A Missão Lunar Trailblazer da NASA, e a 'Espaçonave Odin' Estão Enfrentando Problemas Após Lançamento da Missão IM-2 da Intutive Machines

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Crédito: Lockheed Martin
A nave Lunar Trailblazer da NASA foi projetada para orbitar a Lua com o objetivo de mapear as concentrações e formas de água.

No dia de ontem (28/02), o portal SpaceNews noticiou que duas naves espaciais, uma de uma startup e a outra construída por uma grande empresa aeroespacial, estão enfrentando problemas após o lançamento como cargas úteis compartilhadas (rideshares) em uma missão de pouso lunar.
 
De acordo com a nota do portal, a Missão Lunar Trailblazer da NASA foi uma das três cargas úteis compartilhadas no lançamento do IM-2, realizado pelo Foguete Falcon 9 para a Intuitive Machines em 26 de fevereiro. Essas cargas úteis se soltaram do estágio superior do Falcon 9 alguns minutos após o lançamento do IM-2.
 
A NASA afirmou em um comunicado, cerca de quatro horas após o lançamento, que o Lunar Trailblazer havia sido ativado e começado a transmitir conforme o planejado. No entanto, em um comunicado subsequente, no final do dia 27 de fevereiro, a NASA informou que a comunicação com a nave havia sido perdida por volta das 7h30 da manhã daquele dia, aproximadamente 12 horas após o lançamento.
 
A perda de comunicação ocorreu após a telemetria indicar “problemas intermitentes no sistema de energia” da nave. O contato foi restaurado algumas horas depois, e a NASA informou que os controladores estavam trabalhando “para restabelecer a telemetria e o comando para avaliar melhor os problemas do sistema de energia e desenvolver soluções potenciais”.
 
A Lockheed Martin forneceu o bus de satélite utilizado pelo Lunar Trailblazer, uma nave espacial de 200 quilos que faz parte de uma linha de missões espaciais planetárias pequenas da NASA, chamada SIMPLEx. A missão é liderada pelo Caltech e pelo Jet Propulsion Laboratory.
 
A nave segue uma trajetória de baixo consumo de energia em direção à Lua, que inclui duas manobras de correção de trajetória antes de uma passagem próxima à Lua em 3 de março. A nave fará uma segunda passagem lunar em 8 de maio, antes de entrar em órbita ao redor da Lua em 7 de julho.
 
O Lunar Trailblazer foi projetado para operar em uma órbita lunar baixa, levando instrumentos para mapear a quantidade e a forma da água na Lua. Uma vez em órbita, a nave terá uma missão principal de dois anos.
 
Uma segunda nave lançada na missão IM-2 é a Odin, construída pela startup de mineração de asteroides AstroForge, para passar por um asteroide e determinar se ele é metálico. No entanto, a empresa tem enfrentado dificuldades de comunicação com a nave desde o seu lançamento.
 
Matt Gialich, CEO da AstroForge, disse em um vídeo no início de 28 de fevereiro que estão recebendo sinais de portadora de Odin, mas ainda sem telemetria. Isso os leva a acreditar que a nave está pelo menos em um modo de energia positivo, mas eles não têm telemetria para confirmar isso. “Não há maneira conhecida de um veículo estar se comunicando conosco neste ponto da missão e não estar em um estado de energia positivo”, afirmou.
 
Uma das hipóteses que ele ofereceu envolve problemas com a rede terrestre. Isso inclui uma falha de hardware em uma estação e interferência em outra, bem como a possibilidade de algum tipo de problema de configuração na rede da empresa, o que está impedindo o recebimento da telemetria.
 
Para resolver isso, a empresa planejou enviar comandos no início de 28 de fevereiro para ligar um amplificador de potência para o transmissor da nave, adotando duas abordagens caso haja algum problema com o computador de voo da nave. O objetivo é “obter mais dados da nave para garantir que seu estado esteja em boas condições”, disse Gialich.
 
Uma segunda hipótese, disse ele, é que Odin esteja em uma “rotação descontrolada e bem lenta” que está afetando as comunicações. No entanto, ele disse que a empresa obteve informações recentes que indicam que essa rotação é improvável.
 
Gialich afirmou que a nave segue o curso e, sem intervenção da Terra, realizará uma “queima de contingência” seis dias e meio após o lançamento para direcionar-se ao seu destino, o asteroide 2022 OB5. No entanto, se houver até mesmo pequenos erros na posição da nave em comparação com as previsões, será muito difícil rastrear a nave com antenas de alto ganho.
 
A terceira nave de carga compartilhada no lançamento, a nave de transferência orbital Chimera, da Epic Aerospace, está “saudável e com energia positiva”, informou a empresa em uma atualização algumas horas após o lançamento.
 
O próprio módulo de pouso IM-2 está em “excelente estado de saúde”, disse a Intuitive Machines em um comunicado em 27 de fevereiro. Ele realizará várias manobras de correção de trajetória antes de chegar à Lua e entrar em órbita antes do pouso, previsto para 6 de março.
 
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