CBERS-3 Está Ameaçado de Não Ser Lançado em 2012
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (02/09) no blog
“Panorama Espacial” do companheiro jornalista André Mileski, confirmando que o lançamento
do Satélite CBERS-3 pode está ameaçado de não acontecer mais em 2012,
possibilidade essa já levantada pelo nosso blog em nota anterior. (veja a nota:
“CBERS-3 Corre Risco de Não Ser Lançado em 2012, Será?”).
Duda Falcão
CBERS 3:
Lançamento Ameaçado
André Mileski
Colaboração de Shirley Marciano.
02/09/2012
O lançamento do satélite de observação CBERS 3, previsto
inicialmente para novembro ou dezembro deste ano, pode sofrer um atraso. O
motivo são falhas identificadas em testes finais já em solo chinês, antes do
envio para o centro de lançamento, em conversores DC/DC, itens que compõem o
sistema de suprimento de energia do satélite.
Entre os dias 18 e 24 de agosto, cinco engenheiros do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), incluindo o coordenador do
Segmento Espacial do Programa CBERS, estiveram nos EUA para participar de
reuniões técnicas "para esclarecer as não conformidades e as falhas do
componente conversor DC/DC, fabricados pela empresa MDI [Modular Devices Incorporated], utilizados
no satélite CBERS 3 e 4", segundo informações divulgadas no Diário Oficial
da União de 17 de agosto.
Na última sexta-feira (31), o blog Panorama Espacial
conversou sobre este assunto com Leonel Perondi, diretor do INPE. De acordo com
o diretor, até meados deste mês haverá uma definição sobre um eventual atraso
no lançamento, que depende do envio de um relatório do fabricante dos
componentes objeto das falhas. "Há chance de sim, há chance de não",
afirmou. Os componentes que apresentaram falhas foram adquiridos entre 2007 e
2008, e apesar de serem de origem norte-americana, não tiveram restrição do
International Traffic in Arms Regulations (ITAR).
Perondi mencionou o caso do CBERS 2, segundo satélite do
programa e que foi colocado em órbita em 21 de outubro de 2003. Aproximadamente
um ano antes de seu lançamento, em testes realizados no centro espacial de
Taiyuan, na China, foram identificadas falhas, coincidentemente, também em
conversores DC/DC. Tais falhas causaram um significativo atraso no cronograma
da missão, uma vez que houve a necessidade da troca de cerca de 400 componentes
do satélite.
Fonte: Blog “Panorama Espacial“ - André Mileski
Comentário: Pois é leitor, se isso vier realmente
acontecer, lamentavelmente constituirá em mais um revés do Programa Espacial Brasileiro.
Se comenta na comunidade aeroespacial, que os americanos sabotam programas espacias alheios justamente dessa maneira como estão fazendo com o Brasil! Entregando componentes com falhas e fora da especificação!
ResponderExcluirCoincidência ou não, é uma pena para o programa Espacial brasileiro que está precisando de um sucesso para chamar atenção na mídia, mais um atraso!
Olá Anônimo!
ResponderExcluirÉ claro que com esse acontecido, e outros ocorridos anteriormente com o TIO SAM, gera-se a dúvida de que os americanos possam ter feito isso de propósito, mas se assim foi, que sirva de lição a todos o envolvidos no projeto e que numa próxima oportunidade descartem por completo qualquer envolvimento de empresas americanas em projetos espaciais brasileiros que não sejam acordados unicamente pelos dois países. Principalmente aqueles projetos em parceria com a China.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Antes um atraso técnico do que um atraso burocrático. Significa que o projeto está avançando pelo menos...
ResponderExcluirOlá Heverton!
ExcluirOlhando por esse lado amigo você tem razão. Porém em nossa opinião esse incidente não se justifica, já que havia precedentes.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
O Brasil ou a China não puderam desenvolver esse componente?
ResponderExcluirOlá Anônimo!
ResponderExcluirEu acredito que devido a custos e tempo de desenvolvimento se optou comprar esse componente. Até porque como foi nos EUA, o mesmo não devia fazer parte da lista do International Traffic in Arms Regulations (ITAR) e assim estava disponível para venda. Entretanto, apesar de não está proibido, pelos visto eles entregaram o componente com defeito. Resta saber se foi de proposito ou não.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
De qualquer forma, é tudo muito triste. Já tendo havido precedentes com o mesmo componente, insistiram no erro.
ResponderExcluirE pior, pelo que entendi, talvez em 2013 estaremos lançando um satélite com componentes "adquiridos entre 2007 e 2008".
Lamentável...
Olá Marcos!
ResponderExcluirÉ verdade amigo, triste e desmotivador, pois não vejo reais perspectivas de mudanças nos próximos anos. Lamentável!
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Anônimo2: Digam onde existem conversores DC/DC com qualificação espacial sendo produzidos no Brasil para substituir os da MDI. Infelizmente a indústria de semicondutores no Brasil ainda engatinha e faz cocô na fralda...
ResponderExcluirOlá Anônimo 2!
ResponderExcluirNinguém falou disso amigo, mas será que não havia uma outra alternativa que não a da empresa americana? Pense no assunto.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Anonimo 2:
ResponderExcluirDuda. Infelizmente em se tratando de conversores DC/DC qualificados para uso espacial são poucas as opções no mundo hoje. Há outros fabricantes se qualificando, mas às vezes os componentes não se encaixam nas especificações do cliente.
Aí a única forma de usar outro seria refazer o projeto, o que pode ser inviável, dependo da fase em que se encontra o desenvolvimento.
É o caso do CBERS, que é um projeto que se arrastou por longos anos, e os problemas com os conversores DC/DC não ocorreram nas fases anteriores, quando ainda dava tempo de alterar o projeto.
Olá Anonimo 2!
ResponderExcluirVeja bem, deveria então ter se pensado nisso antes e tentado outra alternativa desde o inicio do projeto, afinal os americanos não são conhecidos exatamente por serem confiáveis, já era conhecida a insatisfação deles com o acordo entre o Brasil e a China nesse projeto CBERS e sinceramente espero que se tenha aprendido com esse exemplo, e que na próxima geração de satélites não se cometa o mesmo erro, pois errar é humano, já persistir no erro... O INPE deveria partir do princípio que alternativas americanas só devem ser consideradas quando eles estiverem diretamente ligados ao projeto, caso contrário, não.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Americanos nao confiáveis??? e sobre os chineses que roubam à luz do dia tecnologia dos demais. O caso de 1999 (que culminou com os americanos jogando seus satelites na munition list - ITAR) teve chineses processados e condenados em corte internacional!!!! e a brazucada ainda se se associa a esta raça... típico..
ResponderExcluirSobre conversores DC/DC ..trabalho na area de satelites. Não existe isso de falhar na base lançamento. O Controle de qualidade em termos de manufatura e campanha teste nivel unidade e sistema foi péssimo entao... (padrao China, provavelmente..rsrs) . quando o problema acontece em plataformas diferentes (CBERS 2 etc) normalmente é devido a projeto (partes estressadas alem dos deratings). Tambem há eta possibilidade.
RIDÍCULO >NOSSOS ENGENHEIROS ELETRÔNICOS NÃO CONSEGUIREM DESENVOLVER UM COMPONENTE TÃO BÁSICO, AQUI MESMO NO BRASIL...
ResponderExcluirpelo menos o processo esta em andamento
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