Astronautas da Índia Irão ao Espaço em 2022
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante matéria postada ontem
(29/12) no site “meiobit.com”, destacando que astronautas da Índia irão ao
espaço em 2022.
Duda Falcão
CIÊNCIA
Astronautas da Índia Irão ao Espaço em 2022
A Índia vai mandar astronautas para o espaço, mas não de
carona. Em 2022 subirá
a primeira nave tripulada deles, e dado o histórico de
sucesso de seu programa
espacial, já podemos ir dando os parabéns.
Por Carlos Cardoso
Meio Bit
29/12/2018 às 21:00
Quando se fala de Índia a maioria das pessoas lembra mais
de Bollywood e das dancinhas, ou do Taj Mahal, pouca gente associa com alta
tecnologia, exceto na parte do suporte técnico, mas a realidade é em diferente.
Em 1974 o economista Edmar Bacha classificou o Brasil
como uma terra chamada Belíndia, com uma elite econômica e pretensões da
Bélgica, mas formada por uma massa assalariada e recursos dignos da miséria da
Índia. Só que mesmo em 1964 programa espacial já não era novidade na Índia.
A IRSO (Indian Space Research Organisation) foi fundada
em 1969, mas sua base era o Comitê de Pesquisa Espacial,
instalado em 1962 por Nehru. O Sputnik voou em 1957, Gagarin em 1961 e um ano
depois, em meio a um país assolado pela fome eles já tinham a visão de que
espaço era importante.
Claro que boa parte do desenvolvimento espacial
indiano foi de cunho militar, mas qual não foi? Mais ainda como todo mundo
olhava pra eles desconfiados, desenvolveram tecnologia própria. Acho que
investir pesado em educação por décadas ajuda.
Hoje a Índia investe US$1,5 bilhões por ano em seu
programa espacial. Só a missão da Curiosity custou à NASA (ok, ao
Congresso) US$2,5 bilhões. A Índia aprendeu a cortar custos e desenvolver
tecnologias com o pé no chão, mesmo que mirando as estrelas.
O resultado foram missões com preços que ninguém na NASA
acredita, mas que funcionam. Em 2008 eles lançaram a Chandrayaan-1, uma
sonda lunar, a um custo de US$54 milhões, o que em termos de espaço é troco de
pinga.
Melhor ainda: A Índia desenvolveu não só a sonda mas toda
uma família de foguetes, e foi bem-sucedida em seu primeiro lançamento lunar.
Os Estados Unidos tentaram DOZE missões desde 1958 até conseguir sucesso na 13a
tentativa em 1964, com a Ranger 7.
Os soviéticos por sua vez levaram 6 missões, de 1958 a
1959 até conseguir um sucesso com a Luna 2, depois no mesmo ano a Luna 3, mas
depois foram 11 fracassos até a Zond 3 em 1965. Os indianos, repito, acertaram
DE PRIMEIRA.
Marte então, nem vale a pena pesquisar, o percentual
histórico de missões a Marte é de 40% e os russos nunca conseguiram pousar nada
lá. A Índia de novo mandou uma sonda com um orçamento de tunagem de fusca, e
acertou de primeira.
Enquanto o Brasil enterra dinheiro em foguetes ucranianos
imaginários, com pouco mais do que aquela verba a Índia criou toda uma
indústria periférica que vai de produção de componentes a capacitação de
pessoal. Hoje seus foguetes colocam em órbita cargas de todo lugar, inclusive
dos Estados Unidos e Europa.
E eles sonham alto, ou melhor, planejam. Sonhar é o
que sobra pra shitholes que empregam datilógrafos em suas agências
espaciais. A Índia planeja lançar no começo de 2019 outra missão lunar, desta
vez com um robô. Também vão lançar até 2021 um observatório solar.
Outro projeto é o AVATAR, uma nave/avião capaz de levar
turistas e lançar satélites, será um veículo de decolagem e pouso horizontal,
planejado para 2025.
Eles estão planejado uma nova missão para Marte,
provavelmente com um robô também, pro período 2021-2022. Ah sim, por volta de
2020 vão lançar uma sonda pra Vênus.
Já faz tempo que a Índia está desenvolvendo uma cápsula
tripulada para mandar astronautas para o espaço. O nome é Gaganyaan, que
significa "veículo espacial", em hindi. O primeiro vôo não-tripulado
deve ser em 2020, e agora foi confirmada a liberação de verba pro projeto completo.
Já foram feitos inclusive testes do sistema de escape
O Governo Federal liberou US$1,4 bilhões, no Brasil isso
não daria nem pro cheiro, e se você duvida, lembre-se que nós
continuamos pagando por mais de três anos R$500 mil por mês para o
projeto do foguete ucraniano, mesmo depois de tudo cancelado.
Como não tem Foguetebrás na Índia, eles provavelmente vão
conseguir, e em 2022 três bravos astronautas indianos passarão uma semana no
espaço, colocando sua nação em um clube exclusivíssimo de países que mandaram
pessoas ao espaço: EUA, Rússia e China.
Parabéns pra eles, linda vingança pela Belíndia.
Ah sim a imagem lá de cima é dos bastidores da abertura
do injustiçado Valerian e a Cidade dos Mil Planetas. Essa abertura é uma das
coisas mais lindas e inspiradoras que um geek de ficção científica e ciência
pode assistir.
Fonte: Site Meio Bit - http://meiobit.com
Comentário: Bom leitor, apesar do Brasil nunca ter tido
recursos da ordem de US$1,4 bilhões para qualquer um dos seus projetos, quem
dera, já que mesmo com os desmandos teríamos realizado mais coisas
significativas no PEB, e nem que estejamos pagando R$500 mil por mês para
a Ucrânia, mesmo depois de tudo cancelado como disse o autor do texto acima (pelo
menos não de meu conhecimento, apesar de achar que uma hora dessa teremos ainda
de pagar algo aos espertos ucranianos) a matéria em si é muito interessante e
trás informações relevantes sobre as atividades espaciais indianas que gostaria
de passar para o novo governo Bolsonaro. Presidente Bolsonaro, porque a Índia
conseguiu e nós não? A reposta presidente não é tão complexa assim, já que a
Índia teve uma grande motivação para investir em seu Programa Espacial devido
aos seus sérios problemas políticos com o Paquistão, porém os indianos desde o
inicio tiveram também apoio politico e logístico incondicional, visão
estratégica, planejamento e gestão qualificada, dinamismo e compromisso por
parte de todos envolvidos (governo, institutos, academia e indústria) e assim
presidente os resultados foram acontecendo, diferentemente do que ocorreu no
Brasil. Podemos fazer como os indianos? Podemos sim e teríamos feito se
houvesse realmente compromisso governamental para isso desde o inicio dos anos
60 do século passado quando foi assinado pelo ex-presidente Jânio Quadros (exatamente
em 3 de agosto de 19 61)
o Decreto 51.133 que instituiu o “Grupo de Organização da Comissão Nacional de
Atividades Espaciais (GOCNAE)” logo após a visita do Cosmonauta Yuri Gagarin ao
Brasil, ou mesmo antes em 1956, quando técnicos brasileiros tiveram o primeiro
contato com alguma forma de atividade na área espacial, com a montagem de uma
estação de rastreio no arquipélago de Fernando de Noronha, fruto de um
acordo entre Brasil e Estados Unidos, para assim rastrear as transmissões das
cargas úteis dos foguetes lançados de Cabo Canaveral, ou mais
significamente, pelas fantástica e inovadoras atividades do grupo do Coronel
Manoel dos Santos Lage (veja aqui) na antiga “Escola Técnica do Exército (ETE)”,
hoje “Instituto Militar de Engenharia (IME)”, que em 1957 trabalhava no
desenvolvimento de um foguete suborbital denominado de “F-360-BD” ou “Felix I” (como era denominado pela imprensa
da época), tendo como objetivo lançar uma gatinho chamado “Flamengo” (de péssimo
gosto por sinal) em um voo suborbital em torno da Terra, mas que nunca
aconteceu graças a uma história de vaidades,
inveja, autoritarismo, falta de visão e de jogo de cintura para aproveitar aquele
bom momento a nível mundial de apoio público no investimento na área espacial,
e que teve esta iniciativa irresponsavelmente abafada e esquecida pela
história, mas que deveria ser regatada oficialmente Presidente Bolsonaro, inclusive se estabelecendo o
“Premio Coronel Manoel dos Santos Lage” para aqueles que se destacarem em inovação
na área de foguetes no Brasil. Pois então Presidente Bolsonaro, depois de amanhã (01/01) finalmente o senhor será empossado presidente da Republica
Federativa do Brasil, o quinto pais em extensão e o quinto mais populoso do
mundo com 210 milhões de brasileiros, onde desses, 57.797.847 milhões (55,13% dos
votos válidos) votaram no senhor acreditando que finalmente teremos um governo
comprometido com a ética, com a moral, com a cidadania, com o desenvolvimento
humano, social, cultural, educacional e científico-tecnológico que precisamos,
para em médio e longo-prazo viermos nos tornar um país de verdade, e quem sabe,
em poucas décadas, uma nação respeitada e admirada pelo seus valores e pelos
seus feitos. Esta presidente é a esperança também da Comunidade Espacial que
precisa do seu incondicional apoio para fazer a diferença e nos levar a trilhar
o caminho do êxito neste setor de países como a China, o Japão, Israel e evidentemente a Índia.
Que a ‘Força’ esteja com o senhor.
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