Satélite Amazonia-1 Tem Previsão Para Ser Lançado em 2020
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria publicada na edição de Dezembro do ”Jornal
do SindCT“ destacando que segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espacias (INPE) o Satélite Amazônia-1 tem previsão de ser lançado em 2020.
Duda Falcão
PROGRAMA ESPACIAL
Próxima Família de CBERS, com Missão Radar, poderá
utilizar PMN
Satélite Amazonia-1 Tem Previsão
Para Ser Lançado em 2020
Por Shirley Marciano
Jornal do SindCT
Edição nº 75
Dezembro de 2018
Fonte: www.cbers.inpe.br
A abertura dos envelopes da licitação para escolha da
empresa que fará o lançamento do satélite Amazonia-1 ocorreu no dia 23 de
agosto e ainda aguarda as definições jurídicas para oficialmente publicar o
nome da vencedora do certame. Conforme edital, a empresa tem prazo até 2020
para efetuar o lançamento. O local de lançamento, bem como o veículo que levará
o satélite brasileiro, estão vinculados à empresa escolhida.
O Amazônia-1 já está em seu modelo de voo para realização
de testes finais no Brasil. No entanto, foi definido que o satélite ainda seria
testado por mais um tempo. “O satélite já estaria pronto no mês de agosto do
próximo ano, mas para garantir a participação das empresas que oferecem o
serviço de lançamento, colocamos um prazo maior”, explica Adenílson Roberto da
Silva, engenheiro do INPE que coordena o projeto.
Os satélites são testados em vários modelos para testes,
como, por exemplo, o modelo térmico, o elétrico e o de engenharia. O último é o
modelo de voo.
O satélite Amazonia-1 é inteiramente nacional e traz
consigo diversas tecnologias novas. Sua principal característica e destaque
diferencial é que ele é baseado numa Plataforma Multimissão - PMM.
Como o próprio nome diz, essa plataforma - que leva o
módulo de serviço do satélite - poderá ser usada para outras missões. Os
satélites são divididos em dois módulos, o de serviço, que tem a finalidade de
garantir o funcionamento do satélite, e o módulo de carga útil, que
efetivamente carrega os equipamentos que definem a missão do satélite, como
câmeras, sensores e outros.
“Essa plataforma, do jeito que ela foi feita, tem a
possibilidade de ser aplicada para vários outros tipos de satélite, com vários
outros usos. O objetivo do INPE é desenvolver essa plataforma e passá-la para a
indústria, porque o INPE não vai ficar fazendo isso, pois o nosso objetivo é
desenvolver o que está na ponta científica-tecnológica. Ou seja, aquilo que é dominado
e corriqueiro temos interesse de passar para a indústria nacional, porque é
necessário estimulá-la”, explica o diretor do INPE, Ricardo Galvão.
O Amazonia-1 fornecerá dados (imagens) de sensoriamento
remoto para observar e monitorar o desmatamento, especialmente na região
amazônica e, também, a diversificada agricultura em todo o território nacional
com uma alta taxa de revisita, buscando atuar em sinergia com os programas
ambientais existentes.
Os dados gerados serão úteis para atender, ainda, outras
aplicações correlatas, tais como: monitoramento da região costeira,
reservatórios de água, florestas naturais e cultivadas, desastres ambientais,
entre outros.
Essa competência global em engenharia de sistemas e em
geren- ciamento de projetos coloca o país em um novo patamar científico e
tecnológico para missões espaciais.
A partir do lançamento do satélite Amazonia-1 e da
validação em voo da Plataforma Multimissão, o Brasil terá dominado o ciclo de
vida de fabricação de sistemas espaciais para satélites estabilizados em três
eixos.
CBERS Radar
Já vem sendo estudado pelo Brasil e pela China um novo
modelo de Satélite Sino-brasileiro de Recursos Terrestres - CBERS que também
poderá utilizar a PMM.
O gerente do CBERS, Antonio Carlos Pereira, explica que
há uma negociação com a China para fazer um CBERS Radar utilizando a PMM. Seria
já para a próxima família, 6 e 7.
“No convênio que nós temos com a China, estamos
exatamente discutindo quais serão os satélites que iremos desenvolver
conjuntamente nos próximos dez anos. A ideia é desenvolver um satélite radar
para monitorar a Amazônia, mesmo que tenha nuvem. Esse tipo de satélite nós não
sabemos fazer. A ideia é usar a PMM, um pouco modificada, para este fim. Nós
propusemos para eles essa parceria e, aparentemente, já aceitaram”, disse
Galvão.
Amauri Montes, ex-coordenador geral da engenharia do
INPE, explica um pouco sobre essa tecnologia: “o que eles estão querendo com a
China é um radar de abertura sintética para fazer essa missão. O uso da
plataforma é interessante porque, assim, você terá apenas um custo recorrente.
Ou seja, você não fica eternamente desenvolvendo. Isso pode, sim, nos colocar
numa condição de player internacional. O satélite radar funciona assim: ele
joga pulsos eletromagnéticos para a Terra e recebe de volta, de modo reflexivo.
Dessa maneira, consegue fazer o mapeamento do solo. É uma tecnologia bastante
complexa e importante no mundo”.
Lançamento do CBERS-4A Marcado para 2019
O CBERS-4A será enviado para a China em maio de 2019 para
realização de testes finais e, em outubro do mesmo ano, será lançado a partir
do Centro de Lançamento de Taiyan, na China, pelo veículo chinês Longa Marcha.
Com o início de suas operações previsto para os primeiros
meses de 2020, o CBERS-4A atenderá tanto a demanda por imagens de média
resolução — a da clientela tradicional do Programa, quanto a parcela relevante
da demanda nacional por alta resolução.
O CBERS-4A levará a bordo duas câmeras brasileiras,
similares às do CBERS-4 (MUX e WFI) e uma chinesa (WPM). A câmera MUX (com a
nova altitude do satélite) gerará imagens de 16m de resolução e revisita de 31
dias. A câmera WFI terá resolução de 55m e uma revisita de 5 dias. A câmera
chinesa WPM terá resolução de 2m em modo pancromático e de 8m em RGB.
Fonte: Jornal do SindCT - Edição 75ª - Dezembro de 2018 –
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Comentário: Bom leitor, como eu disse parte da comunidade
espacial não concorda com a continuidade deste Programa CBERS nos moldes como o
mesmo está sendo conduzido, não só por existirem duvidas quanto a sua lisura
desde o inicio do acordo com os chineses, acordo este que precisa minuciosamente ser
investigado pelo Governo Bolsonaro, bem como por não considerarem esse o melhor
caminho tecnologicamente falando para o nosso desenvolvimento espacial nesta área
de satélites. Entretanto leitor, a possibilidade do desenvolvimento conjunto de
um satélite Radar me parece algo interessante, desde que seja negociado com
gente realmente comprometida, não egocêntrica e com competência, mas em um novo
acordo. Quanto a PMM e o Amazônia-1 infelizmente me parece que demoraram
demais, e hoje tecnologicamente falando já nascem defasados. Entretanto deixo esta questão
com os especialistas, comentem amigos e por favor, o façam no Blog.
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