Marco Legal de CT&I é Aprovado Pelo Senado e Vai a Sanção Presidencial

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada ontem (09/12) no site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) destacando que o Marco legal de CT&I foi aprovado pelo Senado e vai agora para a sanção presidencial.

Duda Falcão

Ciência, Tecnologia e Inovação

Marco Legal de CT&I é Aprovado
Pelo Senado e Vai a Sanção

Para o ministro Pansera, a votação do PLC 77, que promove uma série de
ações para o incentivo à pesquisa e à inovação, é um marco. "Ele torna a
legislação mais completa e mais ágil", disse.

Por Ascom do MCTI
Publicação: 09/12/2015 | 20:19
Última modificação: 09/12/2015 | 23:00

Crédito: INT
A proposta dá maior flexibilidade de atuação às instituições
científicas e tecnológicas (ICTs). Na foto, o Laboratório de
Ensaios de H2S, CO2 e Corrosividade do Instituto Nacional
de Tecnologia (INT/MCTI).

Novo marco legal da área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I), o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 77/2015, foi aprovado pelo Plenário do Senado Federal. nesta quarta-feira (9) e segue para sanção da presidenta da República, Dilma Rousseff. O texto, que promove uma série de ações para o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento científico e tecnológico, obteve unanimidade na votação do Plenário.

"Hoje foi um grande dia para a ciência, tecnologia e inovação no Brasil", avaliou o ministro Celso Pansera, que qualificou a votação do PLC 77 como um marco no avanço da área. "Ele torna a legislação não só mais completa, mas também mais ágil, e permite uma definição mais clara do que é centro de pesquisa, do que é um polo tecnológico, mas particularmente regulamenta a relação dos institutos de pesquisa vinculados às instituições públicas de ensino, ao MCTI, aos estados, com a iniciativa privada."

De autoria do deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), a proposta regulamenta a Emenda Constitucional 85 e é um dos itens da Agenda Brasil, conjunto de medidas apresentadas pelo Senado para impulsionar o crescimento do País. "Essa aprovação simboliza a contribuição do Congresso Nacional para os avanços tecnológicos que são fundamentais para garantir competitividade à indústria brasileira", disse o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A proposição teve como relatores os senadores Jorge Viana (PT-AC) e Cristovam Buarque (PDT-DF).

A proposta, que regulamenta as parcerias de longo prazo entre os setores público e privado, dá maior flexibilidade de atuação às instituições científicas, tecnológicas e de inovação (ICTs) e respectivas entidades de apoio. Uma das novidades é a possibilidade de dispensa de licitação, pela administração pública, nas contratações de serviços ou produtos inovadores de empresas de micro, pequeno e médio porte. A proposta também altera a Lei 8.666/93 para estabelecer nova hipótese de dispensa de licitação, para a contratação de bens e serviços destinados a atividades de pesquisa e desenvolvimento. Leia mais.

Modernização

Para a presidenta da SBPC, Helena Nader, o País acaba de dar o primeiro passo para a modernidade. Ela disse que a aprovação é uma boa notícia tanto para a comunidade científica quanto para o setor empresarial que quer fazer ciência. 

"Essa legislação foi discutida com todos os segmentos e é o que vai colocar a ciência, tecnologia e inovação brasileira no mundo moderno. Ela deixa de forma clara que é importante e relevante uma parceria público-privada entre universidades e setor produtivo, tudo de uma forma transparente", comentou.

Na avaliação de Helena, o Brasil já possui várias peças legais que não eram ruins, mas dependiam muito de interpretações, que estavam dando margem à autuação de instituições de pesquisa e universidades pelos órgãos fiscalizadores.

Ela lembrou que a primeira grande ocorreu na mudança ocorreu com a Emenda 85, no fim do ano passado. "Com a mudança da Constituição e a aprovação dessa lei nova nós vamos ter muito claro como se faz a parceria transparente entre a iniciativa universitária, pública, institutos de pesquisa com o empresariado", disse. "Isso é que levou os Estados Unidos a chegar aonde chegou. A China já faz isso, na Coreia é tradição e aqui no Brasil estava sendo interpretado errado."

Destravamento

O ministro Pansera prevê que a nova legislação, quando o Projeto for sancionado, promoverá um "destravamento" da área com forte impacto nossos próximos anos, impulsionando parcerias entre a iniciativa privada e o setor público. "Ela dará garantia às empresas que investirem em inovação, o que tende a ampliar o investimento delas na área", pontuou.

A seu ver, o marco legal também dá mais segurança ao governo. "Ele sabe que agora os institutos, os centros de pesquisa, os laboratórios das universidades poderão se dedicar mais à pesquisa de ponta, particularmente aquela voltada para a geração de produtos, de equipamentos, de alimentos – enfim, de riqueza e emprego, e alavancagem do Brasil como referência mundial na área de produção de patentes", observou.

O titular do MCTI destacou as reuniões com o presidente do Senado e com os relatores para pedir agilidade na análise e evitar alterações de conteúdo, que fariam a proposição voltar à apreciação da Câmara. "Explicamos a eles a importância do Projeto e como era importante que não houvesse o emendamento", relatou. "Porque ele é fruto do trabalho de muitos anos entre a Academia Brasileira de Ciências [ABC], a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência [SBPC], enfim, os cientistas brasileiros, junto à Câmara dos Deputados. Esse acúmulo de ideias estava refletido no texto."

Para Pansera, a votação fecha 2015 "com chave de ouro" na área de CT&I.

Modernização

Para a presidenta da SBPC, Helena Nader, o País acaba de dar o primeiro passo para a modernidade. Ela disse que a aprovação é uma boa notícia tanto para a comunidade científica quanto para o setor empresarial que quer fazer ciência.

"Essa legislação foi discutida com todos os segmentos e é o que vai colocar a ciência, tecnologia e inovação brasileira no mundo moderno. Ela deixa de forma clara que é importante e relevante uma parceria público-privada entre universidades e setor produtivo, tudo de uma forma transparente", comentou.

Na avaliação de Helena, o Brasil já possui várias peças legais que não eram ruins, mas dependiam muito de interpretações, que estavam dando margem à autuação de instituições de pesquisa e universidades pelos órgãos fiscalizadores.

Ela lembrou que a primeira grande ocorreu com a Emenda 85, no fim do ano passado. "Com a mudança da Constituição e a aprovação dessa lei nova nós vamos ter muito claro como se faz a parceria transparente entre a iniciativa universitária, pública, institutos de pesquisa com o empresariado", disse. "Isso é que levou os Estados Unidos a chegar aonde chegaram. A China já faz isso, na Coreia é tradição e aqui no Brasil estava sendo interpretado errado."


Fonte: Site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)

Comentário: Bom leitor faço das palavras de esperança da Presidenta da SBPC, a Dra. Helena Nader, as minhas palavras, porem quero ver na pratica. Não adianta nada ter um Marco Legal se a atitude e mentalidade do desgoverno e da classe política continuarem da mesma forma. Vale dizer leitor que o fato deste Marco Legal ter como um de seus relatores o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), nos dá uma maior garantia de ter sido elaborado com competência, mas só o tempo dirá se o mesmo será implementado da forma que se espera. Sinceramente Dra. Henena Nader eu duvido, mas vou ficar na torcida.

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