Brasil Estudará Proposta de Parceria com Airbus Para Lançamento de Satélites
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (12/05) no site da
RFI Francesa em Português destacando que o Brasil estudará proposta de parceria
com Airbus para lançamento de satélites.
Duda Falcão
BRASIL / ECONOMIA
Brasil Estudará Proposta de Parceria Com
Airbus Para
Lançamento de Satélites
Gabriel Rocha Gaspar
RFI em Português
12 de maio de 2015
Atualizado em 12 de Maio de 2015
Wikipedia/CreativeCommons
Ministro da Defesa diz que Brasil vai dar
continuidade à
luta contra a espionagem.
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A
Airbus pretende costurar uma parceria com empresas brasileiras para entrar no mercado
de lançamento de satélites de pequeno porte, a partir da base de Alcântara, no
Maranhão. Atualmente, a instalação é usada para lançar foguetes ucranianos,
numa parceria que a presidenta Dilma Rousseff optou por interromper, por
considerar pouco vantajosa. O
ministro da Defesa, Jaques Wagner, que está em visita oficial à França,
conversou com a companhia europeia nesta terça-feira (12) e prometeu apresentar
ao empresariado brasileiro a proposta de criação da joint venture.
O
interesse da Airbus em uma cooperação deste tipo existiria desde 2009 - bem
antes, portanto, de vir a público a vontade do governo brasileiro de
descontinuar um acordo bilateral com a Ucrânia, ainda formalmente em vigor. A
interrupção desse contrato foi pedida há pouco mais de um mês pela presidenta
Dilma Rousseff, sob a alegação de que o acordo tinha mais custos do que
benefícios.
Anulada
a parceria, as instalações de Alcântara, no Maranhão, ficam disponíveis para
outros usos. A estrutura é particularmente cobiçada por sua posição equatorial,
o que diminui o gasto com combustível, já que os satélites de comunicação
circulam em órbitas paralelas à linha do Equador. Outras propostas de uso
comercial de Alcântara devem aparecer - os Estados Unidos, concorrentes dos
franceses no setor aerospacial, são grandes interessados.
"A
reunião de hoje de manhã (com a Airbus) era nesse caminho", explicou o
ministro, esclarecendo que "eles estão falando de lançadores de menor
capacidade, mas para satélites que hoje são muito demandados, que são os satélites
de observação, usando a estrutura brasileira".
Vantagens Para os Dois Lados
Para
a companhia europeia, a vantagem de uma joint venture com o Brasil seria o
potencial de concorrer no mercado de satélites de até 700 kg, que orbitam a 700
km de altitude. Atualmente, a empresa se especializa em satélites
geoestacionários de grande porte. "Eu acho que seria um ganho grande para
nós (...) porque eles querem fazer via Embraer", avaliou Jaques Wagner.
Além
disso, na Europa, os franceses não têm mais possibilidades de parcerias e
enfrentam a concorrência de players agressivos, como os próprios Estados
Unidos, a China e a Rússia. O Brasil apareceria como uma ótima alternativa, num
programa que previsse transferência de tecnologia e desenvolvimento de
infra-estrutura local, ao contrário do que acontece no caso do acordo
ucraniano.
A
conversa, no entanto, foi "absolutamente prospectiva". "Eu acho
que foi demonstrado um interesse verdadeiro. (...) Eu disse a eles que vou
levar o dever de casa. Vamos chegar lá e vamos reunir nossa equipe para saber o
que há de real e falar. Porque tem de haver uma contraparte nossa. Se a
contraparte for uma estrutura empresarial, melhor ainda", afirmou Jaques
Wagner.
Ajuste Fiscal
O
ministro se disse satisfeito com o saldo da viagem de três dias, que contou com
visitas a usinas em Cannes e Cherbourg, onde estão sendo construídos os
submarinos brasileiros, além de uma bateria de reuniões com empresários. O
contexto, no entanto, não é dos melhores, dado o ajuste fiscal promovido pelo
governo, que cortou de quase metade do orçamento da Defesa para o primeiro
trimestre deste ano.
"Estamos
trabalhando na manutenção daquilo que já está contratado, eventualmente,
renegociando a velocidade de entrega em função exatamente desta questão
(orçamentária)", afirmou. Um dos contratos renegociados foi o do helicóptero
HX-BR. A previsão inicial era que a Airbus entregasse 13 equipamentos por ano,
mas, para reduzir o fluxo de caixa, esse número foi revisto para sete entregas
anuais, aumentando em dois anos o prazo inicial. Jaques Wagner garantiu
que nenhum programa será descontinuado.
"Creio
que, ao final de 2016, a gente já terá um horizonte mais confortável na área
orçamentária", estimou o ministro. "Falar agora de novas aquisições é
impossível". Na quarta-feira (13), Jaques Wagner se encontra com o
ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drien e embarca para Brasília ainda na
parte da manhã.
Fonte: Site da RFI francesa em português - 12/05/2015 - http://www.portugues.rfi.fr
Comentário: Extremamente preocupante esta notícia leitor,
principalmente se levarmos em conta quem estará à frente de uma possível negociação
com a Airbus ou qualquer outra organização privada ou nação, já que além da conhecida
incompetência dessa gente, certamente o que motivará uma negociação como esta será
as questões políticas de interesse desses energúmenos petistas, ou quem sabe até
mesmo questões não tão nobres, quando na realidade as únicas questões que
deveriam nortear as negociações seriam as de ordem comercial e tecnológica que
favorecessem o país, e somente aquelas que não viesse oferecer riscos às operações comercias
dos futuros lançadores do país. Em outras palavras, vem mais merda por ai. Aproveitamos para agradecer
ao leitor Felipe Dias pelo envio desta notícia.
Tenho que concordar com seu comentário. Sempre que um acordo desses é costurado é para dar dinheiro para empresas estrangeiras em detrimento do nosso programa espacial, neste caso do programa nacional de lançadores de satélites... Espero que pelo menos desta vez(se assinarem algum acordo) eles tenham mais bom senso e não se esqueçam do desenvolvimento nacional em primeiro lugar.
ResponderExcluirabs,
Felipe Dias
Preocupante mesmo! pois esta joint venture não traz ao Brasil nenhuma vantagem.
ResponderExcluirA tecnologia continua ser estrangeira e o Brasil continuará a pagar caro por lançamentos.
Enfim, muita negociação, mas na verdade eles querem mesmo é acesso total a base, para realizar seus negócios com outros países e ganhar seus lucros.