Educação, Ciência e Tecnologia Já!
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante nota da jornalista Eliane
Cantanhêde postada um sua coluna dia (21/03) no site do jornal “Folha de São Paulo”
destacando o manifesto assinado pelas comunidades industriais e
científicas do país em repudio ao corte no orçamento do governo.
Duda Falcão
Colunistas
Educação, Ciência
e Tecnologia Já!
Eliane Cantanhêde*
21/03/2012 - 07h00
Foi sem querer,
mas a minha coluna na Folha impressa de ontem, sobre educação, acabou tendo
tudo a ver com um manifesto de página inteira (A-14) no jornal, assinado por
federações de indústria e por entidades ligadas à ciência, tecnologia e
inovação. Educação, ciência, tecnologia e inovação são irmãs siamesas. E
fundamentais.
A coluna, sob o
título "É a
educação, estúpido!" (exclusivo para assinantes do jornal e o
UOL), destaca reportagens da Folha e de "O Globo" mostrando que o
Brasil registrou:
1) um crescimento
do PIB de apenas 2,7% em 2011, com um crescimento menor do que a média de toda
América Latina (em torno de 4%) e do que todos os demais países da América do
Sul;
2) é também um
dos últimos entre 17 países pesquisados na região quando se fala em
produtividade do trabalhador (quociente entre bens e serviços produzidos e o
pessoal ocupado);
3) como o gasto
com funcionários e burocracia é maior do que a arrecadação em alguns Estados (e
no DF) ou quase igual na maioria, não sobra dinheiro para um piso nacional
decente para os professores.
Conclusão: sem professor,
não há educação; sem educação, não há produtividade; sem produtividade, não há
crescimento.
Doze páginas
depois, como uma continuação, o manifesto de página inteira é "em defesa
da ciência, da tecnologia e da inovação" e, além das entidades patronais,
é assinado por exemplo por SBCP (Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência) e Academia Brasileira de Ciências.
Também em resumo,
elas reclamam do corte de 23% no Orçamento do Ministério de Ciência e
Tecnologia, que corresponde a R$ 1,5 bilhão em 2012. E é o segundo ano
consecutivo em que a pasta leva uma tesourada dessas.
Ao pedir que a
presidente Dilma Rousseff restabeleça o Orçamento inicial, o manifesto clama:
"O Brasil e seu governo perseguem hoje uma aspiração inequívoca: a de
inserir o país no cenário internacional em igualdade com as nações
desenvolvidas. O investimento em inovação é essencial para que essa aspiração
se torne realidade".
Há como
discordar?
* Eliane
Cantanhêde, colunista da Folha e da Folha.com, é colaboradora do jornal
"Em Pauta" da Globonews e comentarista da rádio Metrópole da Bahia.
Lançou no final de 2010 o livro "José Alencar, amor à vida",
biografia do vice-presidente de Lula editada pela Sextante.
Fonte: Site do Jornal Folha de São Paulo - 21/03/2012
Comentário: Pois é leitor, mas apesar do manifesto em
nossa opinião ser um avanço (provocação positiva como disse o Raupp) sem o
apoio popular pouco terá efeito. É preciso que a Comunidade Científica,
Educacional e Industrial leve essa discussão para as ruas, para as escolas e
universidades, para as fábricas, entre outras instituições que compõem a
sociedade civil, cobrando assim desses energúmenos atitudes reais que mudem esse
quadro de descaso histórico. É preciso entender que as grandes mudanças da
sociedade na história da humanidade foram conseguidas através da participação popular, portanto é preciso que se atraia esse apoio, apoio esse que
certamente terá a participação das Forças Armadas, desde que o apoio popular
seja algo inequívoco. Vocês esqueceram-se das “Diretas Já” ou de tantos outros exemplos mundo afora? Pois então leitor, “Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação Já”.
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