Especialistas Defendem o PEB como Política de Estado
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (14/06) no site da “Agência Câmara de Notícias” destacando que durante a audiência pública sobre o PEB ocorrida hoje à tarde na Câmara Federal os especialistas defenderam o programa espacial como Política de Estado.
Duda Falcão
Especialistas Defendem Programa
Espacial como Política de Estado
Reportagem - Luiz Claudio Pinheiro
Edição – Newton Araújo
14/06/2011 20:21
Brizza Cavalcante
O programa espacial foi debatido em audiência da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. |
O Programa Espacial Brasileiro precisa tornar-se uma política de Estado e deixar de sofrer com as oscilações políticas do País e os ciclos ruins da economia, que acabam provocando os cortes orçamentários que minam sua eficácia e atrasam em muito a consecução das metas traçadas.
Esse foi o consenso que uniu os palestrantes da audiência pública promovida nesta terça-feira pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática para discutir o tema. O ex-ministro da Ciência e Tecnologia Roberto Amaral foi incisivo no alerta de que “os atrasos no programa afetam a soberania nacional e o futuro do País”.
Ele lamentou que o caráter estratégico do programa não seja reconhecido pelo governo, a começar pela ausência de um órgão efetivamente capaz de coordená-lo. “A Agência Espacial Brasileira (AEB), com sua atual estrutura deficiente, não desempenha esse papel”, afirmou.
Falta de Pessoal
O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Gilberto Câmara, revelou que o Brasil deverá lançar um satélite por ano entre 2012 e 2020 – contra uma média recente de um a cada quatro anos. Ele explicou que o foco do programa é permitir a agregação de valor às condições naturais vantajosas das quais o País desfruta.
O presidente da AEB, Marco Antonio Raupp, destacou que o programa tem um papel importante para a solução de grandes problemas nacionais, em áreas como a agricultura, a energia, a vigilância das fronteiras, entre outras.
Raupp descreveu um quadro preocupante a respeito da falta de pessoal. O INPE conta com apenas 1.150 técnicos (contra 1.700 na década de 80), enquanto o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) tem tão somente 1 mil (contra 2.500). “É muito pouco, comparado, por exemplo, à Índia, país emergente e membro dos BRICS, como o Brasil, que soma 16 mil.” Segundo ele, o número de técnicos vem diminuindo porque as contratações pararam desde o final da década de 80, e muitos, desde então, se aposentaram ou buscaram empregos mais rentáveis.
Fim de uma Geração
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia, Fernando Morais Santos, disse que o programa espacial é uma “tragédia de desinteresse e omissão”, e que os servidores estão desmotivados e com baixa autoestima. “São quase todos velhinhos que estão lá desde o início do programa, e hoje conversam com técnicos jovens de outros países, como a China, que então nem eram nascidos”, contou Morais Santos.
O diretor-geral do DCTA, tenente-brigadeiro-do-ar Ailton dos Santos Pohlmann, advertiu para a urgência de concursos públicos para contratar uma nova geração de técnicos, enquanto há tempo para que possam conviver com os atuais, a grande maioria já bem próxima da aposentadoria.
O risco, bastante grave, disse Pohlmann, é de uma interrupção no processo histórico de acumulação de conhecimento tecnológico, com o fim de uma geração sem o surgimento de uma nova. “Estamos perdendo pessoal numa velocidade cada vez maior; até 2020, todos estarão fora”, previu.
Fonte: Site da Agência Câmara de Notícias
Comentário: Veja você leitor que as reclamações desses valorosos servidores são as mesmas que eram há uma ano atrás, há três anos atrás, há oito anos atrás, há quinze anos atrás... Só pude acompanhar o finalzinho da audiência pela internet devido a motivos pessoais que me impossibilitaram de acompanhar desde o inicio. Entretanto, notei que além dos convidados, um dos quais não deveria está lá, estavam também presentes o Brig. Pantoja e o Brig. Kasemodel, personalidades militares competentes e importantes do IAE/DCTA que atentamente e pacientemente (confesso que eu não teria essa paciência) acompanhavam mais uma audiência pública na Câmara das tantas que foram realizadas nos últimos 15 anos. Para completar o infeliz circo, ficou decidido mais uma rodada turística dos congressistas pelas instalações do PEB as custas do erário público. Desculpe-me leitor, mas por mais boa vontade que eu possa ter não posso ficar passivo assistindo a mesma novela anos e anos a fio. Como disse, estou pagando pra vê, apesar da competência indiscutível do Rauppjet e do grande entusiasmo demonstrado por ele.
Que tal fazer uma petição pública para fazer mandar para a câmara dos deputados para darem a devida atenção a esse tema! Será que pode ser uma alternativa?
ResponderExcluirOlá Mensageiro!
ResponderExcluirA Idéia é boa, entretanto para ter algum efeito seria necessário a assinatura de pelo menos 10 milhões de pessoas, para que assim essa gente se interessasse em resolver o problema. Lembre-se, “Programa Espacial” não dá voto.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
OLA
ResponderExcluirEu acho que o (programa nuclear da marinha) tambem nao da voto mas pelo o que eu sei ta indo para frente. Eu acho que a Forca aerea tem que fazer que nem a Marinha e botar na cabeca dos lideres que o PEB tambem e de grande imporatancia para a soberania do Brasil
Realmente Rafael você esta certo, mas o caso do "Programa Nuclear da Marinha" foi aparte, pois a uns 3 anos atrás o mesmo caiu nas graças do ex-presidente LULA. Coisa que, infelizmente ainda não ocorreu com o PEB. Concordo contigo que deveria haver uma maior cobrança do "Comando da Aeronáutica" e de certa forma houve algo nesse sentido na passagem da DILMA pelo "Centro de Lançamento da Barreira do Inferno" durante o Carnaval desse ano (tenha certeza que isso não foi por acaso), mas infelizmente isso ainda não resultou em resultados práticos. Vamos aguardar até pelo menos dezembro para ver quais são as reais intenções do governo DILMA para com o Programa Espacial Brasileiro.
ResponderExcluirAbs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Pois e , a Aeronautica tem que mais firme Olha so o FX-2 que ate hoje tem que esperar a Dilma decidir ,enquanto isso em 2008 a Marinha abrio o FX-naval e logo em Junho de 2010 fechou o pacote com a italia para a compra de 10 Fragatas.Nos sabemos os politicos que temos e nao sao eles que vao tomar a iniciativa entao cabe sim a Aeronautica tomar como exemplo a Marinha e fazer alguma coisa.(como voce mesmo disse ja fez agora e so esperar e crer
ResponderExcluirPois é Rafael, não resta outra coisa a fazer, mas pra lhe ser sincero não tenho muita esperanças que algo de concreto seja feito antes que as instituições ligadas ao PEB consigam realizar um feito significativo (algo como o lançamento exitoso do VLS-1 XVT-01 em 2012 e nos vôos subsequentes desse foguete), chamando assim a atenção da sociedade brasileira e consequentemente atraindo o interesse da classe política como um todo.
ResponderExcluirAbs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Só uma observação.
ResponderExcluirA Marinha ainda não fechou nada com a Itália, e esse FX-naval nem sequer foi aberto oficialmente.
Olá Ramir!
ResponderExcluirValeu pela Observação que está correta.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Olá Rafael!
ResponderExcluirVeja bem, o acordo está em negociação ainda, ou seja não foi assinado nem com italianos, nem com franceses, nem com ninguém. O que foi assinado foi um acordo político de relações na área de defesa creio eu com a Itália, com o Reino Unido e com a França, que nesse caso já foi beneficiada com os contratos dos submarinos e dos helicopteros. A Marinha estava para definir que seria o fornecedor desse programa FX-Naval quando então a DILMA colocou um freio nessas negociações, entende?
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)