Astrônomos Descobrem Outro Objeto Extremamente Distante no Sistema Solar
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (17/12) no site do
“Canaltech” destacando que Astrônomos descobrem outro objeto extremamente
distante no Sistema Solar.
Duda Falcão
CIÊNCIA – ESPAÇO
Astrônomos Descobrem Outro Objeto
Extremamente Distante
no Sistema Solar
Por Patrícia
Gnipper
Canaltech
17 de Dezembro de 2018 às 21h35
Fonte: Space.com, Carnegie
Astrônomos do Carnegie Institution for Science acabam de
anunciar a descoberta de um objeto extremamente distante no Sistema Solar,
sendo este o corpo mais longínquo já observado em nosso quintal espacial, e o
primeiro já encontrado orbitando a mais de 100 vezes a distância entre a Terra
e o Sol. O objeto provisoriamente designado pela União Astronômica
Internacional como 2018 VG18 foi também apelidado pela equipe como
"Farout" (que pode ser traduzido como "muito longe").
As pesquisas preliminares sugerem que Farout seja um
planeta-anão redondo e com cor rosada em sua superfície, e a descoberta foi
feita pela mesma equipe que avistou
o The Goblin em outubro, outro pequeno mundo distante de nosso sistema cuja
descoberta reacendeu a teoria
do Planeta X, que também é chamado de Planeta 9.
Contudo, "tudo o que se sabe atualmente sobre o 2018
VG18 é sua extrema distância do Sol, seu diâmetro aproximado e sua cor",
de acordo com David Tholen, pesquisador da Universidade do Havaí e membro da
equipe. Ele também conta que Farout, por estar muito distante e ter uma órbita
muito lenta, provavelmente leva mais de mil anos para fazer uma viagem completa
ao redor do Sol
(Imagem: Roberto Molar Candanosa/Carnegie Institution
for Science)
Localização do Farout (2018 VG18) comparada com
a órbita
de outros objetos do Sistema Solar.
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O novo planeta-anão está a 120 unidades astronômicas (AU)
do Sol, sendo que uma AU é a distância entre Terra e Sol, equivalente a 150
milhões de quilômetros. Ainda, Farout está mais de 3,5 vezes mais longe do que
Plutão está do Sol (que fica a 34 AU) e um tanto além de Eris, que está a 96
AU. O recentemente descoberto The Goblin, por sinal, fica a 80 AU. Vale lembrar
que a sonda Voyager 2, da NASA, saiu
da heliosfera a 120 AU — distância em que Farout deve estar,
coincidentemente. Ou seja: o novo planeta-anão está realmente nos limites do
Sistema Solar.
Contudo, isso não significa que nenhum outro pequeno
mundo exista a essa distância, tampouco ainda além. Especula-se que existam
trilhões de cometas na Nuvem de Oort, "bolha" que recobre o Sistema
Solar e está a cerca de 5.000 e 1000.000 AU do Sol. De qualquer maneira, Farout
já é o objeto mais distante já confirmado em nosso sistema.
A equipe avistou indícios do planeta pela primeira vez em
novembro, usando o telescópio Subaru no Havaí. Depois disso, já em dezembro, os
astrônomos passaram a fazer medições pelo telescópio Magellan, no Chile,
confirmando, então, sua existência. As observações indicam que o objeto tenha
500 quilômetros de diâmetro, apenas, e sua cor rosada sugere que ele é rico em
gelo em sua superfície.
(Imagem: Roberto Molar Candanosa/Carnegie
Institution for Science)
Arte criada para mostrar como deve ser a aparência de
Farout.
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Scott Sheppard, pesquisador de Carnegie, explica que o
"2018 VG18 é muito mais distante e mais lento do que qualquer outro objeto
já observado no Sistema Solar, então levará alguns anos para determinarmos
completamente como funciona sua órbita". Contudo, "ele foi encontrado
em um local similar a outros objetos extremos já conhecidos no Sistema Solar, o
que sugere que ele pode ter o mesmo tipo de órbita que a maioria deles".
Ainda, "o corpo foi catalisador para nossa afirmação original de que há um
planeta distante e massivo a várias centenas de AU que pastoreia objetos
menores" daquela região.
É que Sheppard e sua equipe vêm examinando objetos
extremamente distantes do Sistema Solar justamente para descobrir se naquela
região existe mesmo um planeta massivo (o quase folclórico Planeta X), uma vez
que observações e simulações das órbitas dos objetos conhecidos dos confins do
Sistema Solar sugerem fortemente que existe, sim, um planeta grande e ainda
desconhecido naquela região. E, como este suposto planeta estaria muito
distante (entre centenas e milhares de AU), ele poderia sim alterar as órbitas
de objetos igualmente distantes, porém menores, sem afetar os planetas do
Sistema Solar interno.
Isso significa que, quanto mais objetos ultradistantes a
ciência descobre (como é o caso de The Goblin e agora de Farout), mais chances
os astrônomos têm de detectar o tal planeta misterioso, cada vez mais reunindo
pistas de onde procurá-lo para, então, direcionar os poderosos telescópios que
um dia serão capazes de localizá-lo.
Fonte: Site do Canaltech - https://canaltech.com.br
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