Brasil e Ucrânia Avaliam Novas Oport. na Área Espacial
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (31/08) no site da
Agência Espacial Brasileira (AEB) dando destaque ao “II Seminário Brasil-Ucrânia: Oportunidades para
Cooperação Científica e Tecnológica na Área Espacial” ocorrido dia 30/08 na sede
da agência em Brasília.
Duda Falcão
Brasil e Ucrânia Avaliam Novas Oportunidades
de Cooperação na Área Espacial
AEB
31-08-2012
A Agência Espacial
Brasileira (AEB) sediou, na última quinta-feira (30/08), o II Seminário Brasil-Ucrânia: Oportunidades para
Cooperação Científica e Tecnológica na Área Espacial. O evento
contou com a participação do Governo brasileiro, Embaixada da Ucrânia no
Brasil, indústria, academia e representantes da empresa de projetos estatal
ucraniana Yuzhnoye SDO que aproveitaram a ocasião para discutir projetos
conjuntos na área espacial.
O presidente da
AEB, José Raimundo Coelho, afirmou em seu discurso de abertura que “é função da
instituição apresentar oportunidades de parcerias estratégicas com todos os
países e empresas brasileiras”. No seminário, os participantes conheceram as
potencialidades da empresa ucraniana e uma das principais propostas
apresentadas pelo lado ucraniano foi o desenvolvimento conjunto de uma
plataforma de sondagem adequada para estudos meteorológicos, de microgravidade
e, também, para operar como foguete de treinamento dos centros nacionais de
lançamento.
Para o chefe do
Laboratório Associado de Propulsão e Combustão do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais, Fernando de Souza Costa, a iniciativa da AEB é excelente.
“O seminário foi uma boa oportunidade de encontrar pessoas influentes e
importantes dentro do programa espacial, de interagir e de trocar opiniões,
posições e entender melhor os caminhos que o programa está tomando”. O
professor titular do Instituto de Aeronáutica e Espaço (ITA), Marcelo Pazini
Brandão acredita que o “seminário deverá gerar alguma ação começando em nível
acadêmico até que tenhamos recursos humanos e financeiros para adiantarmos
alguns projetos”.
Segundo o
presidente da AEB, este foi o primeiro seminário de uma série de encontros e
workshops que a instituição irá promover. “Desejamos abrir uma janela de
oportunidades, inclusive para que indústria e empresas possam desenvolver
projetos de parcerias, buscar financiamentos, capacitar pessoas, e
definitivamente, fortalecer e consolidar o segmento”, completa José Raimundo.
Cooperação
Brasil-Ucrânia - A
cooperação espacial com a Ucrânia teve início em 1995, com a vinda ao Brasil do
presidente ucraniano Leonid Kutchma. Pouco depois, começou a se consolidar a
ideia de utilização do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) para a
realização de lançamentos de cargas-úteis brasileiras, ucranianas e de outros
países. Ao Brasil cabe ceder o local e a infraestrutura do CLA e aos ucranianos
desenvolver o veículo Cyclone-4. Em 21 de outubro de 2003, foi assinado, em
Brasília, durante a segunda visita ao Brasil do presidente Kutchma, o Tratado
sobre a Cooperação de Longo Prazo na Utilização do Veículo de Lançamentos
Cyclone-4. Esse documento criou a empresa binacional Alcântara Cyclone Space,
que tem a seu cargo promover a realização de lançamentos comerciais.
Os dois países
concluíram, ainda, dois importantes acordos. O primeiro, um Acordo-Quadro sobre
a Cooperação nos Usos Pacíficos do Espaço Exterior (novembro de 1999) e o outro
sobre Salvaguardas Tecnológicas relacionadas à participação da Ucrânia em
lançamentos a partir do CLA (janeiro de 2002).
Fonte: Agência Espacial Brasileira
(AEB)
Comentário: Vamos ser práticos e
objetivos leitor, se os ucranianos querem mesmo fazer alguma nova parceria que
envolva 'desenvolvimento conjunto' será muito bem vinda, desde que não envolva tecnologias
tóxicas e que o acordo não seja baseado em contratos tipo ‘Candiru’. Agora,
essa idéia de desenvolver conjuntamente uma plataforma suborbital para foguetes
de sondagens, não sei se seria muita proveitosa, já que o IAE em parceria com a "Orbital Engenharia" já está desenvolvendo a "PSM (Plataforma Suborbital de
Microgravidade)" que acredito eu poderia facilmente ser adaptada para missões
meteorológicas. Seria muito mais proveitoso para o PEB, já que o governo DILMA
parece mais interessado nos ucranianos, que se buscasse um acordo visando o 'desenvolvimento conjunto' na área de 'propulsão líquida verde', juntando o
conhecimento adquirido pelos ucranianos na área de propulsão líquida a
experiência brasileira na busca por soluções mais ecologicamente corretas na área
de energia renovável. Mas enfim, falta massa cinzenta nesses energúmenos que
militam em Brasília, e não duvido nada que eles acabem duplicando um projeto já em curso sem necessidade.
que absurdo esse workshop
ResponderExcluirserá que vamos fazer acordo com a ucrania para desenvolver foguetes de sondagem?
será que a AEB desconhece que o Brasil domina essa área há mais de 40 anos?
Olá Anônimo!
ResponderExcluirNão é bem o desenvolvimento de foguetes de sondagens e sim de uma plataforma de sondagem adequada para estudos meteorológicos. Entretanto como eu disse em meu comentário, o IAE já está desenvolvendo uma plataforma chamada PSM (Plataforma Suborbital de Microgravidade) em parceria com a Orbital Engenharia para os foguetes VS-30 e VSB-30 que poderia muito bem ser adaptada para área meteorológica, não sendo necessário esse tipo de projeto conjunto. Mas enfim, vindo de Brasília, tudo é possível, motivos é que não faltam e quando faltam, eles inventam algum.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Estive examinando o site da Orbital Engenharia, para tentar entender do que se trata. Pelo que pude entender, trata-se de um possível estágio superior de um foguete com várias divisões para equipamentos relacionados a experimentos diversos. Nada além disso.
ResponderExcluirPor outro lado, parece que é mais um projeto que está só no papel. Se os Ucranianos já tiverem isso pronto e estiverem dispostos a compartilhar o seu conhecimento atual nessa área, tudo bem, pode vir a acelerar o processo.
Já quanto a um possível desenvolvimento comum na área de "propulsão líquida verde", me corrijam se eu estiver errado. A tecnologia que "sobrou" para a Ucrânia na divisão da União Soviética, foi a desses motores de combustíveis hipergólicos super poluentes, cuja tecnologia é bem diferente da dos motores que usam combustíveis não hipergólicos e precisam, entre outras coisas, de um sistema de ignição, e várias outras diferenças que podemos observar em fotos dos dois tipos de motores. Sendo assim, acho que não é o caso de procurar esse tipo de tecnologia na Ucrânia...
Por acaso falta capacidade para desenvolvermos sozinho isso? Sempre tem que ficar fazendo acordos, parcerias etc, etc... Esse governo ao inves de investir no seu pais, da mais importancia para os estrangeiros.
ResponderExcluirRoubar 80 bilhões por ano podem, agora investir 1% disso na área espacial é um gasto desnecessario...
Brasil!!!
Caro Anônimo!
ExcluirNão se trata disso. Capacidade temos e estamos até desenvolvendo. Entretanto se fizermos conjuntamente (modelo adotado atualmente no mundo todo) diminui o tempo de desenvolvimento e se divide custos, facilitando as coisas. O problema não está no modelo e sim na escolha do parceiro, na elaboração do acordo e na falta de seriedade e comprometimento na execução do mesmo.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Caro Marcos Ricardo!
ResponderExcluirNão é bem assim, a Orbital Engenharia entregou ao IAE o 'modelo de engenharia' dessa plataforma em junho desse ano (veja aqui no blog a notícia). Além disso, os ucranianos não tem essa plataforma pronta, já que a ideia seria desenvolvê-la conjuntamente com o Brasil. Não tem sentido isso e seria desperdício de recursos. Agora quanto a desenvolvimento de propulsão líquida verde conjuntamente com os ucranianos, eu concordo contigo que não seria a melhor opção tecnologicamente falando. Porém, a paixão do grupo da presidente DILMA para com os ucranianos pode ser uma vantagem política vantajosa na busca por recursos financeiros e humanos. Além disso, não se pode descartar a grande experiência e infraestrutura ucraniana para o desenvolvimento de motores-foguetes líquidos que, aliada a experiência brasileira na busca por soluções mais ecologicamente corretas na área de energia renovável, pode trazer resultados bens significativos.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
A tecnologia está ai , só resta a boa vontade de ambos os lados e cumprir o cronograma estabelecido
ResponderExcluirOlá João Paulo!
ResponderExcluirDe qual tecnologia você está se referindo?
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Está errada esta parte :
ResponderExcluir"O professor titular do Instituto de Aeronáutica e Espaço (ITA), Marcelo Pazini Brandão
O correto é :
"O professor titular do Instituto TECNOLOGICO de Aeronáutica (ITA), MAURICIO Pazini Brandão
Olá Iurikorolev!
ResponderExcluirVocê está correto amigo e eu não tinha notado. Entretanto a matéria é da AEB e portanto não posso alterá-la. Mas valeu pela dica e está registrada.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
A ucrania não tem interesse algum em partilhar conhecimentos com o Brasil, na área espacial. Querem sim dinheiro, através da venda de produtos e serviços, aos quais o Brasil não terá acesso ao conhecimento. Nesses moldes o convênio que criou a ACS deveria ser denunciado imediatamente, pois estamos financiando a indústria ucrania sem tirar nenhum proveito disso.
ResponderExcluirOlá Waldemar!
ResponderExcluirTambém acho que os ucranianos não tenham interesse de partilhar conhecimentos com o Brasil, e continuo achando esse acordo um tremendo de um desastre. Mas o mesmo não é visto dessa forma pelo atual governo, que infelizmente está no poder, é quem toma as decisões e elas são favoráveis aos ucranianos. Vem mais m... por ai.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)