Um Sonho Cada Vez Mais Distante
Olá leitor!
Apesar da postura comedida do Brig. Eng. Leonardo Magalhães (novo
diretor do Instituto de Aeronáutica
e Espaço - IAE) na entrevista postada no Blog no dia de ontem, fica claro para
um bom entendedor de que o sonho de termos o nosso Veículo Lançador de
Satélites está cada vez mais distante, e que como já havíamos adiantado, dificilmente a “Operação Santa Bárbara II (VLS-1 VSISNAV)” será realizada em
2014, estando ameaçadas também tanto a “Operação Santa Bárbara I (Voo simulado
do VLS-1)” quanto a “Operação São Lourenço (VS-40/SARA Suborbital I), causando
com isso mais uma grande frustração e uma imagem cada vez mais negativa sobre o
PEB por observarmos ano após ano de que as únicas coisas que avançam
significamente são as promessas não cumpridas.
Pois é leitor, as realizações do IAE deverão este ano
ficarem restritas aos lançamentos de foguetes das missões estrangeiras na
Suécia e na Noruega e ao lançamento da “Operação Raposa (VS-30/SAMF/L5)”,
operação esta que está prevista para ser
iniciada em agosto e que é um grande marco da Astronáutica Brasileira (não
resta qualquer dúvida quanto a isso), mas também representa muito pouco para um
programa com mais de 50 anos de idade.
Felizmente para o Brasil equipes espalhadas por diversas instituições
acadêmicas e de nível médio, algumas delas com o apoio do INPE, estão prometendo
para esse ano realizarem o mesmo feito alcançado pela equipe do primeiro
cubesat brasileiro, o NanosatC-Br1, lançado com sucesso dia 19/06 da Base de de Yasny, na Rússia. Este por exemplo é o caso do “Tubesat
Tancredo-1” da Escola Tancredo Neves da cidade de Ubatuba-SP, e o “Cubesat
AESP-14” do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que estão previstos
para serem lançados ainda esse ano da Estação Espacial Internacional (ISS). Isto
é, se a nossa Agência Espacial de Brinquedo (AEB) fizer a sua parte e cumprir a
promessa que tem feito na mídia.
Mas a verdade
leitor é que o nosso programa espacial que na década de 80 tinha o tamanho de
nosso país, hoje é tão insignificante que o valor gasto (ou devo dizer investimento
de populista de m....) somente nas obras do Estádio Nacional de Brasília (se é
que todo esse valor foi gasto na obra o que eu duvido) é quatro vezes maior do que o orçamento deste
ano de nossa Agência Espacial de Brinquedo (AEB).
Diante disso
leitor e diante das perspectivas que temos atualmente, dificilmente teremos um
dia o nosso sonhado e desejado “Veículo Lançador de Satélites”, e cenas como as da "Operação Salinas" que podemos observar abaixo, ocorrida em junho de 2012, jamais
voltarão a se repetir.
Duda Falcão
Duda Falcão
O PEB precisa ser totalmente reestruturado urgentemente. Caso contrario continuaremos vivendo de promessas e desculpas. Quem em sã consciência ir colocar dinheiro em um programa com resultados tão pífios (mesmo pra os poucos recursos que recebe).
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