DETER Estimam 362 km² de Corte Raso na Amazônia Entre Três Meses
Olá leitor!
Segue abaixo uma incessante nota postada hoje (29/05) no
site da Agência Espacial Brasileira (AEB), destacando que o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo
Real (DETER) do INPE estimou 362 km² de
corte raso na Amazônia entre três meses.
Duda Falcão
DETER Estimam 362 km² de
Corte Raso
na Amazônia Entre Três Meses
INPE
Brasília, 29
de maio de 2015 – No trimestre de fevereiro, março e abril, os alertas de alteração na
cobertura florestal por corte raso e degradação na Amazônia somaram 550 km².
Deste total, estima-se que 362 km² são de áreas de desmatamento por corte raso
e 180 km² correspondem à degradação florestal, conforme registro do Sistema de
Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER) do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE).
Baseado em dados
de satélites de resolução moderada (250 m), o Deter é uma ferramenta de suporte
à fiscalização de desmatamento e demais alterações na cobertura florestal
ilegais, prioritariamente orientado para as necessidades do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
As imagens são
analisadas e em prazo de até cinco dias após a passagem do satélite mapas de
Alertas de alteração na cobertura florestal são enviados ao IBAMA. Os alertas
podem se referir indistintamente ao desmatamento propriamente dito, quando há a
remoção drástica da cobertura florestal por corte raso, e também a eventos de
degradação florestal, que podem ser exploração madeireira por corte seletivo,
preparação da área para o corte raso, localmente denominada brocagem, ou
cicatrizes de incêndio florestal.
Os resultados do
Deter devem ser analisados em conjunto com as informações sobre a cobertura de
nuvens, que afeta a observação por satélites. Em função da cobertura de nuvens
variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, o INPE não
recomenda a comparação entre dados de diferentes meses e anos obtidos pelo
sistema.
Corte Raso e
Degradação – Uma
validação dos dados é realizada regularmente pelo INPE desde 2008 e, como
resultado, obtém-se uma estimativa amostral da proporção de áreas de corte
raso, de degradação florestal e de falsos positivos.
A fatoração da
área de alerta em corte raso e em degradação florestal atende a uma solicitação
do IBAMA, ratificada por um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado em
novembro de 2014 entre as duas instituições. A fatoração pode ser aplicada toda
vez que houver dados de satélites de alta resolução (20-30 m) disponíveis no
mês em questão e com baixa cobertura de nuvens em quantidade suficiente para
cobrir ao menos 30% dos eventos de alertas e 30% de sua área total.
Conforme o ACT
firmado, a divulgação do Deter é referente a um trimestre, realizada no fim do
mês seguinte ao término do trimestre e, além dos relatórios de dados (1) e de
validação (2), o INPE divulga mapas da distribuição espacial das ocorrências de
alertas de cada mês deste trimestre agregados em células de 50 km X 50km (3) e
o mapa com os polígonos de alertas do trimestre anterior (4). O INPE também
fornece uma interface gráfica para a visualização dos dados e outras
informações sobre as alterações da cobertura florestal na Amazônia (5).
Sistema DETER – Realizado pela Coordenação de Observação
da Terra (OBT) do INPE, o DETER é um serviço de alerta de desmatamento e
degradação florestal na Amazônia Legal baseado em dados de satélite de alta
frequência de revisita.
Ele utiliza
imagens do sensor Modis do satélite Terra, com resolução espacial de 250
metros, que possibilitam detectar polígonos de desmatamento com área maior que
25 hectares. Nem todos os desmatamentos são identificados devido à ocorrência
de cobertura de nuvens.
Os alertas
produzidos foram concebidos e são produzidos para orientar a fiscalização do
desmatamento ilegal na Amazônia. Os mapas de alertas são enviados diariamente
ao IBAMA com a localização precisa de eventos de desmatamento e degradação
florestal e um indicativo de área que tem qualidade limitada pela resolução do
satélite, que permite representação acurada de área apenas para eventos de
tamanho superior a 100 ha.
Por isso, o INPE
não recomenda que os dados de área de alertas sejam utilizados como indicativo
do andamento da intensidade de desmatamento. Para medir esta intensidade o INPE
produz desde 1988 o mapa de desmatamento feito com imagens de resolução de 20 a
30 m (Landsat, CCD/CBERS, LISS3/ResourceSAT, DMC e Spot). Deste mapa o INPE
calcula a taxa de desmatamento anual em km² medida pelo PRODES.
A menor
resolução dos sensores usados pelo DETER é compensada pela capacidade de
observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar
rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos.
Este sistema
registra tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa
retirada da floresta nativa, quanto áreas com evidência de degradação
decorrente de extração de madeira, preparação para desmatamento (brocagem) ou
incêndios florestais, que podem ser parte do processo de desmatamento na
região.
A cada
divulgação sobre o sistema de alerta DETER, o INPE apresenta ainda um relatório
de avaliação amostral dos dados. Os relatórios, assim como demais dados
relativos ao Deter, podem ser consultados em www.obt.inpe.br/deter.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
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