Inventores Alagoanos Reclamam de Falta de Apoio Para Deslanchar Projetos
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante notícia postada dia (19/06)
no site alagoano “Primeira Edição” destacando que inventores desse estado
reclamam da falta de apoio para deslanchar projetos.
Duda Falcão
Inventores Alagoanos Reclamam de Falta
de Apoio Para
Deslanchar Projetos
Para inventores,
Governo desestimula a política industrial
e os
empreendedores da área de tecnologia
Marigleide Moura
19/06/2014 - 10:01
O sonho de um
grupo de empreendedores alagoanos de transformar invenções em grandes negócios
parece estar bem longe de ser concretizado. Pelo menos esta é a triste
perspectiva desses empreendedores que há anos enfrentam a burocracia e a falta
de uma política para dar impulso a importantes projetos que podem contribuir
para o desenvolvimento econômico do Estado de Alagoas.
Além da
dificuldade de patentear, processo que exige dos criadores uma série de
procedimentos, documentos, formulários, taxas, anuidades e muita disposição
para seguir em frente, o financiamento é outro grande obstáculo à
inovação. Em Alagoas, especialmente, as portas sempre estão fechadas até
para o diálogo, segundo Mariano Paredes, empresário de base tecnológica que
atua neste segmento sem apoio do Estado.
Jessica Pacheco
Mariano Paredes, empresário
de base tecnológica.
|
Paredes é
consultor em Tecnologia, designer aeronáutico, inventor e presidente do
Instituto Santos Dumont de Estudos Aeroespaciais e Oceanográfico (ISDEAERO). Em
entrevista ao portal Primeira Edição ele contou como tem travado uma batalha em
prol de um projeto de aeronave orbital no Google Lunar X-PRIZE.
Mariano relata que
seu projeto é inédito no Brasil, mas apesar de seu esforço nunca conseguiu
apoio do Estado nem de entidades de pesquisa para desenvolver suas
ideias. Em sua caminhada já conseguiu apresentar sua criação até para o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas mesmo assim não obteve sucesso.
“Quem me conhece
sabe da luta que travo há anos em Alagoas e no Brasil, sem incentivos
governamentais, para implantar uma empresa aeronáutica que vai desenvolver um
caça supersônico para a FAB e outras aeronaves avançadas para a soberania
tecnológica aeroespacial do Brasil”, reclama o inventor.
Grandes Negócios -
Hoje, Paredes está em negociação com a Boeing - corporação multinacional
norte-americana de desenvolvimento aeroespacial e de defesa.Mas isso está
acontecendo sem intervenção do Governo Estadual que, segundo o consultor, nunca
estendeu a mão para dar partida em nenhuma de suas invenções.
“Eu não quero
apoio apenas para os meus projetos. Minha intenção vai muito além. Meu desejo é
aglutinar inventores e interessados em tecnologia para mudar o paradigma
desenvolvimentista do Estado”, disse Mariano acrescentando que tem buscado
apoio para a criação de um APL (Arranjo Produtivo Local) de Inovação e
Tecnologia que pode reunir criações e empresas nas áreas Aeroespacial, Robótica
e Mecatrônica.
Outro empresário
tecnológico alagoano que tenta desbravar este caminho em Alagoas é Joathas
Albuquerque. Há dez anos nesse ramo ele contou ao portal Primeira Edição
os desafios para driblar as dificuldades e conseguir patentear uma invenção na
área de laser.
A invenção que
Joathas desenvolveu pode ajudar pesquisadores e cientistas alagoanos que
trabalham na área de saúde, hospitais, bibliotecas. Seu projeto trata-se de um
purificador de ar de alta qualidade. Porém, sem apoio financeiro, a patente
está engavetada e não foi colocada no mercado devido ao seu alto custo.
Segundo ele, mais de R$ 2 milhões seriam gastos inicialmente para alavancar sua
criação.
“Já procurei o
Estado, o SEBRAE, todo tipo de apoio. Bati em muitas portas, mas até aqui não
encontrei a ajuda necessária para desenvolver este projeto”, acrescentou.
Albuquerque revelou que em Alagoas existe um grupo de dez inventores com
projetos prontos e que poderiam ajudar a economia do Estado. “Sem apoio e
sem incentivo ninguém se sente seguro. O Governo tem que garantir apoio tanto
no aspecto econômico quanto jurídico”, afirma o inventor.
Albuquerque
acredita que a criação de um APL neste segmento seria a saída para estes empreendedores
e para muitos outros anônimos que enterraram seus projetos devido a falta de
segurança. “Em outros lugares esse APL já existe. Em Campina Grande, por
exemplo, já deu certo. Lá tem um projeto que seria o modelo a ser
implantado em Alagoas caso houvesse interesse”, pontua. “Quando o Governo do
Estado apoia a iniciativa privada
vem junto. O que falta é iniciativa. Vontade política. Isso empobrece o
Estado”, critica Joathas.
Fonte: Site Primeira Edição - http://primeiraedicao.com.br
Comentário: Veja você leitor essa noticia, mais uma prova
de que a falta de interesse pelo desenvolvimento científico e tecnológico neste
país não fica restrito a esfera federal, e sim também é um problema na esfera
estadual e muito provavelmente na esfera municipal. Quando tenho tempo vago, uma
vez ou outra leio e me divirto com esses jornalistas (supostos analistas
políticos) que tentam explicar as atitudes desses energúmenos com teorias cada
vez mais mirabolantes, muitas vezes fantásticas (até eles devem dar muitas risadas
dessas baboseiras), e que contribui cada vez mais para a ignorância de nosso
povo. Leitor, na realidade tudo gira em torno da luta pelo poder e investir em
Ciência e Tecnologia numa sociedade onde muitos ainda acreditam que a LUA é a casa
de São Jorge, não gera voto, o que gera voto é investir em Copa do Mundo, Jogos
Olímpicos, estádios de futebol, em postos médicos superfaturados, em projetos
populistas que colocam comida na boca do povo, entre tantos outros projetos que esses populistas de merda lançam todo dia causando grandes estragos no futuro de nosso país. Leitor essa é uma prática antiga, remonta da Roma antiga ou talvez até antes do império romano, e que até hoje é utilizado pelos nossos príncipes, só que agora eles atendem com outros nomes, ou seja, Vereador, Deputado Estadual, Deputado Federal, Senador e
Presidente, ou eu devo dizer presidentA? Ué, agora é moda. Já quanto à
notícia acima, eu nunca ouvi falar desse Instituto
Santos Dumont de Estudos Aeroespaciais e Oceanográfico (ISDEAERO), quem sabe aparece alguém para esclarecer melhor essa
história.
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