Projetos Estratégicos de Defesa Não Podem Ter Cortes Orçamentários, Defende CRE
Olá leitor!
Segue uma notícia postada ontem (10/12) no site do “Senado
Federal” destacando que a Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado
aprovou nesta quinta-feira (10) relatório do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES)
com um diagnóstico das políticas públicas
brasileiras relacionadas à Indústria Nacional de Defesa, relatório este que
defende que Projetos Estratégicos de Defesa (ao incluídos os do PEB) não podem
ter cortes orçamentários.
Duda Falcão
SENADO – NOTÍCIAS
Projetos Estratégicos de Defesa Não Podem
Ter Cortes Orçamentários, Defende CRE
Anderson Vieira
Agência Senado
10/12/2015, 13h17
Atualizado em 10/12/2015, 16h42
Foto: Pedro França/Agência
Senado
“Não se deu a devida atenção a um setor essencial à nossa
soberania”, disse Ferraço, autor do relatório aprovado pela comissão.
|
A Comissão de Relações Exteriores (CRE) aprovou nesta quinta-feira (10) relatório do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES)
com um diagnóstico das políticas
públicas brasileiras relacionadas à indústria nacional de defesa.
A
situação do setor, segundo o parlamentar, é crítica, agravada principalmente
pela falta de planejamento e pela crise econômica, que tem levado a sucessivos
cortes orçamentários. De acordo com documento aprovado pela comissão, é preciso rever a destinação orçamentária para os projetos estratégicos, "que não
podem ficar à mercê de contingenciamentos".
-
Cortes atingiram projetos estratégicos, que foram cancelados, suspensos ou
adiados. A indústria nacional de defesa sofreu com isso, e nossa capacidade de
produção acabou comprometida. Não se deu a devida atenção a um setor essencial
à nossa soberania - afirmou Ferraço.
Na
opinião do parlamentar, "parece
faltar ao governo a percepção clara de que investimentos em defesa e nos
projetos estratégicos trarão significativos benefícios à sociedade. Seja
exportando equipamentos, seja fortalecendo empresas brasileiras, seja
aumentando a segurança".
Ucrânia
O
senador aproveitou para sugerir ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma
auditoria no acordo Brasil-Ucrânia para o lançamento de um satélite da base de
Alcântara, no Maranhão. A sugestão virou um requerimento, que foi aprovado pela
comissão.
- O contribuinte brasileiro, por meio do governo,
investiu R$ 1 bilhão no negócio. O acordo foi suspenso e é preciso apurar as
responsabilidades com relação a esse enorme prejuízo, causado pela total
ausência de planejamento - afirmou.
Vigilância
A
iniciativa de analisar a política brasileira de defesa obedece à Resolução 44/2013 do Senado. Ela determina que, de
acordo com a sua área de competência, as comissões permanentes selecionem, para
serem avaliadas, políticas públicas desenvolvidas no âmbito do Poder Executivo.
Conforme
a resolução, a escolha do
setor a ser avaliado, a cada ano, deve ocorrer até o último dia útil de março.
No fim de cada sessão legislativa (que corresponde ao ano legislativo), o
relatório com a conclusão da análise deve ser apresentado e votado.
O
relatório aprovado nesta quinta-feira pela CRE será levado pelos senadores ao
ministro da Defesa, Aldo Rebelo.
Veja
abaixo alguns dos principais pontos do relatório.
Impactos Negativos dos Cortes Orçamentários
- Redução da capacidade
operacional das Forças Armadas para emprego em grandes eventos, como as
Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016
- Comprometimento na
qualidade e nos prazos de entrega dos produtos
- Perda da capacidade de
investimento na base industrial de defesa
- Ampliação do hiato
tecnológico existente na produção de material de defesa
- Extinção de empregos
diretos e indiretos em tecnologia e infraestrutura
- Diminuição da capacidade
de combate aos delitos ambientais e transfronteiriços
- Atraso nos projetos
Recomendações do Parecer Aprovado pela CRE
- Criação de um Fundo
Nacional de Defesa, vinculado ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico e gerido pelo Ministério da Defesa
- Envio ao Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de solicitação para que sejam
estabelecidas linhas de ação para a área de defesa junto ao BNDES
- Criação, no âmbito do
Senado, de grupo de trabalho permanente que acompanhe matérias referentes à
base industrial de defesa
- Condicionamento do
início de novos projetos à garantia de destinação de recursos para a
continuidade dos projetos estratégicos de defesa em curso
- Envio obrigatório dos
dados sistematizados referentes aos projetos estratégicos das Forças Armadas ao
Congresso Nacional, com periodicidade mínima anual, para que eles possam ser
acompanhados
- Prioridade para os
projetos estratégicos
- Ação conjunta entre
governo e Congresso para aprovação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas
(AST), assinado com os EUA, para viabilizar o uso da Base de Alcântara por
empresas privadas americanas.
Fonte: Site do Senado Federal –
http://www12.senado.gov.br
Comentário: Senador Ricardo Ferraço eu nunca ouvi falar do senhor e sinceramente
espero que toda essa cena protagonizada pelo senhor e pela CRE com este relatório
não seja mais uma palhaçada esquecida daqui algum tempo em alguma gaveta do
Senado, como ocorreu com o estudo realizado pelo Conselho de Altos Estudos para o Programa
Espacial Brasileiro
da Câmara Federal, relatado na época pelo então Deputado Rodrigo
Rollemberg (PSBDF), hoje Senador. Todos os problemas, dificuldades e soluções para o setor Aeroespacial que estavam neste estudo são conhecidos e relatados pela comunidade
de Defesa e Aeroespacial há mais de trinta anos (ou seja não são de agora) em diversas audiências publicas
(incontáveis por sinal, tanto no Senado como na Câmara), em encontros fechados
entre profissionais e políticos diversos, em visitas de parlamentares aos
diversos ambientes científicos e tecnológicos envolvidos com estes setores, em diversos
seminários realizados com a presença de parlamentares que se diziam
comprometidos com esta luta e o escabau a quatro. Antes de taxa-lo como mais um
palhaço mentiroso e de sua Comissão de fantasiosa que só querem aparecer, em respeito ao Senador Cristovam Buarque
(este um parlamentar serio é que merece todo o nosso respeito) que aparece no
vídeo que acompanha esta noticia, vou dar-lhe e a sua Comissão (por enquanto) algum crédito. Faça-o por merecer não
sumindo tão rápido quanto apareceu e cobrando deste desgoverno de merda por resultados.
Comentários
Postar um comentário