Coronel da Reserva da FAB Afirma Que a Futura Unidade do ITA no Ceará Terá Como Objetivo Transformar o Brasil em Uma Potência Aeroespacial
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma matéria publicada ontem (10/08) no
site “Brasil 247”, destacando que segundo
o coronel da reserva da FAB, Carlos Eduardo Valle Rosa, a futura instalação
de uma nova unidade do Instituto
Tecnológico de Aeronáutica (ITA) no estado do Ceará, terá como objetivo transformar o Brasil em uma potencia
aeroespacial. Entendam melhor essa história pela matéria abaixo.
Rsss, é sério que ele disse isso? kkkkkk
Nordeste
Objetivo é Transformar o Brasil em Uma Potência
Aeroespacial, Diz Coronel da FAB Sobre ITA no Ceará
Ministério da Defesa assinou acordo para abrir unidade do
ITA no Nordeste. A Sputnik Brasil conversou com especialistas para saber se
essa nova filial pode auxiliar o Brasil
Por Ana Lívia Esteves
10 de agosto de 2023, 14:25 h
Fonte: site Sputnik Brasil - https://sputniknewsbr.com.br
(Foto: ITA)
Por Ana Lívia Esteves, Sputnik - No dia 5 de
agosto, o ministro da Defesa, José Múcio, e da Educação, Camilo Santana,
assinaram Acordo de Cooperação Técnica para viabilizar a instalação de campus
avançado do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) na região Nordeste do
país, reportou o Defesa em Foco.
"É uma forma de descentralizarmos as oportunidades
da Educação, levar a Ciência para outros cantos do território. A assinatura
desse acordo para iniciarmos os estudos é um momento importantíssimo. É um
sonho antigo de muitas pessoas envolvidas aqui e será um grande feito para o
Nordeste brasileiro", afirmou o ministro José Múcio.
O Ministério da Defesa, através do comando da
Aeronáutica, deverá formar grupo de estudos com o Ministério da Educação para
estudar as condições de instalação da unidade avançada do ITA na região até o
ano de 2025.
Criado em 1950, o ITA oferece cursos de graduação e
pós-graduação em áreas da engenharia, em particular no setor aeroespacial.
Formandos do instituto ligado à Força Aérea Brasileira foram os responsáveis
pela criação das primeiras aeronaves nacionais e creditados pelo sucesso da
empresa Embraer.
Para o doutor em geografia e coronel da reserva da Força
Aérea Brasileira, Carlos Eduardo Valle Rosa, a expansão do ITA para o Nordeste
é fundamental para diversificar as atividades do setor aeronáutico nacional.
"Trazer uma instituição do porte do ITA para o Nordeste
potencializa a expansão do núcleo estratégico do poder aeroespacial, que
atualmente está muito concentrado no hub de São José dos Campos [no estado de
São Paulo]", disse Valle Rosa à Sputnik Brasil. "O novo núcleo poderá
expandir para atividades que o Brasil ainda não domina."
Neste contexto, a Força Aérea poderá se utilizar da base
de desdobramento de Fortaleza para abrigar os alunos do futuro ITA nordestino.
Bases aéreas de desdobramentos são aquelas que não possuem esquadra permanente,
mas estão equipadas para recebê-las, em caso de necessidade.
"A base de Fortaleza seria capaz de receber esse
campus avançado do ITA. Ela conta com espaço físico, instalações reformadas,
que podem ser dedicadas a esse novo fim", disse o coronel da reserva.
"Construir escolas nunca é ruim. O desafio é mantê-las."
A região Nordeste ainda abriga dois centros de lançamento
de foguetes: a Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte, e a Base de
Alcântara, no Estado do Maranhão.
"A Barreira do Inferno hoje desempenha atividades
como rastreamento de satélites e testes de foguetes civis e militares. Já a de
Alcântara, que é a joia da coroa, tem capacidade de fazer lançamento de
foguetes de grande porte", disse Valle Rosa.
O Nordeste brasileiro não é somente uma região estratégica
tanto do ponto de vista geopolítico, mas também econômico, lembrou o professor
de economia e transporte aéreo da Universidade Municipal de São Caetano, Volney
Gouveia.
"A velocidade de crescimento econômico das regiões
Nordeste e Norte durante o século XXI tem ocorrido em proporção maior do que a
taxa de crescimento das regiões Sul e Sudeste, indicando que há diversificação
da pauta produtiva do Norte e Nordeste, com aceleração do desenvolvimento
regional", disse Gouveia à Sputnik. "A criação de um instituto
tecnológico no
Nordeste brasileiro vem tarde, porque a região tem muita
potencialidade."
Segundo Gouveia, o efeito multiplicador que a instalação
de uma unidade avançada do ITA poderá ter na economia local é significativo,
gerando novo impulso no processo de industrialização do Brasil.
"Estamos passando por um processo de
desindustrialização, que vem desde os anos 80 e se acentuou a partir do Plano
Real. Se, na década de 90, cerca de 25% do PIB brasileiro era gerado pela
indústria, hoje infelizmente estamos em somente 10%", explicou Gouveia.
"O ITA tem um poder natural de espraiar conhecimento e tecnologia para
outros segmentos da indústria."
No contexto nordestino, o estado do Ceará é o que mais
tem chances de abrigar a nova unidade do ITA. O estado se destacou por sua
capacidade de formar alunos qualificados para serem aprovados pelo rígido
processo seletivo da instituição ligada à Força Aérea Brasileira.
"Cerca de 40% dos aprovados no vestibular nacional
do ITA são oriundos do Ceará, que tem escolas que se especializam na aprovação
de candidatos nesse instituto", disse o coronel da reserva da FAB Valle
Rosa. "Esse resultado será um forte argumento em favor da escolha do Ceará
como anfitrião."
Volney concorda que os investimentos cearenses em educação
podem favorecer o Estado na corrida pela recepção de campus avançado do ITA.
"O Ceará tem apresentado destacados indicadores
educacionais, com alunos que apresentam ótimos resultados em exames
nacionais", atestou Gouveia. "Essa é uma vantagem comparativa desse
estado, uma vez que o setor aeroespacial exige alto nível educacional."
Além da Embraer
O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) é comumente
associado ao desenvolvimento da Embraer, terceira maior fabricante de aviões do
mundo e líder em aeronaves comerciais de média categoria. O primeiro avião da
Embraer, o Bandeirantes, foi criado graças à expertise de engenheiros formados
no instituto vinculado à Força Aérea.
"O ITA é vanguarda do desenvolvimento tecnológico
aeroespacial brasileiro, não só na área militar, como também na civil",
disse Gouveia. "Hoje no Brasil o segmento comercial é predominante: 85% de
toda a tecnologia desenvolvida está relacionada a aeronaves comerciais."
Para competir com gigantes do setor de aviação, como
Boeing ou Airbus, o setor precisa de investimento do Estado brasileiro,
acredita o especialista.
"Empresas dos EUA ou da Comunidade Europeia não vão
compartilhar tecnologia conosco. Esse setor é marcado por proteção intelectual
fortíssima e competição acirrada", explicou Gouveia. "Para
desenvolver capital humano e tecnologia pioneira, precisamos do Estado
brasileiro estimulando o ITA e as Forças Armadas."
Apesar do sucesso, atualmente o ITA não está sendo capaz
de suprir, sozinho, a forte demanda do setor aeroespacial por profissionais
qualificados.
"Temos um déficit de mão de obra qualificada muito
grande no setor aeroespacial brasileiro como um todo e o ITA tem capacidade
para somente 600 a 700 alunos. Precisamos ampliar a oferta, porque a demanda é
enorme", alertou Valle Rosa. "O nosso anseio e objetivo é transformar
o Brasil em uma potência aeroespacial."
Além do ritmo lento de formação de novos quadros, os
engenheiros brasileiros já formados por esse instituto de excelência estão
sendo contratados por empresas estrangeiras, debilitando as operações de suas
concorrentes nacionais.
"A [empresa norte-americana] Boeing tem assediado
engenheiros brasileiros dos quadros da Embraer, desarticulando as operações da
empresa", lamentou Gouveia.
Para o doutor em geografia e coronel da reserva da Força
Aérea Brasileira, Carlos Eduardo Valle Rosa, a expansão do ITA é fundamental
para que o Brasil acompanhe o ritmo das grandes potências na expansão da
humanidade para o espaço sideral.
"Estamos em um contexto de expansão das atividades
humanas para o espaço. Serviços essenciais para nós já são locados no espaço.
Estamos em um contexto similar ao das grandes navegações. É a fronteira final
de expansão e o Brasil não pode ficar de fora", concluiu o coronel da
reserva da Força Aérea Brasileira.
Pais das falácias...e pouco trabalho
ResponderExcluirParem de "criar" um "cenário" que só tem no (Alice no País das Maravilhas). Já chega de blá-blá-blá... Neste País chamado BRASIL!!! O que se trata do setor aeroespacial "público", só tem olhos para "os seus" seletos grupinhos, com os benefícios de "super salários, bonificações, bolsa de estudos viagens nacionais e internacionais", deixando principalmente a População de LADO, também, não poderia de dizer, que sempre estão deixando para trás, as Startups e Empresas PRIVADA do Setor Aeroespacial Nacional de FORA.
ResponderExcluirMuito bem colocado Eugénio!o site em si não entende nada de PEB e o oficial tbm!em nenhum momento fala de New Space, enquanto isso a Índia passou de 5 pra 140 startups em poucos anos!
ExcluirSe não conhece o Brasil poderia até acreditar .
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