Graças ao 'Rover Chinês Yutu-2', Estudo Recente Revela Bilhões de Anos da História Lunar Que Estavam Até Então Ocultos
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, segue agora uma notícia publicada ontem (21/08) no site ‘Canaltech’,
destacando que o ‘Rover Chinês Yutu-2’ revelou
aos cientistas as camadas presentes sob a
superfície da Lua com mais detalhes do que nunca, e isto graças a um estudo
liderado pelo pesquisador Jianqing Feng,
do Instituto de Ciência Planetária nos
Estados Unidos e de demais autores, descrevendo bilhões de anos da história lunar que, até então, estavam ocultos. Saibam mais pela matéria abaixo.
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Rover Chinês Yutu-2 Encontra Cratera Enterrada no Lado Afastado da Lua
Por Danielle Cassita
Editado por Patricia Gnipper
21 de Agosto de 2023 às 12h10
Fonte: Journal of Geophysical Research: Planets; Via: Live Science
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Imagem: CNSA/CLEP
O rover Yutu-2, da China, revelou aos cientistas as camadas
presentes sob a superfície
da Lua com mais detalhes do que nunca. Em um estudo liderado por Jianqing
Feng, pesquisador do Instituto de Ciência Planetária nos Estados Unidos, ele e
os demais autores descrevem os resultados, que mostram bilhões de anos da
história lunar que, até então, estavam ocultos.
O estudo foi realizado com base nos dados obtidos pelo Yutu-2 com
o LPR, um dispositivo que envia sinais de rádio para as profundezas da
superfície lunar. “Depois, ele [o LPR] escuta os ecos dançando de volta”,
explicou Feng. Com tais ecos, que são ondas de rádio refletidas por estruturas
sob a superfície, os cientistas podem mapear o que existe por lá.
O Yutu-2 já havia sido usado para estudar estruturas a até 40 m
abaixo da superfície, mas agora, ele revelou o que existe a profundezas
maiores. Os novos dados indicam que os primeiros 40 m da superfície da Lua são
formados por várias camadas de poeira, solo e rochas quebradas.
(Imagem: Reprodução/NASA)
Em meio a eles, há uma cratera formada pelo impacto de um grande
objeto — e, para Feng, os detritos que cercam a cratera foram liberados pelo
impacto. Seguindo para mais fundo, os cientistas descobriram cinco camadas de
lava que correu pela superfície da Lua há bilhões de anos.
A equipe notou que, quanto mais perto da superfície lunar, mais
finas ficam as camadas de rochas vulcânicas, o que sugere que erupções
posteriores liberaram menos lava do que as anteriores. “A Lua estava
lentamente esfriando e perdendo vapor em sua etapa vulcânica tardia, a energia
ficou fraca com o tempo”, explicou Feng.
A hipótese mais aceita para explicar a formação da
Lua propõe que nosso satélite natural foi formado por detritos da Terra,
liberados após um impacto ocorrido há 4,5 bilhões de anos. Na época, o manto
lunar tinha bolsões de magma (material derretido), que fluiu para a superfície
através de erupções. A atividade vulcânica na Lua parece ter ocorrido até um
bilhão de anos atrás e, por isso, ela é considerada geologicamente inativa.
Parte da missão Chang'e 4, o rover Yutu-2 pousou no lado afastado
da Lua em 2019. Para Feng, o robô ainda tem muito a explorar por lá, e vai
ajudar os cientistas a compreenderem ainda mais formações geológicas diferentes
e inesperadas.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Journal
of Geophysical Research: Planets.
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