Odebrecht Faz Ajustes Para Enfrentar Cortes de Verbas
Olá leitor!
Segue abaixo
mais uma matéria da jornalista Virgínia Silveira postada dia (30/04) no site
do jornal “Valor Econômico” destacando
que a Odebrecht faz ajustes para enfrentar
cortes de verbas.
Duda Falcão
EMPRESAS
Odebrecht Faz Ajustes Para
Enfrentar Cortes de Verbas
Virgínia
Silveira
Valor Econômico
30/04/2015 - 05:00
Diante de um cenário de incertezas e restrições
orçamentárias, a Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) precisou fazer alguns
ajustes para enfrentar os desdobramentos da crise econômica e política vivida
pelo país. No segundo semestre do ano passado reduziu 100 postos de trabalho,
numero que o presidente da companhia, André Amaro, considera suficiente para a empresa
prosseguir na execução dos projetos de acordo com a disponibilidade de
recursos.
Permanecer na defesa no momento da crise,
segundo o executivo, é natural para uma empresa que está comprometida com os
projetos estratégicos do país no longo prazo. “Nos últimos quatro anos
investimos R$ 400 milhões nos programas de defesa”, disse.
O investimento, segundo Amaro, foi uma resposta
da empresa às diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa (END), aprovada em
2008, e que apontava para uma agressividade de investimentos no setor. “Nos
mobilizamos para atender às expectativas do governo naquele momento. Este ano,
porém, o foco será na execução e eficiência dos contratos atuais”.
A empresa lidera a participação brasileira
no programa de desenvolvimento de submarinos (PROSUB) para a Marinha, orçado em
R$ 23 bilhões. Junto com a francesa DCNS, ela controla a Itaguaí Construções
Navais (ICN), que está construindo dois estaleiros e uma base naval no
município de Itaguaí, no Rio de Janeiro.
No
próximo ano, os dois estaleiros darão início â construção de quatro submarinos
de propulsão convencional e um nuclear, além da infraestrutura necessária à
produção e manutenção dos equipamentos.
Os submarinos que serão construídos no
Brasil, explica o executivo, terão mais de 36 mil itens produzidos no país,
formando uma cadeia produtiva composta por mais de 30 empresas. O pico da mão
de obra está previsto para ocorrer em 2017, com a geração de 1875 empregos, entre
diretos e indiretos. Desde o início do projeto, em 2010, 243 engenheiros, técnicos
e operários brasileiros foram capacitados nos estaleiros da DCNS na França.
Empresa lidera participação do país no
programa de
submarinos para Marinha, orçado em R$ 23
milhões
O PROSUB, segundo Amaro, é praticamente o
único projeto da Odebrecht que tem conseguido avançar de acordo com o
cronograma estabelecido. “Não desmobilizamos as equipes do PROSUB, hoje em
torno de 1200 pessoas”.
“Em 2014, a empresa teve 50% de corte nos
recursos previstos para projetos na área de defesa e, para este ano, está
previsto mais 30% de redução em relação ao contrato original”, destacou.
O executivo admite que precisou fundir
equipes de alguns programas, pois, segundo ele, não adianta correr com os
projetos se não há recursos. Em outros casos, como o da Plataforma Multimissão,
por exemplo, uma estrutura única que será utilizada para vários satélites do
programa espacial brasileiro, Amaro diz que os custos do projeto são muito
inferiores ao “benchmarking” internacional.
“Ainda não temos orçamento condizente com
os desafios tecnológicos que são impostos. Na comparação internacional, as
diferenças chegam a ser de um para seis”, disse. A PMM é desenvolvida por um
consórcio formado por mais três empresas, além da MECTRON, braço tecnológico da
ODT: Atech, do grupo Embraer, e Equatorial, do grupo Airbus e Cenic. A MECTRON
ficou responsável pelo desenvolvimento do subsistema de suprimento de energia e
de telemetria e telecomando da plataforma.
Outro projeto que tem representado um
grande desafio tecnológico para MECTRON, segundo Amaro, é o desenvolvimento do
LinK BR-2, um sistema de comunicação segura por enlace de dados (data link).
Segundo Amaro, em 2014, a MECTRON recebeu R$ 38 milhões para o projeto, que
tinha previsão orçamentária de R$ 60 milhões. “Para este ano estamos esperando
algo em torno de R$ 20 milhões”, disse.
Ainda junto com a MECTRON, a ODT também
participa de outros projetos da defesa, como o Mansup (míssil
superfície-superfície antinavio) para Marinha, os mísseis ar ar de curto alcance
MAA-1B e o MAR antiradiação para a FAB.
Fonte: Jornal
Valor Econômico - 30/04/2013
Comentário:
Pois é leitor, como você mesmo pode notar, apesar da situação econômica difícil
que o país enfrenta hoje (e não se pode esquecer, fruto de uma administração
desastrosa onde sua protagonista além de irresponsável é uma completa
debiloide) o Setor de Defesa continua recebendo recursos muito superiores aos
recursos repassados para o Setor Espacial. E o que mais preocupa, é a
passividade do COMAER e das instituições envolvidas com a área espacial do país,
já que a situação é gravíssima e todo setor corre o real e extremo risco de
acabar sendo assimilado pelas raposas estrangeiras que estão entrando no
mercado brasileiro diante de um governo omisso, incompetente e conivente, num
universo que se for investigado poderá gerar muita lama. Neste quadro desastroso
em que se encontra o PEB e todo setor espacial nacional, até mesmo o único
produto espacial brasileiro certificado internacionalmente e fartamente
utilizado na Europa, ou seja, o foguete VSB-30, pasmem, está correndo o risco
de ser desnacionalizado. Comenta-se nos bastidores que devido à falta de
compromisso do Governo Brasileiro com a industrialização deste foguete (algo
que já deveria ter ocorrido) gerando incertezas na Europa sobre a capacidade do
Brasil de continuar fornecendo este foguete para os projetos europeus em curso
e os futuros, já existe o interesse de alguns profissionais alemães em produzir
este foguete em território Europeu. Fala-se inclusive que, um importante e
conhecido profissional do DLR (não citarei nomes) que está se aposentando da
Agência Espacial Alemã já pensa na criação de uma empresa para produzir este
foguete na Europa. Ora leitor, vale chamar atenção que o interesse alemão
aliado à conhecida irresponsabilidade e ao descaso desta classe de políticos
corruptos e energúmenos que militam em Brasília, e a já visível passividade do
COMAER em toda esta situação, é a mistura necessária para que o nosso foguete
seja desnacionalizado e entregue de bandeja aos alemães por essa gente. Portanto,
não sejam surpreendidos se isto vier acontecer nos próximos dois anos. Aproveitando a oportunidade, alguém viu o Braga Coelho?
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