Segundo Novo Estudo de Astronomos da 'Universidade de Bordeaux', Oceanos Podem Ter Existido em Planetas do Sistema TRAPPIST-1, Localizado Há Apenas '40 anos-luz' da Terra
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, segue uma notícia publicada ontem (14/08) no site ‘Canaltech’ destacando que segundo um novo estudo proveniente de uma equipe
liderada pelo astrônomo Franck Selsis,
da Universidade de Bordeaux, França,
indica que Oceanos podem ter
existido em planetas do Sistema TRAPPIST-1, que fica há apenas 40
anos-luz da Terra. Entendam melhor essa história pela matéria
abaixo.
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Oceanos Podem Ter Existido em Planetas do Sistema
TRAPPIST-1
Por Danielle Cassita
Editado por Patricia Gnipper
14 de Agosto de 2023 às 13h48
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA / JPL-Caltech
Alguns dos planetas do sistema TRAPPIST-1, a apenas 40 anos-luz de
nós, podem ter apresentado condições mais adequadas para o surgimento de vida
do que se pensava. Em um novo estudo, astrônomos liderados por Franck Selsis,
da Universidade de Bordeaux, aplicaram uma nova técnica de modelagem de
evolução da atmosfera planetária, e descobriram algumas possibilidades
interessantes para a ocorrência de água em alguns dos exoplanetas do sistema.
Alguns dos planetas de TRAPPIST-1 orbitam sua estrela na zona
habitável dela. Embora a região permita a existência de água líquida, os
exoplanetas estiveram expostos às altas temperaturas da estrela no passado,
suficientes para evaporar qualquer água que tenha existido neles. Portanto, as
chances de estes mundos desenvolverem vida como conhecemos são bastante baixas.
No novo estudo, os autores decidiram investigar as condições
atmosféricas dos exoplanetas de TRAPPIST-1
adotando uma abordagem que levou em conta as condições reais deles. “No
passado, quando estávamos modelando estas atmosferas, estávamos fazendo uma
aproximação forte, que dizia que a atmosfera deles era convectiva”, explicou
Selsis. Isso significa que a radiação da estrela é depositada profundamente,
mas perto da superfície do planeta, e sobe e desce com a convecção — em mundos
teóricos.
Ele acrescentou que, quando a convecção é considerada a força
principal em uma atmosfera, é possível determinar como a temperatura varia
conforme a pressão. O cenário muda nas condições observadas em exoplanetas
reais: neste caso, a opacidade do gás presente muda de acordo com a altitude, e
traz implicações tanto para o calor retido quanto para aquele que escapa. Por
muito tempo, os cientistas não conseguiram modelar essas variáveis.
(Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)
É por isso que as mudanças de opacidade e seus respectivos efeitos
em outros processos atmosféricos permaneceram desconhecidas. Selsis e seus
colegas suspeitaram que os resultados das simulações anteriores poderiam estar
errados: modelos anteriores do sistema TRAPPIST-1 mostraram que, se planetas
com atmosferas ricas em água receberem 10% mais luz que a Terra, eles
desenvolvem rapidamente um efeito estufa.
Eventualmente, o planeta fica tão quente que sua crosta e manto se
derretem em um oceano de magma, liberando na atmosfera a água (se existir)
presente nas rochas. Ao longo de bilhões de anos, os ventos da estrela fazem
com que a água da atmosfera acabe dissipada no espaço — algo do tipo parece ter
acontecido com Vênus e até com os planetas na zona habitável de TRAPPIST-1.
Agora, o novo modelo da equipe propõe algo diferente. Quando
TRAPPIST-1 se formou, os planetas que hoje estão na zona habitável estiveram
expostos a muito mais calor do que estão hoje, o que faria com que a água deles
acabasse evaporada. O novo modelo mostra que, embora as condições destes
planetas fossem extremas desde o início, elas podem não ter sido intensas o
suficiente para derreter a crosta e manto.
Neste caso, grande quantidade de água pode ter sobrevivido em
rochas formadas posteriormente, quando a estrela já não era tão quente. Assim,
estes mundos podem ter apresentado no passado oceanos de água líquida, o que
traz implicações importantes para a busca de vida em mundos que orbitam estrelas
anãs vermelhas.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature.
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