NASA Quer Colocar 'Estações Espaciais Privadas' em Funcionamento Antes da Inativação da 'Estação Espacial Internacional (ISS)'
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, foi publicada uma notícia hoje (16/08) no site “Olhar
Digital” destacando que a NASA quer colocar Estações Espaciais Privadas
em funcionamento antes da inativação da Estação Espacial Internacional (ISS).
Saibam mais sobre essa história pela matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E ESPAÇO
NASA Quer Colocar Estações Espaciais Privadas em
Funcionamento Antes da Inativação da ISS
A pesquisa e o desenvolvimento de tecnologia em
microgravidade na estação continuarão "a todo vapor" até o final de
2030, diz a NASA
Por Flavia Correia
16/08/2023 - 09h57
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
Crédito: Artsiom P – Shutterstock
Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a Estação
Espacial Internacional (ISS) vai permanecer ativa até 2030, quando será aposentada e deixará a órbita da Terra, mergulhando em uma reentrada ardente na atmosfera do
planeta. Até lá, a NASA vai dedicar esforços para uma substituição eficaz da
estrutura por laboratórios privados.
* A Estação Espacial Internacional (ISS) vai funcionar
por mais sete anos;
* A estrutura deixará a órbita baixa da Terra em um
mergulho ardente na atmosfera em 2030;
* Com a inativação da ISS, serão utilizadas estações
espaciais privadas;
* A NASA traçou um plano estratégico para que não haja
uma lacuna entre a aposentadoria da ISS e a ativação de laboratórios
comerciais;
* Enquanto alguns parceiros da agência se comprometeram a
permanecer no projeto ISS até o fim, a Rússia já anunciou sua saída em 2028,
dois anos antes do desligamento do laboratório orbital.
Crédito: Daniel Molybdenum/NASA
“A razão pela qual isso é tão importante é porque
acreditamos que o impacto de uma lacuna será disruptivo”, disse a diretora da
ISS na Diretoria de Missões de Operações Espaciais da NASA, Robyn Gatens,
durante um painel de discussão na Conferência Internacional de Pesquisa e
Desenvolvimento da Estação Espacial no início deste mês.
Essa lacuna (tempo entre a aposentadoria da ISS e a
ativação de estações privadas) poderia impactar negativamente cientistas que
buscam enviar experimentos de pesquisa para o espaço, bem como tripulantes e
provedores de transporte de carga.
Segundo Gatens, considerando o período de transição de
dois anos esperado pela agência, um sucessor comercial deve estar operando até
2028 para evitar tais complicações.
Casa Branca Traça Estratégia Para Substituição Eficaz
da ISS
Para planejar uma mudança tranquila de pesquisa e
operações para estações espaciais privadas até 2030, o Escritório de Política
Científica e Tecnológica da Casa Branca divulgou uma estratégia em março deste ano que
traça um plano de ação. O objetivo principal é que os EUA “liderem um mercado
emergente administrado por empresas comerciais e privadas”, permitindo que a
NASA mantenha uma “presença americana ininterrupta” na órbita baixa da Terra
(LEO).
“A razão pela qual nós, no nível da Casa Branca, lançamos
uma política sobre esse tema este ano é nos prepararmos com sete anos de
antecedência, para que não tenhamos que nos planejar para um cenário em que
haja uma lacuna”, disse Ezinne Uzo-Okoro, diretora assistente de política
espacial do Escritório de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca.
Créditos: Sierra Space/Blue Origin
Realizar uma transição tão perfeita não será, no entanto,
isenta de desafios. “Os especialistas precisarão se preocupar, por exemplo, com
custos técnicos e riscos de programação em termos de projeto e desenvolvimento
das plataformas”, disse John Mulholland, gerente do programa da Boeing para o
programa da ISS, na mesma conferência.
Mulholland também ressaltou a necessidade de aumentar o
orçamento para o Veículo de Desórbita dos Estados Unidos (USDV), uma espaçonave
que deve atracar na ISS antes de realizar uma sequência segura de desórbita e
reentrada na Terra. Espera-se que a NASA adjudique o contrato para o projeto e
produção deste veículo em março do ano que vem.
Os novos fundos também provavelmente serão usados para
uma atualização que aprimore significativamente a capacidade científica de um
instrumento de física na ISS que caça matéria escura, raios cósmicos e galáxias
de antimatéria. O detector, conhecido como Espectrômetro Magnético Alfa (AMS),
foi instalado como um módulo externo no laboratório orbital em 2011. “Espera-se
que sua atualização leve um voo de carga inteiro, o que merece um aumento no
orçamento à frente”, disse Mulholland.
Crédito: Axiom Space
Ilustração artística da estação espacial que a empresa Axiom Space planeja instalar na órbita da Terra. |
NASA Vai Operar Laboratório de Suporte Para as
Plataformas Comerciais
Angela Hart, gerente do programa “Destinos Comerciais em
Órbita Baixa da Terra” da NASA, disse que a agência espacial passará sua
experiência em tecnologia para provedores privados de estações espaciais, mas
que essa responsabilidade e envolvimento vão diminuir à medida que estes
últimos encontrarem uma base mais segura.
Depois que a ISS se aposentar em 2030, a NASA
provavelmente vai operar um laboratório nacional que deve suportar várias
plataformas comerciais. Embora os detalhes sejam poucos, espera-se que o LEO
National Lab represente todas as pesquisas patrocinadas pelo governo a
serem realizadas em uma combinação de estações espaciais privadas disponíveis.
“Um princípio realmente importante que estamos analisando
é que essa estrutura precisa apoiar, mas não competir com plataformas
comerciais e provedores de serviços”, explicou Gatens.
Conforme destaca o site Space.com, atualmente,
parceiros da ISS, como Japão, Canadá e a Agência Espacial Europeia (ESA), se
comprometeram a se manter no projeto até sua aposentadoria. A Rússia, por sua
vez, confirmou seu apoio apenas até 2028, ano após o qual se concentrará na
construção de sua própria estação espacial orbital, cujo primeiro módulo deve
ser lançado em 2027.
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