Parceria entre Brasil e Ucrânia Para Lançar Foguetes Enfrenta Atraso

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria postada hoje (21/10) no “Portal TERRA” destacando que a parceria entre Brasil e Ucrânia para lançar foguetes enfrenta atraso.

Duda Falcão

ESPAÇO

Parceria entre Brasil e Ucrânia Para
Lançar Foguetes Enfrenta Atraso

Acordo dos países para lançar comercialmente
foguetes de Alcântara (MA) tem sido contestado;
primeiro voo está previsto para ocorrer em 2015

21 de Outubro de 2013 - 08h01

Dez anos depois, o projeto da empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS) ainda não decolou. Assinado em 21 de outubro de 2003, o acordo de cooperação a longo prazo entre Brasil e Ucrânia apresenta não apenas atraso no cronograma divulgado inicialmente, mas também elevação dos custos previstos e ceticismo quanto a seu modelo de ingresso no mercado internacional de lançamentos espaciais.

É difícil encontrar, no mundo, local melhor para uma base de lançamentos espaciais do que o município de Alcântara, no Maranhão. Como fica a apenas 2° ao sul da Linha do Equador – onde a velocidade de rotação da Terra é maior e, assim, o impulso natural para o voo do foguete também – oferece a possibilidade de realizar lançamentos para qualquer direção a partir de um único ponto. A economia de combustível é bastante significativa em comparação a outros centros de lançamento (com condições mais próximas há o de Kourou, na Guiana Francesa, 5° ao norte do Equador, utilizada pelas agências espaciais europeia e francesa, além da companhia Arianespace SA, da França).

Além disso, Alcântara é privilegiada com um vasto oceano à sua frente, o que diminui o valor do seguro, já que não há risco de o nariz do foguete, ejetado antes de atingir o espaço, cair em regiões habitadas. “Outra vantagem é a possibilidade de voos todo ano, sem estações preferenciais. Alcântara oferece todas as condições para um lançamento seguro”, garante José Monserrat Filho, chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da Agência Espacial Brasileira (AEB).

A localização geográfica é, portanto, o que o Brasil oferece de mais valioso. Da parte ucraniana, a contribuição é a tecnologia da família Cyclone. Em Alcântara, deverá ser lançado o Cyclone-4, sucessor do Cyclone-3, um bem sucedido foguete que funcionou de 1977 a 2009. Apesar de ser elogiado pela sua eficiência, o foguete ucraniano foi aposentado nos lançamentos espaciais europeus por utilizar como combustível propelentes hipergólicos, de alto potencial tóxico. No Cyclone-4, os combustíveis são tetróxido de nitrogênio e dimetil hidrazina, classificados pela União Europeia como altamente tóxicos e perigosos ao meio ambiente.

Meio Ambiente

O possível dano ambiental causado pelo foguete é um dos pontos que motivou a criação de um abaixo-assinado propondo mudanças no acordo ou o seu destrato. O criador, Duda Falcão, que mantém o blog Brazilian Space, sugere que, além da utilização de propelentes menos danosos ao meio ambiente, a ACS seja transformada em uma empresa de capital misto (público e privado), com poder de veto a ambos países; que o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e universidades parceiras participem no desenvolvimento do novo sistema de propulsão; que sejam criados mais convênios entre os dois países, com intercâmbios universitários e profissionais; e a ratificação de um acordo de salvaguardas tecnológicas com o governo norte-americano.

Retorno Financeiro

André Mileski, editor do blog Panorama Espacial e editor-adjunto da revista Tecnologia & Defesa, é outro crítico do acordo nos moldes atuais. Ele defende a exploração comercial de Alcântara, mas sua opinião é de que o grande investimento do governo brasileiro na Alcântara Cyclone Space não terá o retorno desejado. “O problema é que a ACS, como foi criada, hoje acaba retirando recursos de outros projetos do Programa Espacial Brasileiro. Isto é, o orçamento está tendo que pagar uma iniciativa comercial que jamais vai se pagar”, opina.

“O orçamento (do Programa Espacial Brasileiro) está
tendo que pagar uma iniciativa comercial que jamais vai se pagar”

André Mileski editor do blog Panorama Espacial

Para ser competitivo em relação às demais alternativas, segundo Mileski, o preço de uma missão com o Cyclone-4 teria de ser incrivelmente baixo, o que não compensaria o dinheiro investido. Ele vê o foguete como grande demais para a maior parte dos satélites que integram o plano espacial brasileiro e pequeno demais para missões mais específicas. “Para compensar, a ACS diz que o foguete poderá lançar mais de um satélite em uma missão. Mas primeiro precisa encontrar outros passageiros, e para isso o preço tem que ser muito competitivo, algo muito abaixo de US$ 50 milhões, pois atualmente há opções mais confiáveis e baratas na China e Rússia.”

Conflito Entre Projetos

Monserrat, da AEB, não vê o Cyclone-4 como conflitante em relação a outros projetos como o Veículo Lançador de Satélites (VLS), projeto de desenvolvimento de um foguete brasileiro. “A base do projeto Cyclone não é cientifica nem de transferência de tecnologia, mas sim comercial. As duas partes chegaram à conclusão de que se você utilizar o Cyclone-4, que vem de uma família muito eficiente, a partir de uma base como Alcântara, essa é uma forma de entrar no mercado comercial de lançamentos de maneira segura, econômica e competitiva”, garante. Já o VLS engloba o desenvolvimento de toda a tecnologia exigida para um lançamento. “É fruto ainda do primeiro programa espacial brasileiro. Inclui o foguete VLS-1 e quatro satélites, dois por funcionamento remoto. É uma missão composta por todas as atividades necessárias para uma missão espacial”, conclui.

Nas duas primeiras tentativas de lançamento, em 1997 e 1999, falhas exigiram que o comando acionasse a autodestruição do VLS-1 logo após iniciar o voo. Na terceira tentativa, em 2003, uma ignição prematura fez com que o foguete explodisse dias antes do lançamento, matando 21 técnicos que estavam na plataforma. O projeto foi reestruturado, passando a contar com consultoria russa, e o próximo lançamento do foguete, na sua quarta versão, está previsto para meados de 2014, embora ainda não conte com os recursos necessários e sofra de sucessivos atrasos no cronograma.

Paralisações

De acordo com Sergiy Guchenkov, diretor comercial da Alcântara Cyclone Space, o projeto é desenvolvido em três frentes. De responsabilidade total da Ucrânia é o foguete Cyclone-4, o qual, segundo Guchenkov, está 78% pronto. De responsabilidade da empresa, está a construção do sítio de lançamento, cujas obras civis encontram-se 48% acabadas. Da parte do Brasil, está a infraestrutura geral do Centro de Lançamento de Alcântara.

Cronograma

Esses números não correspondem à previsão original. Luiz Inácio Lula da Silva, presidente na época em que o acordo foi firmado, esperava ver o primeiro lançamento do Cyclone-4 ainda como chefe do executivo – o prazo inicial para o voo era até o final de 2010. Imprevistos e percalços orçamentários fizeram com que as obras paralisassem em alguns momentos. Entre 2008 e 2009, o impasse ficou por conta de uma disputa judicial entre a ACS, que pretendia transformar toda a península de Alcântara em um parque tecnológico, e comunidades quilombolas, representadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que reivindicaram parte da área. A empresa binacional teve de abrir mão desse território. “Houve também dificuldade para conseguir uma licença para iniciar as obras, porque a região faz parte da Amazônia Legal, com regras muito rígidas”, completa Guchenkov.

“O prazo mais provável é que o Cyclone-4 seja
lançado em 2015, já em caráter comercial”

Sergiy Guchenkov diretor comercial da Alcântara Cyclone Space

Mais recentemente, as paralisações ocorreram em decorrência de atraso no envio de recursos e em homologações. “Existe o compromisso dos dois países de fornecer recursos financeiros, e, devido a burocracias, às vezes o dinheiro atrasa. Tudo isso impactou de maneira bastante considerável”, explica o diretor comercial da ACS. Segundo ele, o prazo oficial de lançamento do foguete, para o final de 2014, é bastante otimista. “O prazo mais provável é que o Cyclone-4 seja lançado em 2015, já em caráter comercial. Temos dois contratos, com uma empresa japonesa e uma italiana, para esse primeiro voo. O foguete já tem uma história e deve levar ao espaço muitos satélites”, conta Guchenkov.

Investimento

Ainda segundo informações de Sergiy Guchenkov, cada país já investiu mais de US$ 200 milhões na ACS. Em meados deste ano, a assembleia geral da empresa resolveu aumentar o capital de US$ 487 milhões para US$ 918 milhões – injeção monetária que será dividida igualitariamente entre Brasil e Ucrânia. Motivo suficiente para deixar André Mileski ainda mais cético quanto ao retorno financeiro. “As margens de lucro de cada missão de lançamento são muito pequenas, na casa de um dígito, então você pode imaginar quantos lançamentos seriam necessários para ter algum retorno. Eu acompanho esse projeto há mais de dez anos e lembro-me bem que, no início da década de 2000, falava-se em um investimento de US$ 180 milhões”, recorda.


Fonte: Portal Terra - 21/10/2013 - http://noticias.terra.com.br/

Comentário: Sinceramente Sr. José Monserrat Filho, apesar de respeitá-lo não só pela sua idade, mas também e principalmente pela sua competência, especificamente neste caso o senhor perdeu a oportunidade de ficar calado, pois agora não terá como não ser responsabilizado também por esse desastroso desatino. Quanto ao que o Sr. Sergiy Guchenkov disse em relação a contratos já acertados, pelo menos um deles não é contrato nenhum, já que não gerará recursos para empresa, e o satélite em questão (o microsatélite japonês Nano-JASMINE) será lançado de graça no primeiro e único voo de qualificação do foguete. Em resumo, da forma como o acordo que gerou essa mal engenha empresa foi concebido, não traz nenhum benefício ao Brasil, muito pelo contrario, pois na verdade traz para nosso território uma tecnologia ultrapassada, altamente tóxica, excluindo a participação da indústria brasileira, das universidades e dos centros de pesquisa do país no desenvolvimento do foguete, além de boicotar o verdadeiro programa espacial brasileiro desviando estimáveis recursos financeiros que poderiam e deveriam ser investidos no PEB. Por conta disso leitor, não se deixe enganar pelo que diz esses energúmenos de plantão, e nos ajude a combater esse desatino assinando a nossa “Petição da ACS - Mudanças Já ou o Destrato do Acordo” e por tabela também a “Petição da Missão VLM-1/ITASAT-1 - Abrace Essa Idéia”, que estabelece uma missão especifica em uma data especial para o país, ou seja 07 de setembro de 2015, data esta que também pode se tornar a data de nossa independência espacial, só depende de você.

Comentários

  1. Nem essa cumpre os prazos ou vai pra frente... que país é esse, tem que fazer acontecer Brasil, já é um ralo de dinheiro mesmo... ou vai ou racha... ponto e basta!!

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  2. Eu já assinei a Petição do VLM-1.
    Mas eu não assinei a petição referente a ACS porque sou totalmente contra o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas com o Governo Americano então como consta isto na Petição eu fico impossibilitado de assinar.

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    1. Olá Poder Brasil!

      Olha, o acordo de Salvaguardas Tecnológicas com o Governo Americano é extremamente necessário e essencial se quisermos atuar no mercado internacional de lançamento de satélites comerciais. Todo os países do mundo que tem acesso ao espaço ou que produzem satélites tem esse acordo (menos a China, sendo por isso que sua participação é insignificante neste mercado), simplesmente pelo fato de que sem ele não há como atuar no mercado, seja lançando ou produzindo satélites. Não há nada de mais, desde que se faça com sabedoria e se siga o modelo internacional. Isto acontece pelas razões já colocas na petição. Sem acordo, não há como atuar no mercado, pois qualquer lançamento que envolvesse cargas americanas ou satélite construídos com peças e equipamentos americanos seria embargado pelos EUA, ou seja, hoje, algo em torno de 85 a 90% das cargas enviadas ao espaço.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Todas estas informações que você falou já eram do meu conhecimento, o Acordo de Salvaguardas fere a soberania nacional.

      O acordo da ACS precisa ser revisto a participação nacional precisa ser ampliada, mas o Brasil não deve assinar o acordo de Salvaguardas.

      Se você permitir gostaria de divulgar a petição do VLM-1 no meu Blog para tentar atrair mais algumas assinaturas.

      João Lira
      (Blog Poder Brasil)

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    3. Caro João Lira!

      Você está confundindo as coisas, esse acordo não fere soberania coisa nenhuma. Você está confundindo com o acordo do Governo Fernando Henrique Cardoso. Esse acordo é de Salvaguardas Tecnológicas (proteção ao conhecimento tecnológico das cargas úteis lançadas) e não tem nada haver com o acordo que o FHC tentou passar anos atrás no Congresso. Quanto a autorização, sem dúvida, pode divulgar a petição sem problema.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    4. Cara com todo o respeito mas não sou eu que estou confundindo as coisas kkkkkkk.
      Eu já li todo o acordo de Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, vou descrever alguns artigos do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas que ferem nossa a soberania do nosso Programa Espacial.
      ARTIGO I
      Este Acordo tem como objetivo evitar o acesso de tecnologias relacionadas com o lançamento de Veículos de Lançamento a partir do Centro de Lançamento de Alcântara.
      ARTIGO III
      E. Não utilizará recursos obtidos de Atividades de lançamento em programas de aquisição, desenvolvimento, produção, teste, liberação, ou uso de foguetes ou de sistemas de veículos aéreos não tripulados (quer na República Federativa do Brasil quer em outros países).

      Só estes dois artigos já acabam com nosso Programa Espacial
      Eu coloquei o primeiro artigo de forma resumida eu coloquei apenas o trecho que é negativo para nosso Programa Espacial.

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    5. Caro Sr. João Lira!

      De qual acordo você está falando? Porque como lhe disse, se é o do governo Fernando Henrique Cardoso que não foi ratificado pelo Congresso você está coberto de razão. Agora se é o acordo de Salvaguardas que está em negociação ou discussão entre dois governos, o senhor não pode ter lido, simplesmente porque ele ainda nem foi elaborado, muito menos divulgado. Acordo de Salvaguardas Tecnológicas é praxe caro amigo e o Brasil já tem com a Rússia, com a China, com a União Européia, com a Argentina entre outras nações, alguns já ratificados e outros por ratificar. Mas enfim, você tem todo direito de pensar como quiser. Vivemos numa democracia, rsrsrsrsrs.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    6. Realmente eu estou falando do acordo de Salvaguardas proposto pelo FHC.
      Mas se você fizer uma busca rápida no Google vc vai verificar que os EUA se posicionam de forma contrária ao desenvolvimento de Lançadores Espaciais no Brasil.
      Só devemos assinar o Acordo se não houver restrições ao desenvolvimento da Tecnologia espacial no Brasil.
      Então como não temos acesso ao que esta sendo negociado entre Brasil e EUA eu não posso assinar a Petição como eu posso pressionar o Congresso a aderir algo que eu não se será boa ao País.
      Porque a China não assinou o tratado de Salvaguardas?
      A India possui acordo de Salvaguardas com os EUA?

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    7. Vou tentar explicar pela ultima vez ao senhor. Por gentileza leia com atenção. Vamos lá: O acordo citado pelo senhor que agora ficou claro finalmente que foi o acordo do governo FHC, intitulado "Acordo Entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América Sobre Salvaguardas Tecnológicas Relacionadas à Participação dos Estados Unidos da América nos Lançamentos a Partir do Centro de Lançamento de Alcântara" tratava exclusivamente de Salvaguardas Tecnológicas das cargas uteis lançadas pelo americanos da Base de Alcântara, ou seja, uma especie de sitio da ACS, só que sob total controle americano entre outras coisitas absurdas a mais.

      Esse acordo era um desatino e foi formulado por debiloides do governo FHC e felizmente não passou no Congresso e foi engavetado. O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas que o Brasil precisa, é o mesmo que tem com a Rússia, Alemanha, Argentina, União Europeia, China entre outros países. É praxe, e todos os países que lançam satélites americanos (incluindo a Índia em resposta a sua pergunta. A China não assinou porque os americanos não querem, pois sabem que eles podem abocanhar uma fatia grande do mercado, além de outras razões estratégicas, mercado este que eles já perderam a maior parte para o europeus) já dispõem desse acordo que é dificílimo de passar no Congresso Americano, precisando ser feito um lobby político muito forte. Quem não tem não pode lançar nenhuma carga útil americana ou que tenha peças americanas proibidas, entende? Em resumo, para que fique mais claro, esse acordo e nada mais, nada menos do que uma autorização para que possamos lançar de nosso território cargas uteis americanas ou que tenham peças americanas proibidas em seu interior. Bom é isso ai.

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    8. Minha ultima tentativa de explicação.

      O Governo Americano assinaria este acordo com o Brasil ?

      O Governo Americano é contrario ao desenvolvimento da tecnologia de Lançadores Espaciais pelo Brasil, foi por isso que eu perguntei porque a China não assinou o tratado de Salvaguardas, porque o motivo dos Chineses não terem assinado é o mesmo motivo de nós não termos este acordo.

      Os EUA não vão assinar um acordo de Salvaguardas com o Brasil, eles só assinariam se fosse o Acordo original de uso da base de Alcântara proposto pelo FHC, que acabaria com nosso Programa.

      Você deveria alterar o texto na Petição para ficar mais claro, vc deveria acrescentar na 5º Proposta A imediata negociação e ratificação de um “Acordo de Salvaguardas Tecnológicas” com o Governo e Congresso Norte-americano E QUE NÃO IMPONHA RESTRIÇÕES AO DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA ESPACIAL BRASILEIRO.

      É uma alteração pequena, mas faria toda a diferença e com esta alteração vc ganharia muito mais assinaturas, inclusive a minha.

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    9. Caro Sr. João Lira!

      Fui claro em minhas colocações e o senhor continua confundindo tudo. Quanto ao senhor assinar a petição ou não, isso é uma opção sua, e quanto a fazer alterações não há nada a ser alterado. Assunto encerrado.

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    10. Você foi claro, compreendo seu ponto de vista, mas ele esta totalmente incorreto, o Governo americano nunca assinara este tratado da forma defendida por você.
      Também da minha parte o assunto esta encerrado.
      "O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER"

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  3. É amigo Duda, como vemos, o desconhecimento da causa é tanto, que parece que quanto mais informações pior fica. Tô aqui imaginando quantos mais deixaram de assinar a petição por confundirem aquela coisa que o FHC tentou passar anos atrás com "acordo de salvaguardas tecnológicas".

    Lamentável.

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    1. Pois é Marcos,

      Mas esses debates de qualquer forma ajuda a esclarecer as pessoas e isso no final das contas é benéfico. O acordo do FHC era para o uso da Base de Alcântara pelos americanos (lançamentos de foguetes e satélites), e como usou o termo Salvaguardas Tecnológicas em seu título, confundiu muito a grande maioria das pessoas e continua confundindo. O que pegou nesse acordo foi que o mesmo foi elaborado por debiloides entreguistas, e felizmente não passou no Congresso. Entretanto, o acordo que o Brasil precisa é praxe e não passa de uma especie de autorização para serem lançados comercialmente do Brasil e de Alcântara satélites americanos e de outros países que tenham peças americanas, entende? Não tem nada haver com o acordo anterior e por isso e principalmente pelos interesses comerciais envolvidos, não é nada fácil conseguir que o Congresso americano aprove. Hoje por exemplo a ESA e seus países membros tem esse acordo, e o resultado disso é que eles dominam o mercado. Mas enfim... Abração amigo.

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Marcos como eu disse anteriormente não sou eu que estou confundindo as coisas.

      Tenho plena conhecimento que são dois tratados diferentes, mas muitas da restrições do primeiro tratado são visões do Governo Americano se vc buscar informações vc verá que eles são contrários ao desenvolvimento da tecnologia de Lançadores Espacial pelo Brasil e alguns outros Países.

      Não temos acesso ao que esta sendo negociado entre Brasil e EUA, como eu poderia assinar uma Petição para Pressionar o Congresso se não temos a informações se este acordo será bom ou não para o País, não podemos agir precipitadamente, só devemos assinar se os EUA não impuserem restrições ao nosso desenvolvimento Espacial.

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  4. Bom, quem julgar interessante entender as "sutis" diferenças do que foi proposto pelo governo FHC e um AST (Acordo de Salvaguardas Tecnológicas) padrão, lá vai.

    Um AST padrão segue os moldes do que o Brasil já assinou com a Ucrânia, que é a única forma de permitir que artefatos de tecnologia Ucraniana sejam trazidos e usados a partir do Brasil.

    Vejam o link aqui: AST Brasil-Ucrânia

    Seria a mesmíssima coisa, só que para permitir que satélites fabricados pelos Estados Unidos ou com componentes fabricados por eles possam ser enviados ao Brasil para que sejam lançados daqui.


    É simples assim: se o Brasil não assinasse esse acordo com a Ucrânia, não poderia trazer os equipamentos e foguetes Ucranianos para lançar cargas úteis a partir do Brasil. Da mesma forma, se o Brasil não assinar um AST com os Estados Unidos, não poderá lançar nenhum satélite fabricado por eles ou qualquer satélite que use componentes restritos fabricados por eles. Ou seja, algo próximo a 90% do mercado de satélites.

    Em suma, se não assinar esse acordo, toda a nossa grana já gasta até agora vai para o lixo com certeza, pois a ACS não terá nada para lançar. Mesmo assinando esse acordo, os analistas do mercado de satélites já disseram várias vezes que existem alternativas muito melhores, em todos os aspectos do que esse trambolho tóxico que esse "governo" quer nos impingir como "conquista tecnológica". E nem adianta vir com aquela balela da localização de Alcântara próxima à linha do equador, porque hoje em dias eles já fazem lançamentos a partir de aviões e plataformas marítimas que podem ser posicionadas exatamente SOBRE a linha do equador se eles quiserem.

    Enfim, fica ai a informação. Mas só para quem quiser entender.

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    1. Valeu Marcos!

      Sua didática amigo é muito melhor do que a minha.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Marcos você esta correto em seu comentário, você fez o comentário mais completo até agora, as informações do seu cometário sempre foram do meu conhecimento, eu só acrescentaria uma informação, que inclusive parte desta informação consta neste blog.

      Em 2009 o Departamento de Estado dos EUA disse para o embaixada da Ucrânia no Brasil

      "embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil"

      "Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil"

      E se você ler completamente o documento do Wikileaks fica bem claro que o acordo de Salvaguarda tecnológicas que os EUA querem assinar com o Brasil não é um acordo para permitir que lançadores nacionais possam lançar artefatos com componentes fabricados pelos EUA e sim apenas um acordo para que lançadores de outras nacionalidades lancem artefatos com componentes fabricados pelos EUA a partir do território Brasileiro ou seja é apenas um acordo para o uso da base de alcântara.

      Os EUA nunca aceitariam um novo competidor no mercado de lançamentos Espaciais.

      Este é um tema complexo o Duda não compreendeu meus comentários, tomará que agora tenha ficado claro e vocês possam compreender a minha posição.

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