Alguns Esclarecimentos Para os Nossos Leitores

Olá leitor!

Estou escrevendo essa nota agora para fazer dois esclarecimentos. O primeiro em relação à nota “Operação Raposa - Um Grande Marco Para Astronáutica Brasileira” e a segunda em relação à nota “MCTI Envia Força-Tarefa do INPE à Argentina Para Tratar do ACDH do Satélite Amazônia-1”, postadas que foram aqui no blog em 21 e 22/10 respectivamente.

Na primeira nota informamos aos nossos leitores que o Motor-Foguete Líquido L5 da Operação Raposa seria o primeiro motor-foguete líquido acionado em voo do território brasileiro, mas após um dos leitores ter postado um comentário dizendo que não era bem assim, fui buscar a informação no livro “Os Primórdios da Atividade Espacial na Aeronáutica” do Cel. Av. Ivan Janvrot Miranda, o mesmo livro que deveria ser consultado com frequência pela nossa Agência Espacial antes de sair divulgando inverdades.

Segundo este livro, o primeiro motor-foguete líquido acionado em voo do território brasileiro foi o motor do foguete Aerobee (creio eu de origem americana ou canadense) lançado do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) em 13 de dezembro de 1966, durante a realização da “Operação ASTRO I”, operação esta que fazia parte das atividades relacionadas com o PROJETO APOLLO da NASA. Diante disso, o motor L5 na realidade será o primeiro motor-foguete líquido desenvolvido e produzido no Brasil a ser acionado em vôo do território brasileiro.

Já quanto à segunda nota, após postá-la no blog, alguns leitores me questionaram o que havia ocorrido com o ACDH do Satélite Amazônia-1, pois existia a crença de todos (inclusive a minha) de que este subsistema já havia sido entregue pelos argentinos da INVAP ao INPE. Imediatamente então coloquei uma mensagem na nota para o nosso leitor e colaborador Fabrício Kucinskis (integrante da equipe do projeto) que respondeu pouco tempo depois me lembrando de que ele já havia esclarecido isso em outro comentário anterior, ao qual eu havia esquecido.

Assim sendo, esclarecendo para os nossos leitores, de fato a INVAP argentina já entregou um modelo do ACDH ao INPE, e o mesmo encontra-se atualmente em uso no instituto para diversas tarefas relacionadas ao teste e finalização do satélite. Entretanto, a versão de voo desse subsistema está em etapa final de testes na Argentina, após a qual será enviada ao Brasil, sendo essa a justificativa das viagens dos servidores do INPE a este país.

Duda Falcão

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