Militares Concluem Primeira Etapa de Transferência de Tecnologia do SGDC na França
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota publicada ontem (24/06) site da
Força Aérea Brasileira (FAB), destacando que militares da Aeronáutica concluíram nessa quinta-feira
(19/06) em Cannes, na França, o curso avançado do programa de absorção de
tecnologia do “Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas
(SGDC)”.
Duda Falcão
SATÉLITES
Militares
Concluem Primeira Etapa de
Transferência de Tecnologia na França
Profissionais se preparam
para operar o primeiro satélite de
comunicações militares
brasileiro a ser lançado em 2016
24/06/2014 - 09:48h
Militares
da Força Aérea Brasileira (FAB) concluíram nessa quinta-feira (19/06) em
Cannes, na França, o curso avançado do programa de absorção de tecnologia do
Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas. Esta é a
primeira etapa de preparação dos militares que devem operar o primeiro satélite
de comunicações militares brasileiro.
Com
lançamento previsto para 2016, o satélite atenderá às necessidades do Programa
Nacional de Banda Larga (PNBL) e uma ampla área comunicações estratégicas nos
âmbitos civil e militar.
De
acordo com o chefe do Núcleo do Centro de Operações Espaciais Principal
(NuCOPE-P), unidade da FAB que vai operar todos os satélites militares
brasileiros, Tenente-Coronel Helcio Vieira Junior, o projeto vai mais que
dobrar a capacidade de comunicação satelital nacional. “Vamos operar aqui do
Brasil com domínio de comando e controle”, afirma.
Entre
as novas capacidades, estão o aumento de cobertura das comunicações das Forças
Armadas, principalmente em apoio ao SISFRON (Sistema de Monitoramento das
Fronteiras Terrestres), ao SISGAAZ (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul)
e ao SISDABRA (Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro).
Ao
longo de dez semanas de aulas, os militares participaram de instruções nos
diversos sistemas que envolvem o planejamento, o projeto, a construção, a
operação e a validação de Sistemas Espaciais, abordando tecnologias, sistemas e
gerência de sistemas.
Além
da operação de maneira eficaz, eficiente e segura, garantindo o sigilo das
informações trafegadas pelo satélite, a preparação dos militares permite
conhecimento para a especificação da constelação satelital para sensoriamento,
previsto para 2018. “Estamos participando da construção e aprimorando
conhecimento sobre satélites em geral pensando na próxima etapa do Programa
Estratégico de Sistemas Espaciais, o PESE”, explica.
Equipe
Multidisciplinar – Além dos futuros “pilotos
satelitais”, participam da capacitação militares do Instituto Tecnológico de
Aeronáutica (ITA), do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) e da
Marinha do Brasil, além de representantes da Empresa Visiona e do Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação, especificamente a Agência Espacial Brasileira
(AEB) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O
programa de absorção de tecnologia tem o objetivo de construir competência
nacional para promover a maior qualificação e inserção das empresas brasileiras
no mercado de manufatura e serviços de satélites geoestacionários.
Para
o curso de Engenharia Espacial do ITA, por exemplo, é uma oportunidade de
atualização, com abertura de novas linhas de pesquisa com o objetivo de
disseminar os conhecimentos na indústria espacial brasileira. Para o IFI,
permitirá cursos de certificação e confiabilidade de produtos, colaborando com
a capacitação do Instituto nas áreas de garantia do desempenho, da segurança e
da disponibilidade de produtos e sistemas espaciais.
Fonte: Site da Força Aérea Brasileira (FAB) - http://www.fab.mil.br
Comentário: Caro leitor se tem uma instituição nessa
história toda do SGDC (além do INPE é claro) que merece o meu respeito, admiração
e um grau de confiabilidade bem acima da média brasileira, esta instituição é a
Aeronáutica, mesmo que aparentemente o seu comandante venha demonstrando está
deslumbrado com os bastidores de Brasília. Deslumbramento este caro leitor que há
meu ver tem contribuído significamente para a atual situação do Programa
Espacial Brasileiro (leia-se atividades espaciais do DCTA/IAE), já que o Comandante Juniti Saito só diz amém para
esses energúmenos. Entretanto, mesmo torcendo que essa iniciativa venha dar certo
(apesar de não acreditar) em conversas com profissionais do setor tenho ouvido
de que transferência de tecnologia só acontece quando há desenvolvimento
conjunto, ou seja, quando todas as partes envolvidas participam conjuntamente
de todas as fases de desenvolvimento do satélite, e não através de cursos
semelhantes a este citado na nota acima. Esclarecendo: Para operar satélites cursos como esse podem ajudar e realmente ajudam, porém leitor desenvolvimento já é um outro departamento. Mas enfim... tá aí a notícia.
Na prática essa tal "transferência de tecnologia" vai ser mais ou menos assim: eles nos entregam uma caixa preta e nos ensinam à operá-la. Tá feita a "transferência".
ResponderExcluirLamentável...