COPE Sediou Curso Para Formação de Analistas de Eventos Espaciais
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No dia 13/03, o portal da FAB informou que o Centro de Operações Espaciais (COPE) do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) havia sediado no mês passado um curso para formação de analistas de eventos espaciais, visando a capacitação de novos analistas para reforçar a integração do Brasil às operações internacionais de vigilância espacial.
Fotos: COMAE
Pois então, de acordo com a nota do portal, o Centro de Operações Espaciais (COPE), do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), sediou, em fevereiro, a primeira edição do curso JCO-200 no Brasil e na América Latina. Promovido pela Joint Commercial Operations (JCO) da Força Espacial dos Estados Unidos (USSF), o treinamento capacitou militares brasileiros para atuarem como Analistas de Eventos Espaciais (Space Event Analysts – SEA). Esses profissionais monitoram objetos espaciais ativos, identificam ameaças e emitem alertas aos operadores de satélites dos países membros, garantindo a proteção de ativos espaciais.
A turma foi composta por oito militares do COMAE, entre Oficiais e Graduados, além de uma Oficial da USSF que realiza intercâmbio no Brasil. O desempenho foi excepcional: os alunos obtiveram média final acima de 90%, a mais alta desde a criação do curso em 2022, que já formou mais de 130 profissionais ao redor do mundo. A capacitação incluiu instruções teóricas e práticas sobre mecânica orbital, movimento relativo no espaço e monitoramento de eventos espaciais, além de treinamento intensivo em ambiente simulado, no qual os participantes se familiarizaram com ferramentas e procedimentos operacionais do JCO.
Com essa formação, o COPE/COMAE ampliou significativamente sua capacidade operacional no JCO. Antes, o Brasil contava com três Analistas de Eventos Espaciais certificados e um instrutor qualificado. Agora, são onze Analistas, sendo três habilitados para atuar como líderes de célula, responsáveis por coordenar operações em nível regional. Além disso, um novo instrutor foi certificado, consolidando a célula brasileira do JCO. Essa evolução permite ao Brasil contribuir ativamente com turnos de operação nas células Meridiana (que inclui Reino Unido, França, Polônia e Ucrânia) e Américas (composta por EUA, Canadá, Colômbia, Peru e Chile).
O Chefe do COPE, Brigadeiro do Ar Alessandro Cramer, destacou a importância dessa ampliação da presença brasileira. “Com mais militares capacitados, podemos atuar de forma consistente e contínua no JCO, 24 horas por dia, sempre que necessário. Além disso, nossos oficiais estão preparados para assumir a liderança de células operacionais quando solicitados”, afirmou.
O Oficial-General também enfatizou o papel estratégico do Brasil na segurança espacial. “Nosso envolvimento fortalece a posição do país como referência na América do Sul no monitoramento de atividades espaciais”, finalizou.
A expectativa é que o curso JCO-200 passe a ser realizado anualmente, com a possibilidade de abertura de vagas para militares de países parceiros da América do Sul e de outras regiões.
Sobre a Joint Commercial Operations
A Joint Commercial Operations (JCO) é uma iniciativa da Força Espacial dos Estados Unidos (USSF) voltada à cooperação internacional na proteção e defesa de ativos espaciais estratégicos. A operação integra sensores comerciais distribuídos globalmente, permitindo o monitoramento quase em tempo real de objetos espaciais de interesse.
Entre suas atividades, destaca-se o monitoramento de operações de aproximação e encontro (Rendezvous and Proximity Operations – RPO), que envolvem a movimentação intencional de objetos espaciais para se aproximar de satélites. Essas operações podem ter finalidades legítimas, mas também incluem riscos como interceptação de sinais, interferência em comunicações e ataques cinéticos, que podem comprometer satélites.
Atualmente, o JCO opera 24 horas por dia e conta com cerca de 20 países membros, incluindo EUA, Canadá, Reino Unido, França, Austrália, Nova Zelândia e Japão. Suas operações são distribuídas em três células regionais: Pacífico (Oceania e Ásia), Meridiana (Europa e Oriente Médio) e Américas (continente americano). O Brasil, devido à sua localização estratégica e crescente participação, está apto a atuar tanto na célula Meridiana quanto na célula Américas, ampliando sua relevância na segurança espacial global.
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