Brasil Assina Acordo para Virar Membro do ESO

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria postada hoje (30/12) no site “Folha.com” do “Jornal Folha de São Paulo” destacando que como esperado foi assinado na quarta-feira (29/12), no Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), o documento que formaliza o acordo para a entrada do Brasil no ESO (Observatório Europeu do Sul).

Duda Falcão

Brasil Assina Acordo para Virar
Membro de Observatório Europeu

SALVADOR NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
30/12/2010 - 09h42

Conforme a expectativa do governo, foi assinado na quarta-feira, no Ministério da Ciência e Tecnologia, o documento que formaliza o acordo para a entrada do Brasil no ESO (Observatório Europeu do Sul). A informação havia sido antecipada na última sexta-feira pela Folha.

É a última iniciativa de vulto promovida por Sergio Rezende no comando do ministério. Agora, o acerto será enviado ao Congresso para que possa entrar em vigor. Estima-se que o Brasil gastará cerca de R$ 555 milhões nos próximos 11 anos para se tornar membro do consórcio europeu.

Será o primeiro país fora da União Europeia a se juntar ao grupo (fora o Chile, que abriga os telescópios).

AFP
Telescópio Apex, no deserto de Atacama (Chile), que faz
parte do projeto do ESO (Observatório Europeu do Sul)

Trata-se de um investimento sem paralelo na história da astronomia brasileira, mas há um risco envolvido. No ESO, todos os projetos de pesquisa são aprovados com base no mérito, e não há tempo de observação garantido para os países-membros.

VALE A PENA?

Há quem acredite que o Brasil meramente bancará estudos estrangeiros, embora a maioria da comunidade astronômica nacional aposte na competitividade de seus trabalhos como trunfo para fazer uso das instalações.

O custo do acordo cresce com o tempo, até atingir o mesmo nível de investimento dos europeus, em 2021.

"A gente, quando entra em algo de risco, tem de entrar confiante de que as coisas vão continuar melhorando", disse à Folha Rezende, que aposta que não devem faltar recursos para que o país honre o compromisso. "Estamos falando de dez anos. Nos últimos dez anos, o orçamento da ciência brasileira se multiplicou por quase oito."

A entrada do Brasil no ESO também é comemorada pelos astrônomos como um elo com os poderosos telescópios gigantes da próxima geração, que estão agora em fase de planejamento.

Dos três principais projetos internacionais, o GMT (Telescópio Gigante Magalhães), o TMT (Telescópio de Trinta Metros) e o E-ELT (Telescópio Extremamente Grande Europeu), o ESO tem mais vínculos com esse último, que terá um espelho de 42 metros e deve ser inaugurado em uma década.


Fonte: Site Folha.com - 30/12/2010

Comentário: Pois é leitor, a sorte está lançada e cobrará extrema competência da Comunidade Astronômica Brasileira para evitar que essa iniciativa não venha se tornar numa barca furada, como parece acreditar o renomado astrônomo do IAG/USP, João Steiner.

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