SBPC e ABC Repudiam Proposta de Corte no Orçamento
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (22/12) no site do “Jornal da Ciência” da SBPC destacando que a ABC e a SBPC repudiam a proposta de corte no Orçamento de C&T em 2011.
Duda Falcão
Notícias
SBPC e ABC Repudiam Proposta de
Corte no Orçamento de C&T
Jornal da Ciência
22/12/2010
Em carta divulgada nesta terça-feira (21/12), entidades manifestam preocupação com possível corte de R$ 610 milhões, a título de reserva de contingência, na Ciência e Tecnologia.
Leia a íntegra da carta, assinada pelos presidentes da SBPC, Marco Antonio Raupp, e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis Junior:
"É com imensa preocupação que a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) avaliam a proposta de corte de R$ 610 milhões, a título de reserva de contingenciamento, no orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para 2011, conforme prevê o substitutivo ao Projeto de Lei Orçamentária que está sendo discutida pelo Congresso Nacional.
Esse valor representa a expressiva marca de quase 10% dos gastos com as atividades-fim (exceto pessoal e dívida) do MCT para o ano que vem, o que poderá causar danos, muitos deles irreparáveis, em vários e importantes projetos de pesquisa que estão sendo realizados em todo o país, nas mais diversas áreas do conhecimento.
Prejudicar o andamento de trabalhos de pesquisa é um grave problema. Mais grave ainda, porém - e aqui residem as maiores preocupações da SBPC e da ABC -, é que qualquer redução no investimento público em ciência e tecnologia (C&T) representará um passo atrás no desenvolvimento econômico e social do país.
Cada vez mais a ciência é fator de desenvolvimento das nações, e o Brasil vem caminhando nessa direção. Num espaço de apenas 20 anos, a participação da ciência brasileira na ciência mundial passou de 0,62% para 2,4%, o que coloca o Brasil em 13º lugar no ranking do setor.
A qualidade dos trabalhos publicados por nossos cientistas tem experimentado avanço semelhante, conforme atestam fontes internacionais independentes. Nos últimos anos houve um crescimento de cerca de 20% na média de citações de artigos de pesquisadores brasileiros em relação à média mundial, que se concentra nos países cientificamente mais desenvolvidos.
Essa evolução da ciência brasileira decorreu de uma política de Estado que fez investimentos continuados e crescentes por várias décadas - e em especial nos últimos anos - na formação de recursos humanos para o ensino superior e para a pesquisa e na produção de conhecimento.
Assim, esta política precisa ser consolidada e ampliada, em vez de sofrer reveses. Somente a produção de conhecimento, o seu uso na geração de riqueza, a consolidação da cultura da inovação e a solução dos desequilíbrios sociais e regionais possibilitarão que o Brasil seja incluído dentre os países desenvolvidos na próxima década.
Fonte: Site do Jornal da Ciência de 22/12/2010
Comentário: Veja você leitor que não é por acaso a nossa total descrença na classe política deste país. Realmente durante o governo LULA houve um grande crescimento de investimentos no setor de C&T no Brasil (com exceção no setor espacial, tratado com desdém e como um “Patinho Feio”, excluindo ai os recursos financeiros mal empregados na mal engenhada ACS) possibilitando com isso o grande crescimento da ciência e tecnologia brasileira já verificado até mesmo por entidades internacionais. Apesar dos resultados obtidos em tão pouco tempo, a comunidade científica do país volta a ter de conviver com este terrorismo e falta de visão da classe política brasileira, cega, incompetente e nem sempre nobre, mas que por deter o poder de decisão faz o que bem quer, inclusive aumentando o salário de seus integrantes a níveis absurdos, enquanto o salário mínimo do povo brasileiro é de R$ 510,00. Querem fazer reserva de contingenciamento? Porque não começam dando o exemplo? A verdade é que para eles e seus apadrinhados não existem contingenciamento, já os interesse da nação, ora, este não tem tanta importância. Vale lembrar que segundo o que consta no substitutivo ao Projeto de Lei Orçamentária haverá também cortes na área de educação. É por essas e outras leitor que não compartilhamos do otimismo daqueles que acreditam numa mudança nos rumos do "Programa Espacial Brasileiro". Lamentável!
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