Brasil Alcança Estado da Arte em Previsão do Tempo Com Novo Modelo do INPE
Olá leitor!
Segue agora uma nota postada ontem (28/03) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) destacando que o Brasil alcançou o Estado da Arte em Previsão do
Tempo com novo modelo do INPE.
Duda Falcão
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Brasil Alcança Estado da Arte em Previsão
do Tempo Com
Novo Modelo do INPE
Novo BRAMS leva em conta aspectos atmosféricos e ciclos
físicos e
químicos que podem interferir na previsão do tempo.
Supercomputador
Tupã auxilia nos modelos de previsão.
Por Ascom do MCTI
Publicação: 28/03/2016 | 18:18
Última modificação: 28/03/2016 | 18:42
Crédito: INPE/Divulgação
Modelo permite previsões climáticas mais precisa
em toda
a extensão da América do Sul.
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A previsão do tempo é uma ferramenta importante para uma série
de atividades. Seja para agricultores planejarem plantios e colheitas de
culturas, seja para prevenir possíveis desastres naturais nos perímetros
urbanos. Os meteorologistas buscam, então, fazer previsões cada vez mais
precisas para dar subsídios exatos para a população. Para tanto, se valem de
softwares e códigos computacionais complexos.
Um deles é o Brazilian
Developments on the Regional Atmospheric Modeling System (BRAMS),
desenvolvido pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI). Com a nova versão,
recentemente disponibilizada, a BRAMS 5.2, é possível fazer previsões mais
precisas em toda a extensão da América do Sul.
O principal diferencial deste sistema, de acordo com o
pesquisador do CPTEC Saulo Freitas, é que ele unifica os
modelos de previsão do tempo e da qualidade do ar que a instituição utiliza
atualmente. Outro ponto é que o BRAMS 5.2 permite uma avaliação simultânea do
impacto das queimadas no ciclo de carbono. Em resumo, a ferramenta contabiliza
fatores físicos, químicos e o ciclo de carbono para prever o clima.
"Por incluir processos físicos e biogeoquímicos mais
realisticamente representados e integrados consistentemente em um único sistema
de modelagem, temos condições de fazer uma previsão climática mais precisa.
Esse sistema unifica diversos módulos, trazendo um sistema de modelagem de
processos na atmosfera totalmente consistente, incluindo retroalimentações
entre a superfície, atmosfera e biogeoquímica. Por isso, chegamos ao estado da
arte", explicou Saulo Freitas. "Isso significa que o Brasil está no
estágio mais avançado da previsão climática."
Do Menor Para o Maior
Segundo o pesquisador, o BRAMS 5.2 permite uma avaliação
mais regionalmente localizada das condições climáticas. É possível fazer
previsões para áreas de até cinco quilômetros com antecedência de um dia. Já as
análises mais completas – que levam em conta os fatores biogeoquímicos – servem
para áreas de resolução de 20 quilômetros para um período de mais de três dias
de antecedência. Juntando todas essas informações, é possível montar um mosaico
de previsão climática para toda a América do Sul.
A questão da delimitação da área é fundamental para a
previsão do tempo. Isso porque, quanto maior a área, maior a possibilidade de
variação de cenários.
"Antes, tínhamos modelos que traçavam médias de uma
área de cem quilômetros. A média de temperatura dessa área, por exemplo, dá
margem para muitas interpretações. Não é possível traçar uma previsão muito
precisa para essa área. Com o BRAMS, fazemos projeções que são muito mais
realistas", observou Saulo Freitas.
Supercomputador
Os cálculos efetuados pelo BRAMS 5.2 são bastante
complexos. Desenvolvido no país desde a inserção nos modelos de previsão
climática, nos idos dos anos 1980, o sistema necessita de um supercomputador
para executar as contas de todas as variáveis. No caso do CPTEC, é utilizado o
Tupã.
São necessários 9,6 mil processadores do supercomputador
para todas as informações do BRAMS. Ele permite, por exemplo, que seja feita
uma previsão de um dia de antecedência para todo o Brasil em apenas 20 minutos.
"A intenção é calcular em áreas cada vez menores
para obter resultados mais precisos. Por isso, precisamos de cada vez mais
processadores para fazer a previsão de todo o Brasil no menor tempo
possível", ressaltou Freitas.
O Tupã foi adquirido pelo INPE com recursos do Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo (FAPESP).
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI)
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