CPTEC/INPE Colabora com o Desenvolvimento de Sistema de Alerta e Risco da Dengue
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (04/06) no site do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o CPTEC/INPE colabora com o desenvolvimento de Sistema de
Alerta e Risco da Dengue.
Duda Falcão
CPTEC/INPE Colabora com o Desenvolvimento
de
Sistema de Alerta e Risco da Dengue
Quarta-feira, 04 de Junho de 2014
Um sistema de alerta para riscos de casos de dengue foi desenvolvido,
com a colaboração do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE), para 553 microrregiões
brasileiras, incluindo as 12 cidades que receberão os jogos da Copa do Mundo.
Um artigo sobre este trabalho, apresentando uma previsão específica para estas
cidades para o mês de junho, foi recentemente publicado na revista científica The Lancet Infectious Diseases, tendo como um dos
coautores o pesquisador Caio Coelho do CPTEC/INPE.
De acordo com a FIOCRUZ, que participa deste estudo, apesar de o
sistema de alerta indicar maior risco de ocorrência da doença (definido como de
300 casos ou mais para cada 100 mil habitantes) para Recife, Fortaleza e Natal,
a probabilidade de uma epidemia é considerada pequena, com 19%, 46% e 48% de
chance para estas cidades, respectivamente. Segundo a FIOCRUZ, a possibilidade
de previsões com até três meses de antecedência, baseada em informações
climáticas, como a apresentada neste trabalho, permite programar medidas locais
de controle da população de mosquitos nas cidades indicadas com maior risco.
O sistema de alerta foi desenvolvido por uma equipe internacional e
multidisciplinar, envolvendo, além da FIOCRUZ e do CPTEC/INPE, o Ministério da
Saúde, a Universidade de Brasília, o Instituto Catalão de Ciências Climáticas
(IC3), da Espanha, o UK Met Office e a Universidade de Exeter, da Inglaterra. O
sistema utiliza dados climáticos, já que chuvas e altas temperaturas produzem
um efeito importante na transmissão da dengue em áreas propensas a epidemia,
favorecendo a proliferação do mosquito transmissor Aedes
aegypti e a disseminação do vírus da doença. As previsões e alertas
são produzidas a partir da combinação de dados climáticos associados a
variáveis sociais e ambientais, processados em modelos matemáticos.
Para as previsões geradas para as 12 cidades onde serão realizados os
jogos da Copa, foram utilizadas informações sobre a situação da dengue
observada no Brasil no mês de março deste ano e também previsões climáticas
sazonais de precipitação e temperatura para o período de março a maio do
projeto EUROBRISA, liderado pelo CPTEC/INPE. Além das cidades já mencionadas
com maior risco de ocorrência da doença, o sistema também aponta um risco médio
(de 100 a 300 casos para 100 mil habitantes) para o Rio de Janeiro, Belo
Horizonte, Salvador e Manaus, e risco baixo (menor do que 100 casos para 100
mil habitantes) para Brasília, Cuiabá, Curitiba, Porto Alegre e São Paulo.
O artigo completo sobre este trabalho pode ser acessado aqui
Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
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