Pesquisadores Brasileiros Se Sentem Contemplados com Nobel de Física 2013
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada ontem (10/10) no “Portal
TERRA” destacando que Pesquisadores Brasileiros se sentem contemplados com
Nobel de Física 2013.
Duda Falcão
PESQUISA
Pesquisadores Brasileiros Se Sentem
Contemplados com
Nobel de Física 2013
Cristina Indio do Brasil
10 de Outubro de 2013 - 07h42
O professor de engenharia elétrica do Instituto Alberto
Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), José Manoel de Seixas, disse que os
pesquisadores brasileiros que integram a Organização Europeia de Pesquisa
Nuclear (CERN) [Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire,
na antiga sigla em francês] se sentem reconhecidos com o anúncio do Prêmio Nobel de Física de
2013 para os cientistas britânico Peter Higgs e belga François
Englert.
Higgs e Englert receberam o Nobel pelo desenvolvimento de
pesquisas sobre a teoria que explica como as partículas adquirem massa. A
teoria que foi proposta de forma independente em 1964, e, em 2012, as pesquisas
dos cientistas foram confirmadas a partir da descoberta de partícula
identificada por Higgs em pesquisas em Genebra, na Suíça nos detectores Atlas
(A Toroidal LHC Apparatus) e CMS (Compact Muon Solenoid), conduzidas no Large
Hadron Collider (LHC) da CERN. A partícula foi batizada de bóson de Higgs, mas
também é conhecida como a partícula de Deus.
"A decisão da Academia sueca de dar os prêmios tem
um componente fundamental na CERN, nos detectores Atlas e CMS, que finalmente
viram que aquela partícula existia e comprovaram experimentalmente. Então essa
é a sensação do pessoal experimental que claramente está contemplado neste
Prêmio Nobel", explicou, em entrevista à Agência Brasil, o professor que
foi um dos primeiros brasileiros a integrar os grupos de pesquisa da CERN.
A parceria entre a CERN e a COPPE começou quando um grupo
de professores do instituto visitou as instalações da organização na Suíça, em
1988, e passou a participar do projeto. Em setembro de 2008, a CERN acionou o
maior acelerador de partículas construído até hoje, o LHC.
Segundo José Manoel Seixas, professores de seis
universidades federais, entre elas a da Bahia, a de São Paulo, a do Rio de
Janeiro e a Federal Fluminense, participam dos estudos do maior detector do
LHC, o Atlas. Ele é operado por 3.800 pesquisadores em uma colaboração
internacional de 38 países. A equipe brasileira é coordenada por Seixas e pelo
professor do Instituto de Física da UFRJ, Fernando Marroquim.
"O Brasil está desde a primeira formação do Atlas
quando foi feita a carta de intenções do experimento deste porte para o LHC.
Nós temos uma participação bastante intensa. A parte de eletrônica foi feita
aqui no Brasil, a partir de projeto da COPPE. É um conjunto grande de
pesquisadores de físicos, engenheiros e informáticos. O Prêmio Nobel é uma
alegria, mas é apenas um pedaço de caminho. O Brasil está como um ator
importante e não coadjuvante nesse cenário eletrizante que é o trabalho com a
CERN", disse.
Partícula de Deus: analise indica que bóson de Higgs foi mesmo encontrado. |
Para o pesquisador, os cientistas agora terão que se
aprofundar para completar as pesquisas sobre o bóson de Higgs. "O CERN e
todos os institutos estão voltados para um programa de pesquisa e
desenvolvimento de melhorias, tanto na máquina aceleradora, quanto nos
aceleradores. Estamos envolvidos em projetos que tentam melhorar o Atlas, para
em um processo que vai até 2023, atingir o máximo da máquina", adiantou
Seixas.
O professor Fernando Marroquim disse à Agência Brasil que
soube com satisfação do prêmio sobre a descoberta da partícula de Higgs, que
desde 1964 aguardava a comprovação. "É um grande feito da ciência. É sempre
bom participar de um grupo de importância e de grande experiência. Estou
bastante satisfeito de participar da experiência que comprovou a parte
teórica", contou.
Fonte: Portal Terra - 10/10/2013 -
http://noticias.terra.com.br/
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