Foguete a Fusão Nuclear Será Testado Este Ano
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada ontem (10/04) no site
“Inovação Tecnológica” destacando que um pesquisador da Universidade de Washington
com o apoio da NASA espera
testar um sistema inteiro de propulsão espacial a fusão nuclear a partir de
Julho ou Agosto deste ano.
Duda Falcão
Espaço
Foguete a Fusão Nuclear Será Testado Este Ano
Redação do Site Inovação Tecnológica
10/04/2013
Imagem: University
of Washington/MSNW
O conceito do motor a fusão nuclear para impulsionar espaçonaves será testado até meados deste ano em laboratório. |
Além da Terra
Vários
experimentos vêm tentando transformar a fusão nuclear em uma
fonte de energia limpa que liberte a Terra dos danos impostos por fontes
sujas e poluentes, como petróleo e usinas nucleares a fissão.
Mas
o Dr. John Slough quer libertar é o homem da própria Terra, criando mecanismos
de levá-lo às profundezas do espaço.
"É
quase impossível para os humanos explorar muito além da Terra usando os atuais
foguetes químicos. Nós esperamos criar uma fonte de energia para o espaço muito
mais poderosa, que eventualmente tornará as viagens interplanetárias uma coisa
comum," disse o pesquisador da Universidade de Washington, nos Estados
Unidos.
Para
isso, ele idealizou um novo tipo de foguete movido a fusão nuclear, a mesma
energia que alimenta as estrelas.
A
ideia ganhou o apoio da NASA, através de seu Programa de Conceitos Inovadores
Avançados, que pediu ao pesquisador o detalhamento do que seria necessário para
uma viagem a Marte,
incluindo uma simulação para avaliação dos resultados do motor a fusão.
Slough
calculou o que seria necessário - e os riscos envolvidos - de uma missão a
Marte que durasse 30 dias, e outra com duração de 90 dias.
Motor a Fusão Nuclear para Foguetes
O
grupo de Slough desenvolveu um tipo de plasma encapsulado em seu próprio campo
magnético. A fusão nuclear deverá ocorre quando este plasma for comprimido a
uma alta pressão.
O
projeto consiste em fazer com que um forte campo magnético imploda anéis
metálicos - a proposta é usar anéis de lítio - ao redor desse plasma, fazendo-o
atingir uma pressão suficiente para iniciar a fusão.
Os
anéis se fundem para formar uma concha que dá a ignição para a fusão nuclear,
mas esta dura apenas alguns poucos microssegundos, devido à pequena quantidade
de combustível.
Ainda
que a própria compressão seja muito curta, quase instantânea, a energia
liberada é suficiente para gerar calor e ionizar a concha metálica a
temperaturas altíssimas.
É este metal ionizado que é ejetado em alta velocidade
pelo bocal do foguete, impulsionando a nave.
O processo deverá ser repetido de minuto em minuto, um
tempo que poderá variar, dependendo da velocidade que se deseja desenvolver,
criando um motor à fusão nuclear pulsado.
Quando estiver próximo ao destino, bastará virar a nave
ao contrário, para que o motor funcione como um freio.
Imagem: University of Washington/MSNW
O principal elemento do processo - a fusão dos anéis metálicos para formar uma concha ao redor do plasma - já foi demonstrado experimentalmente no laboratório de plasma da Universidade de Washington. |
Fusão Nuclear Com Data Marcada
A
diferença em relação aos experimentos tradicionais de fusão nuclear é que, para
gerar o impulso necessário para movimentar um foguete, é necessária uma
quantidade muito pequena de energia.
Segundo
os cálculos, uma quantidade do plasma magneticamente autocontido do tamanho de
um grão de areia teria a mesma energia contida em 3,8 litros de combustível
químico para foguetes.
"Eu
acredito que todo o mundo ficou feliz em ver a confirmação do principal
mecanismo que nós estamos usando para comprimir o plasma. Esperamos poder
atrair o interesse do mundo com o fato de que a fusão nuclear não está mais a
40 anos no futuro e não vai custar bilhões de dólares," disse Slough.
Embora
ainda estejamos longe de domar a fusão
nuclear para geração de energia, a equipe de Slough afirma já ter testado
em laboratório, separadamente, cada uma das etapas do motor a fusão nuclear - o
que é necessário agora é juntar tudo para ver se funciona de verdade.
Segundo
o pesquisador, com o financiamento recebido da NASA, ele espera testar o
sistema inteiro de propulsão a fusão nuclear a partir de Julho ou Agosto deste
ano.
Fonte: Site Inovação Tecnológica
Comentário: Essa notícia é fantástica e mais uma vez
serve de alerta para a sociedade brasileira. Enquanto o mundo avança com as
atividades espaciais (empresas de turismo são criadas e já oferecem pacotes turísticos
no espaço, empresas de mineração espacial são criadas, novas tecnologias de propulsão
espacial para a exploração tripulada e robótica do espaço profundo são criadas,
novas tecnologias de satélites de comunicação e observação da Terra são criadas,
missões tripuladas para LUA, Asteroides e para o planeta Marte são planejadas
por um número cada vez maior de nações e diversas áreas do conhecimento humano
são beneficiadas pelo investimento em atividades espaciais através do desenvolvimento
das chamadas tecnologias spin-off) no Brasil o governo DILMA ROUSSEFF brinca de
fazer programa espacial vendendo o mesmo como estratégico para sociedade e
boicotando seu orçamento ano após ano prejudicando sensivelmente o seu
desenvolvimento em prol de projetos e atitudes populista, muitas vezes
motivados por motivos escusos. Gente é preciso fazer algo urgente para dar um
basta nessa cultura política no Brasil. E não me refiro exclusivamente ao PEB e
a Ciência e Tecnologia brasileira, já que o desenvolvimento do país é todo
afetado por essa gente inescrupulosa, verdadeiras ervas daninhas que prejudicam
sensivelmente o nosso país. A sociedade brasileira precisa entender que para
nos tornamos uma verdadeira nação respeitada mundialmente será preciso mudar a
nossa cultura política. Não há como construir uma nação sem a participação de
todos, sem o entendimento do que seja cidadania, sem tomar decisões políticas
que nem sempre são populares, mas que são extremamente necessárias para dar um
rumo sério e comprometido com o futuro. Não se planeja uma nação em curto prazo,
nem mesmo em médio prazo, principalmente em um país com as dimensões territoriais
do Brasil e suas diversidades culturais. Planejamento é algo muito sério, leva
tempo, e só funciona com o comprometimento de seus planejadores na busca por
atingir as metas estabelecidas. Sinceramente leitor não tenho mais esperança nesse
país. Que tremendo desperdício, para não dizer coisa pior.
" ALGUNS PASSOS PARA O FUTURO"
ResponderExcluirTalvez não sejam no ritimo desejado que os mais sépticos ousariam em profetizar, o que plantamos dentre esses 50 anos de luta e dedicação para aqueles que estão preucupados realmente com o futuro do BRASIL. E exemplo que a ÍNDIA e a CHINA, sairam depois da gente, como poderão se transformar em duas nações prospéras no tocante aos avanços conquistados?
Na atualidade as conquistas até então evidenciadas por todos nós, ainda é pouco para o tempo de nascimento do PEB. Queremos mais, muito mais! queremos ter orgulho em ser testemunhas dos lançamentos dos nossos foguetes conduzindo BRASONAUTAS, SATÉLITES em MISSÕES que POUSEM em MARTE, por que não NA LUA, queremos observar alguém encravando a nossa BANDEIRA Azul, Verde, Amarela e Branca na superfície de SELEN.
Pessoal! trata-se de um tipo de VIROS da conquista espacial, que contagia todos nós, amantes do PEB.
Os pessimistas que moram em BR, se queixa do forte vento que levou o dinheiro que seria investido no PEB, os cientistas que fazem mágica é representado pelos times de otimistas que tentam no INPE, reverter a circulação da massa de ar , para o retorno das massas de ar que lezeram nossas divisas, e os realistas que representam nós, ajustam as velas , para que um dia possamos orbitar também com júbilo, nossos navios em torno da mãe terra."
Gostaria de saber como andarão os avanços no projeto Terra, que seria um projeto semelhante a esse. Os EUA ainda a frente nessa linha de pesquisa. Mas folgo saber que pelo menos temos um projeto dentro dessa mesma área, apesar de não termos alguns estimulos ou metas tão concretas, como a viagem tripulada até Marte que os EUA procurarão fazer em menos de 2 décadas.
ResponderExcluirOlá Israel!
ExcluirÉ verdade amigo, nos temos o PROJETO TERRA, graças aos esforços da valorosa equipe do Dr. Lamartine Guimarães do Instituto de Estudos Avançados (IEAv). Em breve estaremos postando aqui uma entrevista com o Dr. Lamartine que esclarecerá para nossos leitores esse visionário PROJETO TERRA (Tecnologia de Reatores Rápidos Avançados).
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Estou aguardando essa entrevista, e com certeza nos atualizará um pouco sobre o rumo desses projetos.
ExcluirNo entano descobri que quem anda a frente dessa linha de pesquisa parece ser mesmo a China (que já tem um mini-reator ativo), a Africa do Sul, os EUA e o Japão, sendo que estes três últimos procuram comercializar esses mini-reatores (como pode ser visto aqui).
Não sei sinceramente quais são as intenções da China sobre aplicar esse tipo de tecnologia no espaço, mas sei que procuravam construir um navio movido a energia nuclear.
Muito bom o comentário expresso aqui. É triste ver que o Brasil está andando na contramão do desenvolvimento econômico e tecnológico.
ResponderExcluirComo eu disse em outras oportunidades...
ResponderExcluirO ideal para o Brasil a essa altura, seria:
1 - Finalmente, "fechar o ciclo" de missão espacial completa com o VLM-1 e um pequeno satélite totalmente nacional.
2 - Repetir o feito com um foguete do porte do VLM-1 movido a combustível líquido para dominar essa tecnologia.
3 - Colocar em andamento um projeto evolutivo desse lançador de forma mais independente e focada, com muita participação do setor privado, preferencialmente nacional.
4 - Finalmente liberar o setor de pesquisas para esse tipo de tecnologia mencionada no artigo, e outras do gênero ou além, pois já está mais que provado que a tecnologia atual não serve para missões interplanetárias.
Att.
Oi Marcos! A estratégia que apresentas é simples prática e atende melhor o programa, se formos ver os recursos que ganha o PEB hoje (é mais realista). No entanto tenho a forte impressão de que se simplificassemos o programa espacial o governo aproveitaria para cortar ainda mais os gastos por acharem que provavelmente já não seria necessário tanto recurso para um programa "tão simples".
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