INPE Homenageia Fernando de Mendonça, Fundador do Instituto
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (21/03) no site do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando que o instituto homenageou
na sexta-feira passada (18/03) o
pioneiro Dr. Fernando de Mendonça,
fundador do Instituto.
Duda Falcão
INPE Homenageia Fernando de
Mendonça, Fundador do Instituto
Segunda-feira, 21 de Março de 2016
Fernando de Mendonça atuou para a criação, em 1961, do
Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais (GOCNAE),
órgão que deu origem ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Para homenagear este pioneiro, que esteve à frente do
Instituto como diretor geral entre 1963 e 1976, o INPE realizou uma cerimônia
na sexta-feira (18/3) em sua sede, em São José dos Campos (SP).
O evento, que aconteceu no auditório que leva o nome do
homenageado, relembrou fatos da vida pessoal, social e profissional de Fernando
de Mendonça - desde os primeiros anos do INPE, o estabelecimento de programas
importantes do Instituto, seu papel no avanço da ciência e tecnologia no
Brasil, sua participação na vida cultural da região, até seus projetos atuais e
futuros.
“Esta é uma cerimônia muito especial para a comunidade
inpeana, pois combina a homenagem e reverência a um dos fundadores e
idealizadores do INPE com uma rememoração da trajetória do próprio Instituto”,
disse Leonel Perondi, diretor do INPE, na abertura do evento.
Para realizar a homenagem, o INPE consultou pessoas que
trabalharam e conviveram com Fernando de Mendonça e todas ressaltaram a visão
de futuro, a obstinação pela excelência e a disciplina entre suas maiores
qualidades.
“Até hoje as coisas são muito arrumadas no INPE”,
comentou Luiz Gylvan Meira Filho, que foi diretor científico, chefiou áreas de
meteorologia e observação da Terra e, atualmente, é membro do Conselho
Técnico-Científico do INPE.
Gylvan Meira relembrou que as primeiras pesquisas
coincidiram com os eventos do Ano Geofísico Internacional, uma época de intensa
colaboração científica. “E a participação do INPE foi importante no esforço
para entender fenômenos espaciais. O Instituto começou com a área de ciências
espaciais e depois houve uma migração aos poucos para a área de aplicações,
como ocorreu no mundo todo”, ressaltou Gylvan Meira.
Mário Valério Filho, que acompanhou as primeiras
pesquisas na utilização de imagens de satélites no INPE, falou sobre o início
do sensoriamento remoto, que trouxe um novo olhar sobre o Brasil. “Dr. Mendonça
criou uma equipe com vários especialistas, dada a multidisciplinaridade do
sensoriamento remoto”, disse Mario Valério, que destacou o caráter motivador do
homenageado. “Levava todos os inpeanos a sonhar com ele”.
Membro da primeira turma do curso de pós-graduação em
Ciência Espacial, Ivan Jelinek Kantor está no INPE há 48 anos. “Apesar de
aposentado, continuo vindo. Nunca deixei de trabalhar porque fui enfeitiçado
pelas ideias do Dr. Mendonça”, disse Ivan Kantor, ao destacar a importância do
ex-diretor do INPE para a ciência brasileira.
Aydano Barreto Carleial, que atuou na Engenharia Espacial
do INPE e no estabelecimento de projetos nesta área, enumerou três aspectos
essenciais na maneira como Fernando de Mendonça conduzia o INPE: excelência,
trabalho presencial intenso e disciplina. “Ele demonstrou que havia ampla razão
para investir em meteorologia, observação da Terra e até educação”, disse
Carleial, ao contar sobre o SACI (Satélite Avançado de Comunicações
Interdisciplinares), projeto voltado à educação a distância.
Participante do projeto SACI, Neusa Maria Dias Bicudo
falou sobre o incentivo dado por Mendonça ao crescimento profissional e pessoal
tanto dos pesquisadores como colaboradores de áreas administrativas e de
manutenção do INPE. “Ele tinha garra, sensibilidade e determinação, ao mesmo
tempo em que era muito exigente e até intransigente. Mas era um incentivador do
aprendizado, que proporcionou o crescimento das pessoas”.
O fomento à cultura foi um aspecto da vida de Fernando de
Mendonça trazido ao evento pelo jornalista Luiz Paulo Costa, ex-vereador de São
José dos Campos. “Ele teve destacada atuação para montar a OS (Organização
Social) para restaurar o Parque Vicentina Aranha”.
Marciana Leite Ribeiro, responsável pela preservação da
Memória Científica do INPE, apresentou o hotsite desenvolvido pelo Instituto
para homenagear Fernando de Mendonça.
A vida em família e outras passagens da trajetória
pessoal foram contadas por Roberto Tamlyn de Mendonça, filho do homenageado,
que ainda falou sobre os planos atuais e futuros de seu pai. “Ele continua
batalhando pelo desenvolvimento do País”, disse Roberto, referindo-se a seus
esforços pela criação do Instituto de Fotossíntese Artificial no Ceará.
A cerimônia emocionou a todos os presentes, a maioria
ex-funcionários e atuais colaboradores do INPE. No final, após receber uma
placa como símbolo do reconhecimento pela sua atuação, Fernando de Mendonça fez
questão de dizer que não trabalhou sozinho e que tinha a preocupação de
preparar as pessoas para continuar o trabalho.
“Eu ia constantemente à Nasa para termos colaboração e
podermos usufruir de benefícios dos projetos deles”, contou o pioneiro.
Bem-humorado, Fernando de Mendonça comentou sobre a disciplina de horários e
outras exigências dos primeiros tempos do instituto, como a obrigatoriedade do
uso de gravata. “Eu vi lá fora os pesquisadores todos aprumados e entendi que
aqui tínhamos que mostrar esse zelo. Não existia uma cartilha sobre ‘como criar
um instituto’, então visitei institutos no exterior e aprendi fazendo”.
O homenageado surpreendeu amigos e convidados ao revelar
um de seus atuais projetos: fazer com que o Brasil tenha, em 20 anos, um
ganhador do Prêmio Nobel. Ele disse que está selecionando talentos para estudar
no exterior e já teria confirmado parcerias com universidades dos Estados
Unidos para receber jovens brasileiros. “Sou teimoso e não desisto. Tem que
sonhar grande. Vamos chegar lá!”, declarou Fernando de Mendonça.
O diretor Leonel Perondi entregou ao homenageado
uma
placa em nome da comunidade inpeana.
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Cerimônia foi realizada no Auditório Fernando de
Mendonça, no LIT-INPE.
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Fernando de Mendonça agradece a homenagem promovida pelo
INPE.
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Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
Comentário: Bem leitor, como já disse no comentário da
nota anterior uma homenagem muita justa a este grande brasileiro. Diferentemente de homenagens como esta (veja aqui), uma tremenda palhaçada de um puxa-saquismo sem
sentido e protagonizado infelizmente e vergonhosamente pelo alto comando
da Aeronáutica. Querem realmente homenagear alguém que contribuiu com o PEB? Homenageie
então homens ou mulheres da estirpe do Dr. Jaime Boscov, e não pessoas como este banana incompetente e
vendedor de ilusões.
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