INPE Lança Site para Monitorar Colheita da Cana Paulista
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (30/03) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o INPE lançou
site para monitorar colheita da Cana Paulista.
Duda Falcão
INPE Lança Site para Monitorar
Colheita da Cana Paulista
Sexta-feira, 30 de Março de 2012
São as imagens de satélites processadas e analisadas no
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que permitem avaliar se os
produtores do estado de São Paulo estão substituindo a colheita manual da
cana-de-açúcar – e o consequente uso do fogo - pela mecanização como estabelece
o Protocolo Agroambiental.
Para apresentar os dados sobre o tipo de colheita, com ou
sem queima da palha da cana-de-açúcar, está sendo lançado o site do projeto de
“Monitoramento da Colheita da Cana-de-açúcar via Imagens de Satélite”: www.dsr.inpe.br/laf/canacrua
As informações mais recentes, sobre a safra 2011-2012,
mostram que a mecanização já atingiu 65,2% da colheita no estado. Isso
significa que dos 4.796.140 hectares de cana colhidos na última
safra, 3.125.619 hectares foram colhidos mecanicamente, enquanto 1.670.521
hectares (34,8%) ainda sofreram com a queima.
A diminuição das queimadas tem impactos importantes no
ambiente, com a redução de emissões, e na própria saúde da população, que sofre
com a fumaça em tempos de colheita da cana.
Para diminuir gradativamente a prática da queima da palha
da cana pelos produtores paulistas, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, a
União da Indústria de Cana-de-açúcar do Estado de São Paulo (UNICA) e as
associações de fornecedores firmaram o Protocolo Agroambiental. Os dados do INPE,
gerados no âmbito do Projeto CANASAT, permitem verificar se informações
fornecidas pelos produtores aos órgãos ambientais correspondem à realidade.
Para isso, são analisadas as imagens de satélites registradas ao longo do
período da colheita para identificar se há sinais de queimada.
No novo site, os dados são apresentados em mapas,
gráficos e tabelas que permitem avaliar a situação em cada município ou região
desde 2006. Também estão disponíveis publicações, artigos científicos que
descrevem a metodologia utilizada e os resultados obtidos pelo Projeto CANASAT.
Artigo
No final de 2011, a equipe do Projeto CANASAT, ligado à
Divisão de Sensoriamento Remoto da Coordenação de Observação da Terra do INPE,
publicou o artigo “Remote Sensing Images in Support of Environmental Protocol:
Monitoring the Sugarcane Harvest in São Paulo State, Brazil”. Confira em http://www.mdpi.com/2072-4292/3/12/2682/
Sobre o
CANASAT
Desde 2003, o Projeto CANASAT utiliza técnicas de
sensoriamento remoto e geoprocessamento para mapear a área cultivada e fornecer
informações sobre a distribuição espacial da cultura de cana-de-açúcar.
Inicialmente apenas para o estado de São Paulo, a partir de 2005 o mapeamento
passou a abranger também Paraná, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul e, desde 2010, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Já o mapeamento sobre o tipo de colheita, para verificar
a ocorrência da prática da queima da palha da cana, é realizado apenas para o
estado de São Paulo e foi motivado pelo estabelecimento do Protocolo
Agroambiental. Em breve esses mapas serão disponibilizados para os outros estados
da região Centro-Sul.
As imagens de satélites, por cobrir grandes extensões
territoriais e em períodos regulares de tempo, são ferramentas eficazes para
monitorar com segurança as áreas cultivadas e apontar, por exemplo, se a
colheita foi realizada com ou sem queima da palha da cana. Também permitem
acompanhar as mudanças de uso e cobertura da terra decorrentes da expansão do
cultivo da cana-de-açúcar.
Fonte: Site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
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