IAE Estará na Exposição do Congresso em 2011

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (09/12) no site do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), destacando a visita do "Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara dos Deputados" ao instituto e uma exposição sobre o PEB que ocorrerá no Congresso em 2011.

Duda Falcão

Projetos do IAE Estão Entre os
Temas de Exposição no Congresso Nacional

09/12/2010

O IAE recebeu a visita do Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, dia 07 de dezembro. O encontro foi realizado no auditório da direção do instituto, onde uma série de temas relacionados ao setor aeroespacial foram apresentados.

A visita teve por objetivo mostrar o conteúdo tecnológico que será apresentado em uma Exposição no Congresso em 2011. A exposição sobre o Programa Espacial Brasileiro será realizada nos Salões Negro e Chapelaria do Congresso Nacional, além de áreas externas, no período de 16 de maio a 14 de agosto de 2011.

Na apresentação, foram expostos alguns dos projetos em andamento no IAE e previstos no Programa Espacial Brasileiro – dentre eles, a situação do Veículo Lançador de Satélites (VLS), do Cruzeiro do Sul, do Projeto SARA e atual situação da Torre Móvel de Integração (TMI).

O evento será um desdobramento do estudo realizado pelo Conselho, em 2010, com o objetivo de avaliar diretrizes, ações e projetos do setor espacial, propondo sugestões para estimular a pesquisa e a produção espacial no Brasil.

Na amostra, serão apresentadas à sociedade maquetes de veículos lançadores, como os foguetes VSB-30 e VS-40, exibidos em frente ao auditório da direção do IAE; veículos sondas, satélites, sensores ópticos, novos materiais, propulsores e artefatos de ponta, de forma a oferecer uma visão da dimensão da importância do setor.

Envolvimento da Divisão de Materiais (AMR) no Programa Espacial Brasileiro

O papel dos novos materiais no desenvolvimento das tecnologias espaciais foi o tema abordado pela Divisão de Materiais (AMR) do IAE, assim como o potencial dessa área na geração de spin offs.

Os spin offs, embora sejam tecnologias desenvolvidas visando aplicações espaciais, encontram uso em outras áreas do conhecimento, como medicina, odontologia, automobilística e telecomunicações.

Alguns produtos gerados dos projetos desenvolvidos pela AMR têm aplicação direta em outras áreas em benefício da sociedade. Como exemplo, as ligas de titânio, o titânio poroso e os compósitos de carbono que podem ser aplicados em implantes biológicos. Os materiais compósitos reforçados com fibra de carbono, por exemplo, são aplicáveis na indústria automobilística, petrolífera, além de encontrar uso nas áreas da medicina, das telecomunicações e de lazer.

A tecnologia de obtenção do titânio foi desenvolvida na AMR e transferida para a Companhia Vale do Rio Doce no final da década de 1980. Essa tecnologia foi agraciada com o Prêmio Governador do Estado SP, em 1984, e realizado o registro da propriedade intelectual, contemplando adaptações do processo KROLL considerando as características dos minérios nacionais para a extração do metal.



Fonte: Site do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE)

Comentário: Mais uma dessas visitas políticas que já devem passar das centenas desde o inicio da década de 90 até esta da terça-feira passada, sem que tenha havido qualquer mudança de atitude por parte da classe política durante esse período. Sinceramente não acredito que esta nova visita venha modificar qualquer coisa, apesar da mesma ter sido do grupo de deputados do “Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara”, responsável recentemente pelo lançamento de um estudo sobre a “Política Espacial Brasileira”. A verdade é muito clara, Programa Espacial no Brasil não dá voto, portanto não tem como atrair o interesse da classe política mais preocupada em defender outros interesses. Os pioneiros da tecnologia espacial (EUA e Rússia – os russos por outros motivos) perceberam desde o início a necessidade de buscarem junto à sociedade civil de seus países o apoio necessário para que pudessem levar avante o desenvolvimento de seus programas espaciais. Para tanto, usaram com propriedade a máquina de propaganda para enaltecer suas conquistas, visando assim mexer com o orgulho nacionalista de seus povos e conseqüentemente obter o apoio político necessário. Esse modelo fez escola sendo utilizado por todos os países com programa espaciais mundo afora, menos no Brasil. A verdade é que o povo brasileiro é totalmente ignorante sobre o que significa tecnologia espacial, para que serve, quais os benefícios para o país e pior, desconhece na sua grande maioria a existência do programa. Enquanto não houver da sociedade brasileira um maior conhecimento e entendimento sobre o programa espacial, a receptividade política continuará sendo de total de desinteresse, mesmo que isso venha representar um alto preço a ser pago pela sociedade. Quanto à exposição no Congresso é mais um evento de pouco resultado prático. O que precisa ser feito é um trabalho de divulgação de massa (ainda em 2011) junto à sociedade civil e suas instituições, bem elaborado por profissionais do ramo, pegando um bom gancho (poderia ser o lançamento da SARA Suborbital e do satélite CBERS-3 caso os seus lançamentos ocorram mesmo em 2011) de forma clara e objetiva, procurando sempre desvincular o verdadeiro PEB e seus objetivos da imagem da mal engenhada empresa ACS.

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