Orçamento Ameaça o Programa Espacial
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia publicada dia (14/02) pelo jornal “Valeparaibano” destacando que o atual orçamento ameaça o Programa Espacial Brasileiro.
Duda Falcão
Orçamento Ameaça o Programa Espacial
União prevê repasse de R$ 293 milhões à AEB;
valor é inferior ao repassado em 2009
e não cobre custos de projetos
Valeparaibano
Chico Pereira
14 de fevereiro de 2009
São José dos Campos - O orçamento estimado este ano pela União para o PNAE (Programa Nacional de Atividades Espaciais), carro-chefe do Programa Espacial Brasileiro, é bastante inferior às necessidades previstas pela AEB (Agência Espacial Brasileira) e ao montante repassado pelo governo no ano passado.
De acordo com informações obtidas pelo valeparaibano, a União prevê liberar recursos estimados em R$ 293 milhões em 2010, o que não contempla todas as necessidades do programa espacial.
Himilcon Carvalho, diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da Agência Espacial Brasileira, relatou que, no ano passado, o orçamento inicial do programa somou montante de R$ 282,3 milhões.
Entretanto, ao longo do ano, a AEB conseguiu verbas suplementares do governo federal no valor de R$ 151,5 milhões e fechou o ano de 2009 com um orçamento total de R$ 433,8 milhões.
"Para 2010, faltam R$ 261 milhões para a complementação do CLA (Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão) e R$ 275 milhões para integralização de capital da empresa ACS", afirmou o executivo da AEB em nota.
A ACS é a empresa binacional "Alcântara Cyclone Space", que resultou de um acordo de cooperação firmado entre o Brasil e a Ucrânia, em 2003, com o objetivo de utilizar o CLA para lançamento de cargas-úteis brasileiras, ucranianas e de outros países.
Pelo acordo, o Brasil cede a infraestrutura do CLA e a Ucrânia fornece os veículos de lançamento Cyclone-4.
A AEB trabalha com a expectativa de iniciar neste ano as operações da empresa binacional. "Esperamos que, como no ano passado, o orçamento seja suplementado", afirmou Carvalho.
DESTAQUES - O executivo destacou que, entre as prioridades e principais projetos elencados no Plano de Ações de Ciência e Tecnologia, do Ministério da Ciência e Tecnologia, que deverão ter recursos orçamentários em 2010 estão projetos de satélites, o VLS (Veículo Lançador de Satélites), a reconstrução da TMI (Torre Móvel de Integração) do Centro de Lançamento de Alcântara, destruída por uma explosão em 2003.
Ele salientou que, entre os satélites sob responsabilidade do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em São José, destacam-se os projetos do CBERS 3 (satélite sino-brasileiro de sensoriamento remoto), e os baseados na Plataforma Multimissão, como por exemplo, o Amazônia 1, destinado a monitorar a Amazônia Brasileira.
Carvalho relatou que no ano passado foram feitas suplementações de investimentos para recomposição dos recursos cancelados para o Amazônia 1 e CBERS 3. A expectativa da AEB é que os dois artefatos sejam colocados em órbita em 2012.
VEÍCULO - Já com relação ao VLS, projeto em desenvolvimento pelo IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, do Comando da Aeronáutica, a previsão da AEB é que o vôo de teste do primeiro e segundo estágios do veículo seja realizado em 2011.
A Aeronáutica já executou duas tentativas de vôo do VLS, inclusive com carga útil de satélite desenvolvido pelo INPE. Entretanto, as duas missões tiveram que ser canceladas durante o lançamento por falhas, entre elas, de trajetória do foguete brasileiro.
Para este ano, segundo Carvalho, a AEB prevê aportar recursos de R$ 34,7 milhões para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do VLS. "Estamos aperfeiçoando, juntamente com o IAE e o DCTA, os mecanismos pelos quais os testes de bancadas e suprimentos por parte da indústria nacional dêem ao novo VLS uma configuração verdadeiramente importante", frisou o executivo.
Fonte: Jornal Valeparaibano - 14/02/2010
Comentário: Nada de novo foi apresentado por essa matéria do Jornal Valeparaibano. Tudo continua como antes nos quartel de Abrantes. No entanto, agora fica explicado como o orçamento do PEB do ano passado atingiu um valor pouco acima dos R$ 430 milhões.
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