Nanotubos Treinados Fazem Computação Sem Transistores
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada ontem (04/05) no site
“Inovação Tecnológica” destacando que trabalho
pioneiro desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos
(IFSC) da USP, em parceria com colegas da Universidade Durham do Reino Unido, fazem
computação sem transistores com Nanotubos treinados.
Duda Falcão
ELETRÔNICA
Nanotubos Treinados Fazem
Computação Sem Transistores
Com informações do IFSC
04/05/2015
[Imagem: Mark Massey/Durham University]
Conforme os cristais líquidos se alinham com os campos
elétricos,
eles ajudam a alinhar os nanotubos, alterando a estrutura elétrica
do material, que "aprende" a fazer cálculos computacionais.
Veja mais
em - Computação com nanotubos usa "evolução na matéria".
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Evolução
na Matéria
Um trabalho pioneiro,
desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da
USP, em parceria com colegas da Universidade Durham, no Reino Unido, está
usando um novo paradigma para construir e miniaturizar dispositivos para o
processamento de informações.
Apelidada de "evolução na matéria",
essa nova técnica de realização de cálculos foi anunciada há poucos dias aqui
no Site Inovação Tecnológica.
Agora, o pesquisador
Diogo Volpati, do IFSC, principal autor do trabalho, dá novas informações sobre
o que já foi feito e os planos futuros da equipe.
Eletrônica Sem Transistores
A ideia é construir
circuitos eletrônicos sem a necessidade de montar cuidadosa e organizadamente
componentes individuais, os conhecidos transistores.
Para isso, a equipe
está desenvolvendo algoritmos evolutivos que controlam o envio de pulsos
elétricos para compostos à base de nanotubos de carbono dispersos em polímeros
ou cristais líquidos, alterando sua estrutura e, por decorrência, seu
comportamento elétrico e eletrônico.
Comparando cada pulso
elétrico de entrada com a saída do material, o algoritmo vai ajustando os
estímulos para obter as saídas desejadas.
Ou seja, a evolução na matéria permite
que os nanotubos sejam "treinados" através dos estímulos elétricos,
calculados com precisão pelo algoritmo computacional evolutivo.
"Ao mesmo tempo
em que eu altero as propriedades dos nanotubos aplicando estímulos elétricos em
suas diferentes regiões de acordo com um algoritmo evolutivo, outro programa de
computador executa uma determinada tarefa computacional através da rede de
nanotubos. Só encerro o algoritmo evolutivo quando os nanotubos estiverem
'treinados', permitindo que o compósito execute a tarefa computacional
designada," explica o professor Diogo.
[Imagem: IFSC]
Diogo Volpati está à frente dos experimentos para
"ensinar"
os nanotubos a fazer computação sem usar transistores.
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Computação Sem Transistores
O trabalho teve início em 2014, e a equipe já está fornecendo os
materiais para que eles sejam testados por vários colaboradores europeus da
área de "ciências da computação sem transistores".
A próxima fase do trabalho será criar um circuito real, porém,
substituindo o polímero por cristais líquidos, uma vez que esses materiais
habilitam os movimentos dos nanotubos de carbono dispersos na rede de cristais
líquidos.
"Nosso principal objetivo é modificar as propriedades locais do
material alterando a orientação espacial inicial dos nanotubos, para que eles
executem as tarefas computacionais," ressalta Diogo.
Bibliografia:
Computing with Carbon Nanotubes: Optimization of Threshold Logic Gates
using Disordered Nanotube/Polymer Composites
M. K. Massey, A. Kotsialos, F. Qaiser, D. A. Zeze, C. Pearson, D.
Volpati, L. Bowen, M. C. Petty
Journal of Applied Physics
Vol.: 117, 134903
DOI: 10.1063/1.4915343
Exploring the alignment of carbon nanotubes dispersed in a liquid
crystal matrix using coplanar electrodes
Diogo Volpati, M. K. Massey, D. W. Johnson, A. Kotsialos, F. Qaiser, C.
Pearson, K. S. Coleman, G. Tiburzi, D. A. Zeze, M. C. Petty
Journal of Applied Physics
Vol.: 117, 125303
DOI: 10.1063/1.4916080
Fonte: Site Inovação Tecnológica - http://www.inovacaotecnologica.com.br/
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