativa seria deslocar essa linha de produção do S50 para um local seguro, nas proximidades da base, com uma rodovia exclusiva, por exemplo.

    ResponderExcluir
  2. Uma dúvida que fica, porque não usaram o kc-390? Pelo que se o kc-390 consegue transportar até uma viatura astros.

    ResponderExcluir
  3. Olá Gustavo!

    Espero que não seja mais um jogo de cena e que a Avibras tenha mesmo consertado a sua cagada que sequer assumiu, e ainda usou o fantoche presidente dessa Agência de Brinquedo para desmerecer o fato ocorrido, tentando diminuir a gravidade do fato. Enfim... Vamos pra frente.

    Abs

    Duda Falcão

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Duda,

      Sem dúvida. Fico imaginando os custos e os altíssimos riscos nesse transporte. Por mais capacitada que seja a equipe a transportar. Se a coisa for para valer acho que valeria a pena montar uma fábrica perto (mas não tão perto) do centro de lançamentos.

      Excluir
    2. Olá Gustavo, verdade, existem riscos e testes são necessários, inclusive na fase de transporte, pois jamais foi fabricado no Brasil um motor-foguete dessas dimensões. Quanto a sua ideia da fábrica, se não me engano era do interesse anos atrás do IAE de montar um banco de teste a quente para motores-foguetes na área do CLA, mas não sei dizer necessariamente se incluiria um fábrica de motores no local. Esta é uma ideia interessante, desde que seja com gente competente. Valeu???

      Abs

      Duda Falcão

      Excluir
  4. Deve ter tratar-se um motor inerte ou daquele que foi rejeitado. Simples mas necessário Treinamento de transporte

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    2. Olá Sr. Heisenberg!

      Concordo contigo, deve ser mesmo um motor inerte e talvez até (se valendo da oportunidade) o mesmo motor que apresentou fissuras. Sinceramente espero que não, pois isto pode significar que a Avibras continua batendo cabeça e que o IAE continua buscando holofotes. Enfim... vamos aguardar

      Abs

      Duda Falcão

      Excluir
    3. seria uma boa utilização para um motor que não tem mais serventia. Vale que ele foi monitorado. Uma boa maneira de verificar a possibilidade de trincar o motor durante o transporte. Se houvesse uma programa comercial de lançamento de foguetes, a fábrica dos motores deveria ficar perto da base e se deslocar de trem especial, como é feito em outros lugares no mundo

      Excluir
  5. Bem, testaram com substância inerte. Será que será este mesmo motor que irá receber o combustível oficial e levado para o MA, ou levarão outros 2 anos para construir outro? Será que estamos próximos do primeiro vôo de teste do S50? Estranho não dizerem nada a respeito. Mais alguns anos de espera?

    ResponderExcluir

Postar um comentário