Artigo da ACA/IAE é Public. no J. of Geophysical Research
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (03/04) no site do Instituto
de Aeronáutica e Espaço (IAE), destacando que artigo cientifico da Divisão de Ciências Atmosféricas (ACA) do
instituto é publicado no
Journal of Geophysical Research.
Duda Falcão
Artigo Científico
da Divisão de Ciências
Atmosféricas é Publicado no
Journal of Geophysical Research
Campo Montenegro, 03/04/2013
O artigo
intitulado “A study of the long-term variability of thunderstorm days in
southeast Brazil”, do qual o pesquisador Marco Antonio da Silva Ferro do Grupo
de Eletricidade Atmosférica da ACA é um dos autores, foi publicado no Journal
of Geophysical Research, respeitável periódico da área de Geociências,
publicação da American Geophysical Union (AGU), com qualificação A1 no
Qualis/CAPES.
No artigo,
resultado de pesquisa coberta pelo Convênio de Cooperação Científica assinado
entre IAE e INPE, são analisados os registros mensais do número de dias de
tempestade obtidos em três cidades do sudeste do Brasil (São Paulo, Campinas, e
Rio de Janeiro), desde o século 19 até os dias atuais. A análise é
complementada pela distribuição espacial de relâmpagos na última década. Para
São Paulo e Campinas, os dados indicam um aumento significante na atividade de
tempestades durante o período estudado, simultaneamente a um aumento na
temperatura da superfície de 2º C que está bem correlacionada ao crescimento
populacional observado nessas cidades, enquanto os dados de relâmpagos indicam
que as duas cidades podem ser consideradas destaques em termos de tempestades
com respeito às suas áreas vizinhas (Figura 1). Esse resultado não encontra
nenhuma evidência que ciclos climáticos naturais pudessem ser a causa e dá
fortes evidências observacionais para a influência antropogênica na atividade
de tempestades. Para o Rio de Janeiro os dados não mostram um padrão positivo
significante entre a metade do século 19 e os dias atuais a despeito do aumento
da temperatura da superfície, sugerindo que as variações são mais provavelmente
um resultado de uma complexa combinação de características locais e de
larga-escala. Além disso, uma análise estatística dos dados após 1951 mostra
que um aumento significante (por um fator de 3,7) na atividade de tempestades
no Rio de Janeiro acontece quando há ocorrência simultânea de uma anomalia
positiva da temperatura da superfície do oceano Atlântico Sul e La Ninã,
comparado com a ocorrência simultânea de uma anomalia negativa e El Ninõ,
embora nenhuma variação significante tenha sido encontrada quando cada fenômeno
de larga-escala ocorre isoladamente, sugerindo que a proximidade do Rio de
Janeiro com o Oceano Atlântico tende a intensificar a influência desses dois
fenômenos de larga-escala. O mesmo ocorre para São Paulo e Campinas, embora com
uma amplitude mais baixa. Os autores estão levantando dados para as demais
cidades do país, pois pretendem ampliar a pesquisa de modo a cobrir todo o
território nacional.
Clique aqui para acessar o link.
Figura 1. Média
anual da densidade de relâmpagos para uma resolução
espacial de 10
km, na região sudeste do Brasil, entre 1999 e 2009.
Fonte: Site do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE)
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