INPE Coleta Dados Para Estudos Sobre Influência da Antártica no Clima
Caro leitor!
Segue abaixo a nota postada ontem (18/12) no site oficial
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que como parte
da 37ª Operação Antártica Brasileira (Operantar) o instituto coletou dados
atmosféricos e oceânicos no Atlântico Sudoeste, Passagem de Drake e nas
proximidades do Arquipélago das Ilhas Shetlands do Sul, para estudos sobre
influência da Antártica no clima.
Duda Falcão
NOTÍCIA
INPE Coleta Dados Para Estudos
Sobre Influência da
Antártica no Clima
Por INPE
Publicado: Dez 18, 2018
São José dos Campos-SP, 18 de dezembro de 2018
Como parte da 37ª Operação Antártica Brasileira
(Operantar), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) coletou dados
atmosféricos e oceânicos no Atlântico Sudoeste, Passagem de Drake e nas
proximidades do Arquipélago das Ilhas Shetlands do Sul para estudar a
influência da Antártica no clima da América do Sul. As atividades foram
desempenhadas a bordo do Navio Polar Almirante Maximiano, entre outubro e
novembro.
De forma inédita, o INPE coletou amostras na Passagem de
Drake, uma das mais inóspitas para navegação no planeta. "Essas medidas
permitem a determinação dos fluxos de calor (latente e sensível), momentum e
CO2 entre o oceano e a atmosfera. Também foram realizadas medidas convencionais
de parâmetros atmosféricos, como pressão ao nível do mar, temperatura do ar,
umidade relativa, radiação de onda curta incidente, velocidade e direção do
vento, concentração de CO2 e vapor d'água durante a trajetória realizada pelo
navio", explica Luciano Pezzi, líder do Laboratório de Estudos do Oceano e
da Atmosfera (LOA) do INPE.
As atividades no navio oceanográfico brasileiro tiveram a
coordenação científica de Marcelo Santini, do LOA/INPE. Também participou a
equipe do Laboratório de Meteorologia e Oceanografia por Satélites, liderado
por Ronald Buss de Souza, do Centro Regional Sul (CRS/INPE). Os estudos estão
relacionados ao INCT da Criosfera Fase II, que abriga o Centro de Estudos de
Interação Oceano-Atmosfera-Criosfera, coordenado e executado pelo próprio INPE.
Os pesquisadores analisaram a estabilidade e as
propriedades físicas da camada limite atmosférica marinha, em função das
condições superficiais oceânicas, na Confluência Brasil-Malvinas (CBM). Nesta
região, foram observados perfis de propriedades oceânicas (temperatura,
salinidade, concentração de oxigênio e fluorescência) a partir do sensor CTD (Conductivity/Temperature/Depth).
Os dados também serão utilizados em uma cooperação com o European Centre for
Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF) para estudos numéricos acoplados, com o
objetivo de melhor representar a variabilidade atmosférica e oceânica na região
da CBM.
Durante todo o período a bordo, foram realizadas medidas
de fluxos turbulentos (em alta frequência) através de uma torre
micrometeorológica instalada na proa do navio. As medidas cobriram a trajetória
entre o Brasil (Rio Grande RS),
Oceano Austral e Punta Arenas, no Chile.
Nesta Operantar, o INPE participa ativamente da
iniciativa The Year of Polar Prediction (YOPP, 2017-2019), apoiada pela
Organização Meteorológica Mundial (OMM) para buscar melhorias na qualidade da
previsão ambiental nas regiões polares e no seu entorno, através de campanhas
intensivas de observações, modelagem numérica, previsão e validação. Os dados
de radiosondagens atmosféricas coletados em horários sinóticos padrões foram
transmitidos em tempo real para o Centro de Meteorologia do Reino Unido (UKMet Office)
para que fossem assimilados pelos modelos numéricos de previsão de tempo.
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
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