Plenário Aprova Entrada do Brasil em Organização Europeia de Astronomia
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria publicada hoje (15/05) no “Jornal
do Senado” destacando que o plenário aprovou a entrada do Brasil na
Organização Europeia de Astronomia.
Duda Falcão
Plenário Aprova Entrada do Brasil em
Organização Europeia
de Astronomia
País investirá 270 milhões de euros até 2021 para aderir
ao Observatório
Europeu do Sul e será coproprietário do maior telescópio
do mundo.
Jornal do Senado
15/05/2015
O Plenário do Senado aprovou ontem a adesão do Brasil à
convenção que estabelece a Organização Europeia para a Pesquisa Astronômica no
Hemisfério Austral, assinado em Brasília em 2010. Ao ratificar o acordo, o
Brasil se torna o 15º país- -membro, sendo o primeiro não europeu, do
Observatório Europeu do Sul (ESO, sigla em inglês para European Southern
Observatory).
O ESO, com sede na Alemanha, é dedicado ao estudo do
hemisfério celeste austral ou sul, localizado entre a linha do Equador e o Polo
Sul. A organização opera três observatórios de ponta na região do deserto de
Atacama, no Chile: La Silla, Paranal e Chajnantor.
O observatório detém a mais importante infraestrutura do
mundo nas áreas de astrofí- sica, cosmologia, astronomia ótica e do
infravermelho, com patrimônio superior a 2 bilhões de euros.
Segundo a mensagem do Executivo aprovada na forma do
Projeto de Decreto Legislativo (PDS) 37/2015, o Brasil estará em condição de igualdade
com os demais membros.
O Brasil deverá participar da construção e será
coproprietário do maior telescópio óptico do mundo, que será instalado na
montanha de Cerro Armazones, no deserto do Atacama, norte do Chile. O
supertelescópio deverá começar a funcionar na próxima década. Ele terá cerca de
40 metros de diâmetro e será o maior do mundo para observa- ções diretas e
infravermelhas.
Como contrapartida, o país deverá, até 2021, investir 270
milhões de euros, sendo 130 milhões de euros de taxa de adesão — a ser paga em
11 parcelas — e 140 milhões de euros a título de anuidade, calculada
proporcionalmente à receita nacional líquida do país-membro.
No entanto, quanto à construção do Telescópio
Extremamente Grande, o E-ELT (sigla em inglês para European Extremely Large
Telescope), o Brasil estará isento de aportar a cota relativa à chamada
contribuição adicional, cujo valor planejado é de 250 milhões de euros.
Antes de ir ao Plenário, o texto do acordo foi aprovado,
também ontem, na Comissão de Relações Exteriores (CRE), que acatou parecer
favorável do relator, Lasier Martins (PDT-RS).
O senador ressaltou que, embora o acordo represente um
investimento a longo prazo em ciência e tecnologia, poderá dar retorno ao país
desde já. Para ele, a demora na conclusão do processo de adesão implica perdas
do ponto de vista financeiro e de conhecimento por parte da indústria brasileira
e da comunidade científica.
Lasier destacou a participação do Brasil na construção do
Telescópio Extremamente Grande. — Se o Brasil não finalizar o processo de
adesão o quanto antes, poderá ficar fora do empreendimento — alertou.
Fonte: Jornal do Senado - 15/05/2015
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