Satélite da 'Era Soviética' se Desintegra em Órbita Após Colisão Com Detritos Espaciais
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois é amigos e amigas, foi postado ontem (30/08) uma
notícia no site ‘Olhar Digital’ informando que recentemente um antigo
satélite da ERA SOVIÉTICA de três décadas se desintegrou em órbita a cerca de 1.400 km acima da Terra,
e muito provavelmente após uma colisão de detritos espaciais. Saibam
mais sobre essa história pela matéria abaixo.
Pois então, as coisas vão se complicando cada vez mais
na órbita terrestre e até o momento
não se observa uma ação conjunta efetiva, seja da ONU, ou mesmo das agências
espaciais do mundo para se encontrar uma solução para este problema. Vai haver consequências, tenham certeza disso.
Brazilian Space
OBS: Sugestão de leitura (aqui)
CIÊNCIA E
ESPAÇO
Antigo Satélite Soviético se Desintegra em Órbita Após Colisão de
Detritos Espaciais
Um satélite soviético de três décadas se desintegrou em
órbita a cerca de 1.400 km acima da Terra ao se chocar com outro detrito
espacial
Por Flavia
Correia
30/08/2023 16h34
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
Créditos: Dotted Yeti – Shutterstock
Antigos satélites e estágios gastos de foguetes deixados em altitudes acima de 800 km são de
grande preocupação para os pesquisadores de sustentabilidade espacial.
Flutuando alto demais para serem derrubados pelo decaimento natural de suas
órbitas causado pelo arrasto da atmosfera residual da Terra, esses objetos acabam muitas vezes envolvidos em
incidentes.
Mais recentemente, um satélite soviético
de três décadas se desintegrou em órbita a cerca de 1.400 km acima da Terra,
muito provavelmente após uma colisão de detritos espaciais.
Conforme publicado no Twitter (ou X)
pelo astrofísico e especialista em lixo espacial Jonathan McDowell, os
destroços parecem ser do Kosmos-2143 ou do Kosmos-2145, dois de oito satélites
Strela-1M lançados num mesmo foguete em 1991.
Satélites Antigos Representam Ameaças às Novas Espaçonaves
A ocorrência de mais este evento do tipo
destaca a situação precária na órbita da Terra, onde objetos antigos acumulados
ao longo dos mais de 60 anos de exploração e utilização espacial agora
representam ameaças a novos satélites em funcionamento.
Em fevereiro de 2009, por exemplo, uma
espaçonave “prima” do Kosmos-2143 e do Kosmos-2145, designada Kosmos 2251,
colidiu com um satélite operacional da empresa de telecomunicações
norte-americana Iridium a 789 km acima da Terra, criando uma nuvem gigante de
detritos espaciais.
Crédito: Aéroplans/Flickr/Creative
Commons
Um satélite Kosmos Strela 1M em exposição no Museu de Cosmonáutica Serhiy Pavlovych Korolyov, em Zhytomyr,na Ucrânia. |
Esse incidente, juntamente com um teste
de míssil antissatélite chinês de 2007, é responsável pela
maioria dos fragmentos de lixo espacial atualmente espalhados pela órbita do
nosso planeta.
Em janeiro deste ano, um satélite espião inativo e um
estágio de foguete usado, ambos soviéticos, chegaram a menos de 20 metros um do
outro em uma região desordenada a cerca de 600 km de altitude. Uma colisão
total entre esses dois objetos teria gerado milhares de novos pedaços perigosos
de detritos.
Ainda não se sabe – e provavelmente nunca será descoberto
– o que causou a desintegração da espaçonave Kosmos relatada por McDowell.
De acordo com o site Space.com,
radares baseados na Terra rastreiam apenas objetos maiores que 10 centímetros.
Atualmente, sabe-se que cerca de 34,5 mil desses objetos existem ao redor do
planeta, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA).
No entanto, além desses fragmentos de
detritos espaciais “visíveis”, cerca de um milhão de objetos medindo de um a 10
cm e 130 milhões de fragmentos menores que um centímetro atravessam o espaço,
de acordo com as estimativas da ESA.
Ocorre que, quando os radares registram
um dos objetos maiores que se aproximam de um satélite operacional, os
operadores recebem um aviso e conseguem mover o equipamento para fora de
perigo, mas o mesmo não é possível em relação a detritos minúsculos.
Previsão é Caótica
O problema é que mesmo um fragmento de
lixo espacial tão pequeno quanto um centímetro pode causar sérios danos. Como
em 2016, quando um fragmento de detritos espaciais de apenas alguns milímetros
de largura perfurou um buraco de 40 cm de largura em um dos painéis solares do
satélite europeu de observação da Terra Sentinel 2.
Aquela colisão gerou vários fragmentos
grandes o suficiente para serem rastreados da Terra. O Sentinel 2 sobreviveu ao
incidente, mas os engenheiros da ESA disseram que, se o lixo espacial tivesse
atingido o corpo principal da nave, a missão poderia ter terminado.
Pesquisadores vêm chamando a atenção há
anos para a crescente quantidade de lixo espacial na órbita da Terra. Alguns
temem que a situação esteja se aproximando lentamente de um cenário conhecido
como Síndrome de Kessler.
Batizado em homenagem a Donald Kessler,
ao físico aposentado da NASA, esse quadro prevê que o crescente número de fragmentos
gerados por colisões orbitais acabará tornando a área ao redor da Terra
inutilizável, já que cada choque de lixo espacial desencadeará uma cadeia de
impactos subsequentes.
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