Satélite Sino-Brasileiro CBERS-4 Supera Tempo de Vida no Espaço
Caro leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (06/12) no site
oficial do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o
Satélite Sino-Brasileiro CBERS-4 superou o seu Tempo de Vida no Espaço.
Duda Falcão
NOTÍCIA
Satélite Sino-Brasileiro CBERS-4
Supera Tempo de Vida no
Espaço
Por INPE
Publicado: Dez 06, 2018
São José dos Campos-SP, 06 de dezembro de 2018
Lançado em 7 de dezembro de 2014 da base chinesa de
Taiyuan, o CBERS-4 já supera a expectativa de vida útil no espaço, estimada em
três anos. O desempenho em órbita e a qualidade das imagens geradas pelo
satélite comprovam a maturidade da indústria nacional e a competência da
engenharia espacial brasileira.
Os dados do CBERS-4 servem para monitorar desmatamentos,
verificar desastres naturais, a expansão da agricultura e das cidades, entre
outras aplicações.
Em quatro anos de operação, mais de 550 mil imagens do
satélite foram distribuídas a órgãos governamentais, instituições de ensino e
iniciativa privada. Destas, aproximadamente meio milhão estão sendo usadas por
empresas dos setores agrícola, florestal e de mineração.
Para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE),
responsável no Brasil pelo Programa CBERS (China-Brazil Earth Resources
Satellite), a forte demanda do setor privado demonstra que as imagens do
satélite agregam valor aos negócios, como fonte de informações estratégicas.
O programa é gerenciado pela Agência Espacial Brasileira
(AEB) e Administração Nacional Espacial da China (CNSA), tendo como executores
técnicos o INPE e a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST). Atualmente,
o INPE se prepara para o lançamento do sexto satélite da parceria, o CBERS-4A,
que ocorrerá em 2019.
Classe Mundial
O CBERS-4 é um satélite de classe mundial, que leva a
bordo duas câmeras brasileiras (MUX e WFI) e duas chinesas (PAN e IRS). A
câmera MUX possui resolução de 20 metros, revisita de 26 dias, quatro bandas no
visível e infravermelho próximo, produzindo imagens coloridas RGB de alta
qualidade, comparáveis às produzidas pelos melhores satélites de sua classe em
todo o mundo.
A câmera WFI, de campo largo de 900km, possui resolução
de 63m, imagens também coloridas RGB e uma revisita de 5 dias, o que faz dela a
mais utilizada em aplicações como o monitoramento em tempo real de
desmatamento. A câmera chinesa PAN possui resolução em RGB de 10m e de 5m
quando usada no modo pancromático. Já a IRS possui bandas no infravermelho
médio e termal.
O próximo satélite, o CBERS-4A, terá duas câmeras
brasileiras similares às do CBERS-4 (MUX e WFI) e uma chinesa (WPM). A câmera
MUX (com a nova altitude do satélite) irá gerar imagens de 16m de resolução, e
revisita de 31 dias. A câmera WFI terá resolução de 55m e uma revisita de 5
dias. A câmera chinesa WPM terá resolução de 2m em modo pancromático e de 8m em
RGB. Assim, o CBERS-4A atenderá a demanda por imagens de média resolução e,
também, parcela relevante da demanda nacional por alta resolução.
O Programa CBERS nasceu de uma parceria inédita entre
Brasil e China no setor técnico-científico espacial firmada em 1988 e que
completou 30 anos em julho. Com ela, o Brasil ingressou no seleto grupo de
países detentores da tecnologia de geração de dados de sensoriamento remoto,
tão importante em um país com as dimensões do nosso.
Os satélites com as características dos da família CBERS
inseriram Brasil e China na categoria dos países detentores dos satélites mais
utilizados em todo o mundo, como Estados Unidos (Programa Landsat - atualmente
Landsat-8 - da NASA/USGS), Índia (Resourcesat) e União Europeia (satélites
SENTINEL 2A e 2B do programa europeu Copernicus). Suas especificações refletem
o compromisso técnico entre resolução espacial, espectral e ciclo de revisita
que atende à maioria das aplicações de satélites em todo o mundo.
Mais informações: www.cbers.inpe.br
Imagem de parte do reservatório de Sobradinho,
no Rio São
Francisco, Remanso/BA.
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Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
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