Físico Sueco Explica Campo Magnético Solar em Evento na UNESP
Olá leitor!
Segue abaixo uma noticia postada hoje (25/10) no site da
“Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)” destacando que
esta universidade recebeu, na
última semana, a visita do astrofísico sueco Axel Brandenburg, especialista no estudo de
campos magnéticos solares.
Duda Falcão
Notícias
Físico Sueco
Explica Campo
Magnético Solar em Evento na UNESP
Campo pesquisado por Axel Brandenburg
ainda é pouco
entendido pela ciência
Marcos Jorge
25/10/2013
Divulgação
Atividade solar, apesar de ainda pouco entendida, pode influenciar diretamente a vida na terra. |
O Instituto
Sul-Americano do Centro Internacional de Física Teórica (ICTP-SAIFR),
localizado no Instituto de Física Teórica (IFT) da UNESP, em São Paulo,
recebeu, na última semana, a visita do físico Axel Brandenburg, especialista no
estudo de campos magnéticos solares. Apesar de ainda pouco entendidos pela
ciência, tais campos influenciam diretamente a atividade solar e tem
consequências diretas para o planeta Terra.
O
astrofísico sueco trabalha no Nordita (Instituto Nórdico para Física Teórica),
que integra pesquisadores de diversos países do norte da Europa e tem convênio
de intercâmbio com o ICTP-SAIFR. A presença do sueco fez parte da programação
do ICTP-SAIFR School on Fundamental Astrophysics, evento que apresentou
diversas visões a respeito da astrofísica teórica, área responsável por estudar
as propriedades e interações entre os objetos astronômicos.
Entre os eventos
causados pela atuação dos campos magnéticos do Sol estão as erupções solares (solar
flares), explosões que ocorrem na superfície da estrela e que podem
projetar partículas altamente energizadas pelo Sistema Solar, inclusive em
direção a Terra. "Nosso planeta também tem um campo magnético e uma
atmosfera que nos protegem de boa parte dessa radiação, mas astronautas, por
exemplo, estão mais expostos, assim como os satélites em órbita", afirma
Bradenburg.
Além disso,
alguns instrumentos em terra também pode ser danificados no caso de uma potente
explosão solar direcionada para nosso planeta. O físico lembrou o fato
acontecido em 1859, conhecido como Carrington Event, quando um astrônomo
amador britânico chamado Richard Carrington observou uma forte explosão solar
que interrompeu as comunicações telegráficas nos Estados Unidos e na Europa.
"Uma das razões para esta pane era que este meio de comunicação não estava
suficientemente protegido para um evento solar destas proporções", lembra
o sueco.
"Ainda
não é certo se aquele evento em 1859 foi uma erupção solar, assim como não é
certo se nos dias de hoje ele poderia causar uma pane nos satélites,
transmissores de energia ou equipamentos eletrônicos", argumenta o físico.
"O que sabemos é que uma explosão solar mais forte pode ser produzida pelo
Sol porque nós já vimos isso acontecer em outras estrelas semelhantes. Isso
ainda não aconteceu na direção da Terra, ou pelo menos não foi
registrada".
A previsão
precisa destes fenômenos solares e a redução de seus danos passam pela melhor
compreensão dos dínamos solares, principal área de estudo do físico sueco.
Hoje, sabe-se que o dínamo solar influencia diretamente na atividade e na
frequência destas explosões, por exemplo.
Apesar da
sua importância para a vida na Terra, o Sol talvez seja o mais desconhecido dos
corpos celestes da Via Láctea. Um dos motivos é que o calor não permite que nos
aproximemos demais da estrela. Dessa forma, a melhor forma de observar a
atividade solar é por meio de análises sismológicas e por informações obtidas
pelos satélites que orbitam ao seu redor e monitoram integralmente toda a área
da estrela. Porém, mesmo estes equipamentos só permitem análises superficiais.
"Para
entender o que se passa sob a superfície precisamos especular ou fazer cálculos.
Mesmo as experiências na maioria das vezes ainda não respondem todas as
questões", comenta Brandenburg.
Fonte: Site da Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho (UNESP)
Comentários
Postar um comentário